Apesar do projeto de reestruturação do setor elétrico na década de 1990, o novo modelo não garantiu a suficiente expansão da oferta de energia elétrica, e que levou o País a um grande racionamento de energia em 2001. Foi então que à partir de 2004 foram feitos ajustes no modelo com o intuito de reduzir os riscos de falta de energia e melhorar o monitoramento e controle do sistema elétrico no País.
No entanto, a Lei 12.783/2013, as empresas geradoras e transmissoras puderam renovar antecipadamente seus contratos de concessão desde que seus preços fossem regulados pela Aneel. O governo Dilma promoveu a mais desastrada medida de "redução tarifária", em 2013, com fim único de angariar a "popularidade" da presidente Dilma, visando a reeleições de 2014. O resultado todos sabem, deu no que deu. Os preços artificialmente deprimidos, voltaram à realidade tarifária à partir de 2014, provocando aumentos que chegaram a 50%, numa "tacada" só.
O sistema elétrico nacional tem 136.000 MW de potência instalada, distribuídos da seguinte forma:
a) Micro Usinas Hidroelétricas........... 326 MW
b) Central Geradora Eolielétrica........ 5.832 MW
c) Pequenas Centrais Hidroelétricas. 4.783 MW
d) Usinas Solares.............................. 15 MW
e) Usinas Hidroelétricas.................... 84.703 MW
f) Usinas Térmicas............................ 38.372 MW
g) Usina Nuclear............................... 1.990 MW
O pico de consumo de energia no Brasil ocorreu em janeiro de 2014, com 84.000 MW. Aparentemente, há aparente o "não uso" da potência disponível, mas não é. As usinas hidroelétricas dependem do regime de chuvas, o que torna refém de condições climáticas específicas como o do efeito "El niño".
O sistema elétrico nacional depende muito da geração hidroelétrica, conforme demonstrado na tabela acima. A geração hidroelétrica depende dos níveis de reservatórios, que por sua vez depende do regime de chuvas. O País, só não teve racionamento de energia no ano de 2015, por conta da retração da demanda e utilização da geração de usinas térmicas à plena carga. A hidroeletricidade é uma energia limpa, mas tem o inconveniente de não poder contar com capacidade plena ao longo do ano e ao longo do tempo.
Historicamente, o consumo de energia está acima do índice de crescimento econômico do País. O acréscimo está justificado pela utilização cada vez mais intensivo de energia elétrica no cotidiano da população. O crescimento da demanda de energia indica de certa forma o nível de desenvolvimento do País.
Se, mesmo no ano de retração da economia, em 2015, estavam praticamente utilizando 100% da capacidade das térmicas, é de supor, pela lógica, que haverá "gargalo" na oferta de energia elétrica, se houver qualquer crescimento econômico, ao invés de retração da economia. O sistema elétrico brasileiro, já está utilizando quase a totalidade da disponibilidade elétrica, nos picos.
No próximo ano, deverá entrar em operação a Usina Hidroelétrica de Belo Monte, com capacidade instalada de 11.000 MW e oferta média de energia de cerca de 4.500 MW. Estima-se que haja cerca de 50.000 MW de Usinas hidroelétricas possíveis de serem construídos em todo território nacional. Nenhuma Usina hidroelétrica de porte estão programados para serem construídos nos próximos anos. Inexoravelmente, o País viverá novos "apagões". Além de tudo, há limite de oferta de "hidroeletricidade" no horizonte próximo.
Qualquer plano de desenvolvimento do País esbarra na oferta de energia elétrica. Pela falta de planejamento dos sucessivos governos, o Brasil viverá "crise de crescimento" em função da falta de oferta de energia elétrica. Isto já é demais para minha cabeça! Vamos lembrar que a atual presidente da República é especialista em "energia", segundo o seu currículo. Imagine, se Dilma não fosse especialista do setor!
Brasil viverá crise de energia elétrica!
Nota: O levantamento dos dados teve a contribuição do engenheiro Sérgio Resende @Slaresende
Nota: O levantamento dos dados teve a contribuição do engenheiro Sérgio Resende @Slaresende
Ossami Sakamori
9 comentários:
A mentira grassa em todos os lugares, para tentar encobrir, a qualquer preço, a delapidação do estado brasileiro que, lamentavelmente, não se levanta mais, pois está falido e seu povo sem futuro.
Um País com déficit de energia não tem como prosperar, pois energia é progresso.
Não há interesse no país, que foi tomado de assalto por grupos sem pátria, sem moral, sem nada para oferecer ao povo e com tudo para dêle tirar. Acabaram com o Brasil, infelizmente. Não haverá recuperação, como nação livre, pois foi entregue aos comunistas.
Depois de preparada a defesa do sapo e da perereca o advogado bateu no peito e disse: VITÓRIA NA GUERRA
A SALVAÇÃO DO GOVERNO DO POSTE ESTÁ NAS MÃOS, DIGO, NO FERRÃO DO MOSQUITO DA ZIKA
VAI DESVIAR O FOCO ASSIM LÁ EM PELOTAS! Uiiii
A especialidade desse desgoverno é exatamente essa, a desviar o foco do importante para o inevitável. Agora a zika vai ganhar manchete até a volta do sapo em 2018 e a festa (deles)não acaba. PQP...
Muito bom o seu bog, pena que o descobri à pouco tempo.
Parabéns pela extensão e clareza das postagens!
Ótima matéria
É importante lembrar que com as dificuldades de se implantar uma usina hidrelétrica e com os altos custos da energia gerada pelas térmicas uma boa alternativa é a energia nuclear
Podem ser implantadas próximas aos centros consumidores
Operam a plena carga durante, mais de 80%' do tempo
Produzem umas energia limpa
Caro Sérgio,
Entendo sua sugestão, mas vejo com certa preocupação.
Japão tem 52 usinas nucleares funcionando. Por outro lado, ouve desastre ecológico, na Usina do Fukushima, proveniente dos efeitos do "tsunami". Pela configuração geográfica, as usinas hidroelétricas naquele País é quase nula. Talvez, para o Japão fosse uma das poucas alternativas de geração de energia elétrica.
A Alemanha, a origem da tecnologia das usinas nucleares da Angra, está substituindo as nucleares por outras fontes de energia. Creio que aquele país esteja vendo com certa preocupação a manutenção das usinas nucleares.
No entanto, o que é cristalino é a falta de planejamento no País, em todas áreas da infraestrutura, incluindo a geração de energia elétrica.
Há que fazer planejamento, urgente, aproveitando diversas fontes de energias disponíveis no País, para preparar o País para o crescimento sustentável.
Obrigado, por mais esta contribuição.
Editor
Postar um comentário