Sinto no dever de escrever sobre o assunto do calote da dívida pública porque o "boato" tomou conta da grande imprensa, na coluna de economia. Economistas de diversas tendências discutem sobre uma possível quebra do Brasil. Muitos lembram do que aconteceu na mudança de governo Sarney para o governo Collor. Eu mesmo escrevi sobre a crise econômica que passa o País, sob diversos ângulos. Após breve análise, vou terminar a matéria com conclusão que interessa a vocês.
O que está pegando. O Brasil vive momento crítico e o quadro tende a pior ainda mais. Em 2014, o PIB brasileiro, praticamente fechou em estabilidade, ou seja crescimento zero. O ano de 2015 fechou o ano com retração do PIB em 3,8%. As projeções dos indicadores para este ano, não são nada animadoras. O PIB de 2016 deve fechar com retração de 4%, com viés de continuar com retração em 2017.
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Conheça nova matriz econômica: Brasil tem futuro?
Prosseguindo. O que mais está pegando é a inflação. O ano de 2015 o índice de inflação fechou em 10,67%. As projeções de analistas econômicos coincidem num ponto, de que a inflação deste ano não será abaixo de dois dígitos (10%). Com inflação de dois dígitos em anos seguidos, a administração do Orçamento Fiscal se torna quase impossível. Não há plano de governo que resista à inflação de dois dígitos, ela torna o Orçamento Fiscal inviável.
Diante do quadro acima, o governo central (federal) não consegue pagar as suas contas com o dinheiro que arrecada. Em 2014, sem as pedaladas fiscais, teria fechado com o "déficit primário" de cerca de R$ 55 bilhões. O ano de 2015, incluindo as pedaladas de 2014, fechou com o "déficit primário" de R$ 120 bilhões, grosso modo. Apesar de governo admitir "déficit primário" de R$ 61 bilhões, eu estou prevendo que o "déficit primário" de 2016 será ao redor de R$ 200 bilhões, ou aproximadamente 3,5% do PIB. O governo paga as contas emitindo títulos Selic, o que é grave.
A discussão sobre o "calote" vem destes números apresentado acima. País em recessão, com inflação alta e "déficit primário" gigantesco.
O que preocupa o empresariado, os analistas econômicos e os articulistas, são os indicadores da economia que deteriora a cada dia. O governo tenta mudar o rumo da economia, mas não consegue. Não consegue reverter a situação pelo equívoco da matriz econômica adotada pelo próprio governo. Eu venho insistindo desde a posse da Dilma no primeiro mandato sobre o "erro sistêmico" da política econômica adotada. Eu venho fazendo crítica, desde a época que a presidente Dilma tinha aprovação por 77% da população.
No entanto, se o governo Dilma conseguir segurar os indicadores nos atuais patamares, isto é retração de 4%, inflação de 10% e taxa Selic em 14,25%, inexiste a possibilidade de "calote" da dívida pública, pelo menos neste ano. O ano de 2017, ninguém garante. Só vamos fazer avaliação no último trimestre deste ano.
Tenho repetido aqui que o "Brasil amanhã" será "Grécia ontem". Grécia deu "calote" na sua dívida pública e fez renegociação com os credores há poucos anos atrás. Apesar do rebaixamento da classificação de crédito do Brasil de "grau de investimento" para "grau de especulação", a reserva cambial garante a travessia do ano de 2016. O Brasil "caminha" para Grécia ontem no futuro próximo, mas não haverá "calote" em 2016.
O meu diagnóstico é que a matriz econômica adotada pelos sucessivos governos nos últimos 22 anos, não permite o desenvolvimento sustentável nos próximos anos. Não adianta trocar o nome do presidente da República e nem tão pouco do ministro da Fazenda, se não mudar a "matriz econômica neoliberal" adotada pelos sucessivos governos.
A proposta para saída da situação que o Brasil está no meu e-book (vide publicidade). Se candidatos à presidência tem coragem e respaldo suficiente para implementá-la são outros quinhentos. Mas, afirmo que a nova matriz econômica sugerida por mim, não contempla "calote" da dívida pública.
Ossami Sakamori
O que está pegando. O Brasil vive momento crítico e o quadro tende a pior ainda mais. Em 2014, o PIB brasileiro, praticamente fechou em estabilidade, ou seja crescimento zero. O ano de 2015 fechou o ano com retração do PIB em 3,8%. As projeções dos indicadores para este ano, não são nada animadoras. O PIB de 2016 deve fechar com retração de 4%, com viés de continuar com retração em 2017.
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Prosseguindo. O que mais está pegando é a inflação. O ano de 2015 o índice de inflação fechou em 10,67%. As projeções de analistas econômicos coincidem num ponto, de que a inflação deste ano não será abaixo de dois dígitos (10%). Com inflação de dois dígitos em anos seguidos, a administração do Orçamento Fiscal se torna quase impossível. Não há plano de governo que resista à inflação de dois dígitos, ela torna o Orçamento Fiscal inviável.
Diante do quadro acima, o governo central (federal) não consegue pagar as suas contas com o dinheiro que arrecada. Em 2014, sem as pedaladas fiscais, teria fechado com o "déficit primário" de cerca de R$ 55 bilhões. O ano de 2015, incluindo as pedaladas de 2014, fechou com o "déficit primário" de R$ 120 bilhões, grosso modo. Apesar de governo admitir "déficit primário" de R$ 61 bilhões, eu estou prevendo que o "déficit primário" de 2016 será ao redor de R$ 200 bilhões, ou aproximadamente 3,5% do PIB. O governo paga as contas emitindo títulos Selic, o que é grave.
A discussão sobre o "calote" vem destes números apresentado acima. País em recessão, com inflação alta e "déficit primário" gigantesco.
O que preocupa o empresariado, os analistas econômicos e os articulistas, são os indicadores da economia que deteriora a cada dia. O governo tenta mudar o rumo da economia, mas não consegue. Não consegue reverter a situação pelo equívoco da matriz econômica adotada pelo próprio governo. Eu venho insistindo desde a posse da Dilma no primeiro mandato sobre o "erro sistêmico" da política econômica adotada. Eu venho fazendo crítica, desde a época que a presidente Dilma tinha aprovação por 77% da população.
No entanto, se o governo Dilma conseguir segurar os indicadores nos atuais patamares, isto é retração de 4%, inflação de 10% e taxa Selic em 14,25%, inexiste a possibilidade de "calote" da dívida pública, pelo menos neste ano. O ano de 2017, ninguém garante. Só vamos fazer avaliação no último trimestre deste ano.
Tenho repetido aqui que o "Brasil amanhã" será "Grécia ontem". Grécia deu "calote" na sua dívida pública e fez renegociação com os credores há poucos anos atrás. Apesar do rebaixamento da classificação de crédito do Brasil de "grau de investimento" para "grau de especulação", a reserva cambial garante a travessia do ano de 2016. O Brasil "caminha" para Grécia ontem no futuro próximo, mas não haverá "calote" em 2016.
O meu diagnóstico é que a matriz econômica adotada pelos sucessivos governos nos últimos 22 anos, não permite o desenvolvimento sustentável nos próximos anos. Não adianta trocar o nome do presidente da República e nem tão pouco do ministro da Fazenda, se não mudar a "matriz econômica neoliberal" adotada pelos sucessivos governos.
A proposta para saída da situação que o Brasil está no meu e-book (vide publicidade). Se candidatos à presidência tem coragem e respaldo suficiente para implementá-la são outros quinhentos. Mas, afirmo que a nova matriz econômica sugerida por mim, não contempla "calote" da dívida pública.
Ossami Sakamori
7 comentários:
Tem aquela turminha, liderada por ex auditora fiscal aposentada, que se gaba de ter sido chamada para auditar a dívida Grega, que quer auditoria pública da dívida do Brasil e, consequentemente, calote no que decidirem que é ilegítimo. A Dilma vetou mas querem derrubar o veto dela. E vejo gente boa apoiando. Afinal, seria bom ou ruim p/o Brasil uma auditoria na dívida? Como pode o Gov quebrar em 120 bilhões em 2015 mas o Bradesco lucrar 19 bilhões? Com juros sobre juros da dívida?
Não há condições de fazer auditoria da dívida pública brasileira, a não ser aquelas contraída junto aos bancos de fomento internacional como BID ou BIRD.
A dívida pública Selic, muda de mãos numa velocidade estrondosa! Muitas vezes, no mesmo dia muda de mãos várias vezes. Tecnicamente, inviável.
Lembrando que a dívida pública bruta está ao redor de R$ 4,8 trilhões, que o governo sonega informar.
Obrigado pelo interesse no assunto.
Recomendo leitura do meu e-book sobre a nova matriz econômica.
Sakamori
Porf. Confesso que sou um profundo ignorante sobre esse assunto de finanças da União por envolver diferentes ações de valores entre moeda, papel e nomenclaturas mas gostaria que o sr me explicasse como fica nesse caso os fundos de reservas (se é que ainda existem)e com a estagnação do setor produtivo a diminuição da arrecadação nos valores futuros, se é possível manter a balança econômica no Brasil (não sei se me fiz claro mas agradeço a atenção) Nilson
Resumindo, é o seguinte.
Quanto à reserva cambial, depende da manutenção do dólar acima da cotação atual, para estimular exportações que em tese vai trazer divisas para o País.
Quanto aos gastos do governo, sobretudo o governo federal, a arrecadação de impostos e contribuições não está pagando as contas. O governo emite títulos da dívida pública para cobrir o que falta.
Desta forma, o governo federal vai aumentando cada vez mais a sua dívida. Foi o que aconteceu na Grécia antes de ontem.
No momento, o nível de endividamento do Tesouro, está dentro do parâmetro mundial. Mas, caminha celeremente ao nível de endividamento que Grécia experimentou.
Eu disse que não haverá calote da dívida pública este ano. O futuro, só Deus sabe o que vai acontecer.
Eu vejo que a única saída é a nova matriz econômica (política econômica) proposta no meu e-book BrasiltemFuturo.blogspot.com . Recomendo leitura.
Obrigado, comentário.
Sakamori
Todos os dias injetam dólares no câmbio para evitar a valorizaçao de dólar.
E se as reservas cambiais se esgotarem? Ou elas estão sempre a reporem-se mais que a sua saída? Por quê o governo não deixa o dólar subir livremente?
Além da economia, o Brasil está falido em todos os setores: transporte, saúde, educação, segurança, política e até religioso. Isso só mudará se por ex: dia 13 de março sairmos às ruas e exigirmos a cassação da chapa Dilma/Temer pelo TSE e cobrarmos do futuro governo uma reforma política e econômica incluindo as dicas que o Sr Sakamori expõe no seu ebook. Já é um bom começo.
O FUTURO do BRASIL reside na urgência de deixar os Moluscos OSTRA e BRAHMA no PASSADO.
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