Crédito da imagem: Estadão
O IPCA-15, índice provisório de inflação do mês de fevereiro subiu para 1,42%, o maior índice do mês desde 2003. O índice surpreendeu a expectativa do Banco Central que previa inflação declinante no ano de 2016. A inflação dos últimos doze meses, referente ao mês de fevereiro deve terminar em 10,8%.
Vou ser breve nos meus comentários sobre o tema. Para este que escreve, a inflação do mês de fevereiro, considerados os últimos doze meses, acima de dois dígitos (10,8%), não chega a ser nenhuma novidade. O governo Dilma vem praticando política econômica equivocada, desde o primeiro mandato. Motivo pelo qual este blog vem "fazendo crítica severa" sobre a política econômica "neoliberal", intervencionista deste governo.
A equipe econômica da Dilma prometeu no início de 2015, grandes mudanças em relação à política econômica do primeiro mandato. Prometeu o "ajuste fiscal", mas não consegue fazê-lo. Não consegue o ajuste porque tenta fazê-lo apenas por via de aumento de impostos. Estruturalmente, os gastos vinculados aumentam em média 8% ao ano, acima da inflação. A equação nunca fecha, sem reforma estruturante.
O governo tenta segurar a inflação, via taxa de juros básicos Selic, que é um equívoco da política econômica "neoliberal" clássico. O governo continua intervindo nos preços administrados, como o de combustíveis. Apesar de preço internacional de petróleo estar em baixa, ao redor de US$ 30 o barril, a Petrobras não sobrevive sem os novos aumentos. Inexoravelmente, haverá o aumento de gasolina nos próximos meses.
O governo tenta tapar o "rombo" com a famigerada CPMF. É quase certo que o governo vai ter força para aprovar a nova contribuição. Não sendo possível a aprovação da CPMF, o governo Dilma vai aumentar a CIDE sobre combustíveis. Instituindo a nova CPMF ou aumentando a CIDE, haverá repique da inflação em todos os produtos de consumo. A inflação virou um "círculo vicioso".
O Brasil está quebrado! Como disse o economista-chefe do Itaú Unibanco, o Brasil já caiu para a "terceira divisão". Vou apostar que o País vai fechar o ano de 2016 com o "déficit primário" de cerca de R$ 200 bilhões e endividamento público federal bruto ao redor de 80% do PIB. Isto não é exatamente o caminho para a Índia, pelo contrário, a "Índia vai bem obrigado!". O Brasil está à caminho da Grécia de ontem e de hoje. Haverá "caos", mas não haverá moratória da dívida, como alguns preveem.
Não adianta mudar de presidente, como muitos acham que resolve o problema do País. Não, não resolve! Há que mudar a matriz econômica, como defendo no meu e-book Brasil tem futuro?, fato que poucos tem coragem de comentar. Brasil precisa urgente, não só mudança de nome para dirigir a nação, mas sobretudo mudar radicalmente a matriz econômica para que o País volta a ter um desenvolvimento sustentável ao longo de décadas.
Ossami Sakamori
6 comentários:
Mas quem pode fazer isso? Quem(nomes) podem fazer isso? Quais economistas são capacitados para isso?
Quem Saka,poderia fazer isso ? Vc nos apresenta a saída mas ñ quem poderia nos levar por ela. Seu amigo tem razão, qual equipe econômica pideria conduzir o Brasil nesse momento ?
Na minha visão só há uma forma: Intervenção Militar Constitucional.
É a única forma de acabar com tamanha bandidagem.
Qualquer pateta governa o Brasil desse jeito.
O futuro do Brasil (brasileiros) é o mesmo da Venezuela (venezuelanos). Dispensa comentários .
Será que temos alguém capaz de reverter essa deplorável situação ???
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