Amazônia é nossa! Perito Judicial Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi professor da Escola de Engenharia da UFPR. Macroeconomia e política.
domingo, 22 de julho de 2012
CAIXA 2 DE BRASILEIROS NO PARAÍSO FISCAL: US$ 520 BI
Um estudo inédito, que, pela primeira vez, chegou a valores depositados nas chamadas contas offshore sobre as quais as autoridades tributárias dos países não têm como cobrar impostos, mostra que os super-ricos brasileiros somaram até 2010 cerca de US$ 520 bilhões (ou mais de R$ 1 trilhão) em paraísos fiscais. Trata-se da quarta maior quantia do mundo depositada nesta modalidade de conta bancária. Fonte: Gazeta do Povo.
O documento The Price of Offshore Revisited, escrito por James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, e encomendado pela Tax Justice Network, cruzou dados do Banco de Compensações Internacionais, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e de governos nacionais para chegar a valores considerados pelo autor. Fonte: Gazeta do Povo.
Segundo o diretor da Tax Justice Network, além dos acionistas de empresas dos setores exportadores de minerais (mineração e petróleo), os segmentos farmacêutico, de comunicações e de transportes estão entre os que mais remetem recursos para paraísos fiscais. "As elites fazem muito barulho sobre os impostos cobrados delas, mas não gostam de pagar impostos", observa Christensen. "No caso do Brasil, quando vejo os ricos brasileiros reclamando de impostos, só posso crer que estejam blefando. Porque eles remetem dinheiro para paraísos fiscais há muito tempo". Fonte: Gazeta do Povo.
Eu já suspeitava que o número fosse em volta disso. Grande parte da Reserva Cambial é dinheiro sujo dos brasileiros. Paraíso Fiscal, via de regra, significa Caixa 2. O número representa 25% do PIB brasileiro.
Nada mais a comentar. Cada um faz o seu juízo.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof.da UFPR
Twitter: @sakamori10
IATE DE US$15 MILHÕES É O DESTINO DO NOSSO DINHEIRO
Al mare. José Batista Júnior, um dos donos do JBS, acaba de encomendar um iate de 140 pés para navegar pelas águas do litoral de Miami. Pagou 15 milhões de dólares pelo brinquedo que lhe será entregue dentro de dois anos. Fonte: Revista Veja, edição 25 de julho de 2012.
Na minha opinião, as pessoas que está no poder como a presidente da República, seus ministros, diretores das Estatais deveriam manter comportamento sóbrio, de acordo com o salário que ca um recebe nas respectivas funções. Comentei há alguns dias, sobre a distribuição de release e de fotos, com a Dilma presidente com seu novinho em folha, helicóptero voador, que custou aos cofres públicos R$74 milhões. Não questiono a compra do helicóptero, apenas que a entrega do aeronave deveria ser um ato de rotina da burocracia estatal. Não precisaria de ter esfregado na cara do povo, que ela pode e o povo não pode. Atitude típica de um ex-empresária de loja R$1,99, digo eu.
Dentro do mesmo raciocínio e pensamento, fez mal o empresário, dono da JBS, mandar release para revista Veja. Para ele José Batista Júnior, não deve ser nada o valor de R$15 milhões . É como eu bloguista tomar cafezinho no bar da esquina. Novamente aqui, como fiz com o comportamento da presidente Dilma, quero repreender o comportamento do empresário. Para quem não sabe, o grupo JBS é atualmente dirigido pelo nada menos que então presidente do Banco Central do Brasil no governo Lula. Nada há de errado também, Henrique Meirelles ser sócio do grupo JBS, afinal ele cumpriu como relógio, a quarentena imposta pela natureza do cargo. O buraco está mais para baixo.
O grupo JBS é uma das maiores tomadores do empréstimo subsidiado do BNDES. Isto mesmo, é aquele dinheiro que o Tesouro paga taxa Selic de 8,0% e repassa para empresários à taxa TJLP de 5,5%. Segundo imprensa, o total de passivo da JBS nesta modalidade de empréstimo junto ao BNDES é de espantoso R$17 bilhões. Fiz continha rápida, grosso modo, sobre a diferença de juros que o contribuinte banca para o empresário, uma bagatela de R$400 milhões anuais. Robin Wood (proposital inventado pelo bloguista) praticado pela presidente Dilma, tira dinheiro do contribuinte para canalizar ao Bolsa Empresário, uma alusão explícita ao Bolsa Sem Miséria. A recente medida que reforça o financiamento subsidiado aprovado pelo governo de R$45 bilhões, curiosamente, tem um artigo que diz explicitamente que poderá ser utilizado para financiamento de frigoríficos. Só faltou à Medida Provisória colocar o carimbo de "JBS".
O grupo JBS, sabe-se no mercado que, se não receber o socorro da Dilma, via BNDES, vai explodir. Uma operação muito bem desenhada pelo Henrique Meirelles, com sua competência e trânsito na área pública. Seria tudo normal, se o dinheiro não fosse do contribuinte. Para inteirar-se do destino da Bolsa Empresário, basta dizer que 64% dos recursos são destinados aos mega empresários, como José Batista Júnior ou Eike Batista. E os 36% do restante dos recursos subsidiados são pulverizados a outros 164.000 clientes, pequenos e médios empresários.
Deixo este espaço livre para que as pessoas e empresas citadas, possam fazer suas defesas, se for o caso. Meu endereço físico, consta dos cadastros da empresa Google, mantenedora do site BlogSpot.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10.
Na minha opinião, as pessoas que está no poder como a presidente da República, seus ministros, diretores das Estatais deveriam manter comportamento sóbrio, de acordo com o salário que ca um recebe nas respectivas funções. Comentei há alguns dias, sobre a distribuição de release e de fotos, com a Dilma presidente com seu novinho em folha, helicóptero voador, que custou aos cofres públicos R$74 milhões. Não questiono a compra do helicóptero, apenas que a entrega do aeronave deveria ser um ato de rotina da burocracia estatal. Não precisaria de ter esfregado na cara do povo, que ela pode e o povo não pode. Atitude típica de um ex-empresária de loja R$1,99, digo eu.
Dentro do mesmo raciocínio e pensamento, fez mal o empresário, dono da JBS, mandar release para revista Veja. Para ele José Batista Júnior, não deve ser nada o valor de R$15 milhões . É como eu bloguista tomar cafezinho no bar da esquina. Novamente aqui, como fiz com o comportamento da presidente Dilma, quero repreender o comportamento do empresário. Para quem não sabe, o grupo JBS é atualmente dirigido pelo nada menos que então presidente do Banco Central do Brasil no governo Lula. Nada há de errado também, Henrique Meirelles ser sócio do grupo JBS, afinal ele cumpriu como relógio, a quarentena imposta pela natureza do cargo. O buraco está mais para baixo.
O grupo JBS é uma das maiores tomadores do empréstimo subsidiado do BNDES. Isto mesmo, é aquele dinheiro que o Tesouro paga taxa Selic de 8,0% e repassa para empresários à taxa TJLP de 5,5%. Segundo imprensa, o total de passivo da JBS nesta modalidade de empréstimo junto ao BNDES é de espantoso R$17 bilhões. Fiz continha rápida, grosso modo, sobre a diferença de juros que o contribuinte banca para o empresário, uma bagatela de R$400 milhões anuais. Robin Wood (proposital inventado pelo bloguista) praticado pela presidente Dilma, tira dinheiro do contribuinte para canalizar ao Bolsa Empresário, uma alusão explícita ao Bolsa Sem Miséria. A recente medida que reforça o financiamento subsidiado aprovado pelo governo de R$45 bilhões, curiosamente, tem um artigo que diz explicitamente que poderá ser utilizado para financiamento de frigoríficos. Só faltou à Medida Provisória colocar o carimbo de "JBS".
O grupo JBS, sabe-se no mercado que, se não receber o socorro da Dilma, via BNDES, vai explodir. Uma operação muito bem desenhada pelo Henrique Meirelles, com sua competência e trânsito na área pública. Seria tudo normal, se o dinheiro não fosse do contribuinte. Para inteirar-se do destino da Bolsa Empresário, basta dizer que 64% dos recursos são destinados aos mega empresários, como José Batista Júnior ou Eike Batista. E os 36% do restante dos recursos subsidiados são pulverizados a outros 164.000 clientes, pequenos e médios empresários.
Deixo este espaço livre para que as pessoas e empresas citadas, possam fazer suas defesas, se for o caso. Meu endereço físico, consta dos cadastros da empresa Google, mantenedora do site BlogSpot.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10.
sábado, 21 de julho de 2012
SUA NOTA DE R$ 100,00 VALE R$ 57,00
Se você pega uma nota de R$100,00, aquela azul, novinho em folha, fica satisfeitíssimo. A sensação de estar com R$100,00 no bolso, produz sensação de prazer. E de poder! Mas ledo engano.
Explico. Quando você gasta R$100,00, em média, está embutido no preço da mercadoria, os vários tipos de impostos, dentre 57 existente no país. São impostos, municipais em forma de IPTU, ISS, as mais conhecidas, ICMS do imposto estadual e IPI, Cofins, Imposto de Renda Presumido, INSS, entre tantos outros.
Não vamos, discutir aqui a validade da cobrança destes impostos. Como o nome diz, são impostos (vem de imposição) para o contribuinte pagar. Servem para pagar o custeio de educação, de saúde pública, de segurança pública, de manutenção do judiciário, do Congresso Nacional, da presidência da República, dos ministérios, das Agências reguladoras, teoricamente. Todos órgãos essenciais (sic) à manutenção coletiva do país. É uma espécie de Taxa de Condomínio.
Imaginem vocês, pagar Taxa de Condomínio distribuidos em 57 boletos diferentes por mês. Vai diretamente para 3 caixas, a do governo federal, a dos governos estaduais e das prefeituras municipais. Somando tudo, somando tudo, isto vai, na minha conta a 43% do PIB. O governo federal diz que os impostos representam 38%, mas na minha conta não fecha o valor. Somando tudo dá 43%! Sem considerar o custo da corrupção e roubalheira dos agentes dos governos.
Então, raciocinem comigo. Se da sua nota de R$100,00, de antemão, você sabe que vão par nos governos R$43,00, o poder real de compra do seu Real, corresponde apenas R$57,00. Compreendeu o raciocínio?
Então, sua nota de R$100,00 vale apenas R$57,00!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
Explico. Quando você gasta R$100,00, em média, está embutido no preço da mercadoria, os vários tipos de impostos, dentre 57 existente no país. São impostos, municipais em forma de IPTU, ISS, as mais conhecidas, ICMS do imposto estadual e IPI, Cofins, Imposto de Renda Presumido, INSS, entre tantos outros.
Não vamos, discutir aqui a validade da cobrança destes impostos. Como o nome diz, são impostos (vem de imposição) para o contribuinte pagar. Servem para pagar o custeio de educação, de saúde pública, de segurança pública, de manutenção do judiciário, do Congresso Nacional, da presidência da República, dos ministérios, das Agências reguladoras, teoricamente. Todos órgãos essenciais (sic) à manutenção coletiva do país. É uma espécie de Taxa de Condomínio.
Imaginem vocês, pagar Taxa de Condomínio distribuidos em 57 boletos diferentes por mês. Vai diretamente para 3 caixas, a do governo federal, a dos governos estaduais e das prefeituras municipais. Somando tudo, somando tudo, isto vai, na minha conta a 43% do PIB. O governo federal diz que os impostos representam 38%, mas na minha conta não fecha o valor. Somando tudo dá 43%! Sem considerar o custo da corrupção e roubalheira dos agentes dos governos.
Então, raciocinem comigo. Se da sua nota de R$100,00, de antemão, você sabe que vão par nos governos R$43,00, o poder real de compra do seu Real, corresponde apenas R$57,00. Compreendeu o raciocínio?
Então, sua nota de R$100,00 vale apenas R$57,00!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
BRASIL É TUDO UMA FARRA!
Um ex-gerente do Banco do Brasil denunciou o Banco do Brasil por
práticas abusivas contra clientes da instituição em Juiz de Fora (MG). Em audiência realizada na terça-feira (17) pela Comissão de Defesa do
Consumidor da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Orlando Ângelo
Silva disse que, em maio de 2011, a superintendência regional do banco
em Juiz de Fora pediu aos gerentes as senhas pessoais dos gerentes com o
intuito de "implantar pacotes de serviços de modo indiscriminado, sem
que houvesse consentimento dos clientes", segundo relato da audiência
feito pela casa legislativa. Fonte: Folha.
Silva disse ter sido perseguido por ter negado acesso à sua senha. "Sofri assédio e me vi obrigado a sair do banco após 28 anos de serviços prestados." Segundo o ex-funcionário, outros 20 gerentes na região de Juiz de Fora foram penalizados com a perda de comissão desde que denunciou o caso. Ele disse ser possível que casos semelhantes tenham ocorrido em outras regiões do país. O BB não informou quantos clientes podem ter sido afetados. O banco tem 1 milhão de clientes na região de Juiz de Fora. Em relação aos 27 clientes reclamaram da adoção de pacotes de serviços sem consentimento, Pimenta diz que o banco fez o ressarcimento imediato do débito. Fonte: Folha.
A matéria ganha maior importância, independente dos valores que eventualmente os clientes tenham levado prejuízos, o cliente de bancos, em geral, estão à mercê de assédio moral, de constrangimento, de venda casada de produtos nos empréstimos, sem que haja menor chance de denunciar os fatos. Os gerentes, de qualquer instituições, dizem sofrer assédio funcional dos superiores para cumprir "metas" de venda de produtos das instituições que trabalham.
No caso em específico, por ser Banco do Brasil uma instituição financeira Estatal, o caso se torna ainda mais grave. Na esteira de CréditoFácil e CréditoBarato, quantos produtos não devem estar empurrados aos clientes em troca de "favor" ao tomador do empréstimo? A situação ocorre na Caixa Econômica Federal, também. Este bloguista mesmo, teve experiência com a conta na CEF , que se viu a tarifa de cadastro de R$80,00 se transformar em espantoso R$6.700,00, pela não movimentação da conta. E com ameça de a cobrança ir para justiça. O caso terminou em acordo e paguei R$140,00. Eu tenho curso superior, mas e o povo? Quem defende os seus interesses?
Este episódio me lembra o caso da devassa na conta do caseiro Francenildo pela direção da CEF. Por conta disso, o ministro da Fazenda Antonio Palocci foi afastado do cargo. Nada soubemos do Francenildo caseiro. Apesar de Estado ter tentado imputá-lo culpa de crime que ele não cometeu, o caseiro voltou à multidão de pessoas, um simples reles povo, sem que o Estado tivesse pedido desculpa formal. O minimo que ele merecia como cidadão brasileiro.
O exemplo vem de cima, por isso fica difícil de combater os desmandos e farras que acontecem nos escalões inferiores da administração pública. Sempre fica a desculpa de que os máximos da escalão do governo praticam crimes de natureza muito mais graves que os deles escalões inferiores. Os noticiários da imprensa confirmam tais fatos. Fazer o que, então?
Os casos da Chevron e Incêndio da Base Antártica, verdadeiro descaso nos tratos com as coisas públicas, do contribuinte, noticiados pela imprensa por ser casos mais pitorescos. No primeiro, o descaso dos funcinários da ANP em cumprir com a sua missão de fiscalizar. No segundo, a farra dos cientistas, pagos com o dinheiro do contribuinte negligenciando que resultou no incêndio da Base.
Pergunto eu? A faxina tem que começar de baixa para cima ou de cima para baixo?
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10
Silva disse ter sido perseguido por ter negado acesso à sua senha. "Sofri assédio e me vi obrigado a sair do banco após 28 anos de serviços prestados." Segundo o ex-funcionário, outros 20 gerentes na região de Juiz de Fora foram penalizados com a perda de comissão desde que denunciou o caso. Ele disse ser possível que casos semelhantes tenham ocorrido em outras regiões do país. O BB não informou quantos clientes podem ter sido afetados. O banco tem 1 milhão de clientes na região de Juiz de Fora. Em relação aos 27 clientes reclamaram da adoção de pacotes de serviços sem consentimento, Pimenta diz que o banco fez o ressarcimento imediato do débito. Fonte: Folha.
A matéria ganha maior importância, independente dos valores que eventualmente os clientes tenham levado prejuízos, o cliente de bancos, em geral, estão à mercê de assédio moral, de constrangimento, de venda casada de produtos nos empréstimos, sem que haja menor chance de denunciar os fatos. Os gerentes, de qualquer instituições, dizem sofrer assédio funcional dos superiores para cumprir "metas" de venda de produtos das instituições que trabalham.
No caso em específico, por ser Banco do Brasil uma instituição financeira Estatal, o caso se torna ainda mais grave. Na esteira de CréditoFácil e CréditoBarato, quantos produtos não devem estar empurrados aos clientes em troca de "favor" ao tomador do empréstimo? A situação ocorre na Caixa Econômica Federal, também. Este bloguista mesmo, teve experiência com a conta na CEF , que se viu a tarifa de cadastro de R$80,00 se transformar em espantoso R$6.700,00, pela não movimentação da conta. E com ameça de a cobrança ir para justiça. O caso terminou em acordo e paguei R$140,00. Eu tenho curso superior, mas e o povo? Quem defende os seus interesses?
Este episódio me lembra o caso da devassa na conta do caseiro Francenildo pela direção da CEF. Por conta disso, o ministro da Fazenda Antonio Palocci foi afastado do cargo. Nada soubemos do Francenildo caseiro. Apesar de Estado ter tentado imputá-lo culpa de crime que ele não cometeu, o caseiro voltou à multidão de pessoas, um simples reles povo, sem que o Estado tivesse pedido desculpa formal. O minimo que ele merecia como cidadão brasileiro.
O exemplo vem de cima, por isso fica difícil de combater os desmandos e farras que acontecem nos escalões inferiores da administração pública. Sempre fica a desculpa de que os máximos da escalão do governo praticam crimes de natureza muito mais graves que os deles escalões inferiores. Os noticiários da imprensa confirmam tais fatos. Fazer o que, então?
Os casos da Chevron e Incêndio da Base Antártica, verdadeiro descaso nos tratos com as coisas públicas, do contribuinte, noticiados pela imprensa por ser casos mais pitorescos. No primeiro, o descaso dos funcinários da ANP em cumprir com a sua missão de fiscalizar. No segundo, a farra dos cientistas, pagos com o dinheiro do contribuinte negligenciando que resultou no incêndio da Base.
Pergunto eu? A faxina tem que começar de baixa para cima ou de cima para baixo?
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10
sexta-feira, 20 de julho de 2012
A VERDADE SOBRE O INCÊNDIO DA BASE COMANDANTE FERRAZ
No momento em que a base brasileira na Antártida começou a ser destruída
por um incêndio, na madrugada de 25 de fevereiro, funcionários
militares e civis da Marinha e cientistas de universidades brasileiras
participavam de uma festa chamada Baile da Terceira Idade, na qual houve
consumo de bebidas alcoólicas.
Mantida em sigilo tanto pela Marinha quanto pelo grupo de 31
cientistas que estavam na base Comandante Ferraz, a realização da festa,
com bebidas como cerveja e vinho, foi apurada pelo inquérito policial
militar (IPM) aberto no dia do desastre, para apurar causas e
responsáveis.
Como o alarme não disparou quando o incêndio começou, os encarregados
pelo inquérito suspeitavam que o sistema pode ter sido desligado por
ordem do comando da base. O objetivo seria não atrapalhar a festa. Na
pista de dança há um mecanismo que espalha fumaça de gelo seco, como em
uma boate. Os sensores são sensíveis e poderiam disparar, anunciando um
falso incêndio.
Salvação. Na opinião dos pesquisadores, a realização da festa pode
ter sido fundamental para que não houvesse vítimas entre eles. Isso
porque, se não fosse o baile, a maioria deles estaria dormindo em
alojamentos que, em poucos minutos, foram devastados pelas chamas.
Como o alarme não disparou, talvez eles não tivessem chance de
escapar do incêndio, pois seriam surpreendidos dormindo. Todos estavam
no salão de estar da base e em outros locais comunitários. Assim que os
gritos de “fogo” começaram, conseguiram fugir. O fogo começou a se
propagar da sala de geradores, uma unidade externa ligada à base pelo
telhado, por onde o fogo atingiu alojamentos e demais dependências com
muita rapidez.
A matéria acima foi extraída, sem edição, do jornal Estado de São Paulo, de hoje. O crédito da matéria é do Estadão. A matéria em si retrata o descaso com os assuntos de relevante importância, no Brasil. No entanto, a matéria dá a entender que a tal Baile de Terceira Idade possibilitou o salvamento da maioria dos habitantes da Base. Cada um dá a interpretação que o caso merece.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prf. da UFPR
Twitter: @sakamori10
BRASIL É BIPOLAR, AFIRMA FINANCIAL TIMES
Pelo jeito, não estou sozinho a dizer que a presidente Dilma é "bipolar". Pelo menos, a Financial Times, afirma que o país que a Dilma governa é "bipolar". A reportagem foi publicada no jornal Estado de São Paulo. Reproduzo trechos, sem edição.
A economia brasileira continua “bipolar”, segundo uma reportagem do Finacial Times.
Recentemente vinha se difundindo a ideia de que o País anda com um pé
no freio e outro no acelerador. Por um lado o consumo aumentava, com
ajuda de estímulos pontuais do governo, e por outro os investimentos e a
indústria não acompanhavam.
Agora, o Financial Times observa outro tipo de ambivalência
no País. Por um lado, o otimismo dos empresários está em queda – desceu
de segundo maior do mundo, no primeiro trimestre, para oitavo, no
segundo.
Por outro, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão
do governo, informa que, na média, os brasileiros (aqui não só os
empresários) estavam mais otimistas em junho deste ano do que em maio e
também do que em junho do ano passado.
A resposta é muito simples, se a presidente Dilma, toma atitude bipolar, o povo fica como barata tonta. Alguns entram em depressão e outros em euforia. Ou a mesma pessoa, o povo, ora está em depressão, ora em euforia. Sintoma típico de uma pessoa bipolar, a presidente. Que digam os médicos!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
PASSAMOS À MÃO NA CABEÇA DA CHEVRON
Em novembro passado, um problema no equipamento de perfuração no campo
de Frade, localizado na Bacia de Campos, na costa do Rio de Janeiro,
provocou o vazamento. Quatro meses depois da primeira ocorrência, foi
identificado novo vazamento, de proporções menores. Fonte: Folha.
Na semana passada, peritos da Polícia Federal concluíram laudo afirmando que não houve dano ambiental, abrindo uma crise entre PF e Ministério Público. O próprio MP já havia sugerido uma multa de R$ 20 bilhões à petroleira. O Ibama, por sua vez, multou a empresa em R$ 50 milhões.
A Chevron é operadora do campo de Frade, com 51,74% de participação, ao lado da Petrobras, com 30%, e Frade Japão Petróleo Limitada, com 18,26%. Fonte: Folha.
A ANP (Agência Nacional de Petróleo), segundo imprensa vai aplicar multa em torno de R$40 milhões para Chevron, muito aquém do que estava previsto de R$150 milhões. Apesar de não ter havido dano ambiental de grande monta, até em função de que a mancha de óleo seguiu a rota da corrente marítima, em direção aos mares do sul, não alcançando as costas brasileiras.
O que realmente houve é negligência da ANP na fiscalização da exploração do petróleo, por falta de estrutura de pessoal. Por coincidência, os funcionários da ANP estão em greve. Além disso, foi insistentemente dito por este bloguista, a responsabilização da Petrobrás no campo de Frade, pois ela é sócia do campo, conforme acima. No caso de desastre em específico, caberia parte da culpa, se houvesse, à Petrobrás e à própria ANP.
Duas lições devemos tirar do episódio, que felizmente, não houve danos de grande monta. A primeira é de que a Petrobrás tem que se estruturar para enfrentar os novos desafios, pois ela é, pela nova norma do pré-sal responsável por 30% em cada poço perfurado. A segunda lição é de que a ANP deverá ser estruturado, em número de fiscais, o necessário para fiscalizar cada poço de petróleo, sobretudo do pré-sal, onde uma eventual desastre, seria no mínimo catastrófico.
Passamos a mão na cabeça da Chevron, mas as providências terão que ser tomadas, na prática, pela Petrobrás e ANP, para que desastres maiores possam ser evitados no futuro. Não adianta nada, daqui a alguns meses ou anos, voltar à mesma cantilena de tentar culpar os responsáveis. O que devemos evitar é um novo desastre ambiental.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
Na semana passada, peritos da Polícia Federal concluíram laudo afirmando que não houve dano ambiental, abrindo uma crise entre PF e Ministério Público. O próprio MP já havia sugerido uma multa de R$ 20 bilhões à petroleira. O Ibama, por sua vez, multou a empresa em R$ 50 milhões.
A Chevron é operadora do campo de Frade, com 51,74% de participação, ao lado da Petrobras, com 30%, e Frade Japão Petróleo Limitada, com 18,26%. Fonte: Folha.
A ANP (Agência Nacional de Petróleo), segundo imprensa vai aplicar multa em torno de R$40 milhões para Chevron, muito aquém do que estava previsto de R$150 milhões. Apesar de não ter havido dano ambiental de grande monta, até em função de que a mancha de óleo seguiu a rota da corrente marítima, em direção aos mares do sul, não alcançando as costas brasileiras.
O que realmente houve é negligência da ANP na fiscalização da exploração do petróleo, por falta de estrutura de pessoal. Por coincidência, os funcionários da ANP estão em greve. Além disso, foi insistentemente dito por este bloguista, a responsabilização da Petrobrás no campo de Frade, pois ela é sócia do campo, conforme acima. No caso de desastre em específico, caberia parte da culpa, se houvesse, à Petrobrás e à própria ANP.
Duas lições devemos tirar do episódio, que felizmente, não houve danos de grande monta. A primeira é de que a Petrobrás tem que se estruturar para enfrentar os novos desafios, pois ela é, pela nova norma do pré-sal responsável por 30% em cada poço perfurado. A segunda lição é de que a ANP deverá ser estruturado, em número de fiscais, o necessário para fiscalizar cada poço de petróleo, sobretudo do pré-sal, onde uma eventual desastre, seria no mínimo catastrófico.
Passamos a mão na cabeça da Chevron, mas as providências terão que ser tomadas, na prática, pela Petrobrás e ANP, para que desastres maiores possam ser evitados no futuro. Não adianta nada, daqui a alguns meses ou anos, voltar à mesma cantilena de tentar culpar os responsáveis. O que devemos evitar é um novo desastre ambiental.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
quinta-feira, 19 de julho de 2012
PAC DA DILMA PERMITE ADITIVOS DE 100% !
No lançamento de um programa para obras de mobilidade em 75 municípios
de médio porte, a presidente Dilma Rousseff destacou hoje a
possibilidade de usar o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que
permite a realização de licitações de modo flexibilizado. O programa
prevê recursos de R$ 7 bilhões para municípios com população entre 250 e
700 mil habitantes. "Nós alteramos vários procedimentos para acelerar as obras, queria
lembrar que como é PAC, incide sobre essas obras todo aquele processo de
simplificação que se caracterizou como RDC", destacou a presidente em
breve pronunciamento na abertura da reunião com os prefeitos. Ela
sancionou hoje a lei que estende as obras do PAC o novo regime de
licitação. Fonte: Estadão.
As licitações foram regulamentadas pela lei 8.666 de 21 de junho de 1993 e atualizada com a lei 8.883 de 8 de junho de 1994. Estas leis foram instituídas, justamente para coibir o superfaturamento das obras. As referidas leis permitem aditivos de até 25% sobre o valor do contrato, além das correções previstas, como serviços não previstos no contrato.
Basicamente, o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), além de simplificar o procedimento licitatório, permite aditivo em serviços complementares ao do contrato original, em valores que poderá alcançar até 100%. A primeira vista, um procedimento que acelera a execução da obra, em função de que muitos serviços poderão ser considerados como fora do contratado e permitir aditivos. Por outro lado, permite aos agentes públicos e empreiteiros, em conluio, inventar séries de obras adicionais para engordar o faturamento.
O segredo está nos aditivos, que poderão chegar a 100% do valor orginal. Poderão ser colocados 100 números de serviços e obras, providencialmente esquecidos no projeto original, sem que o TCU e AGU possam contestar, alegando a antiga lei 8.666 e 8.883. Os empreiteiros e agentes públicos, em conluio, poderão praticar maracutáis, oficiosamente. Isto se chama, institucionalização da roubalheira.
O Congresso Nacional referendou a lei que estabelece o RDC, portanto são coniventes com tudo que acontecer de roubalheira, nas obras que compõe o PAC. Os parlamentares terão que se calar.
Pratricamente, é como abrir porteira do galinheiro para os lobos saborearem as galinhas, sem cerimônia. Nem pode abater os lobos, pois estes estarão protegidos pela lei.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
MERCANDANTE, VAMOS LEVAR EDUCAÇÃO A SÉRIO?
Pensando eu, individualmente na vida dos professores das universidades federais, dou razão aos pleitos de aumento de seus salários. Não concordo, porém, pela forma como os fazem. É uma constante, os alunos das universidades federais, sobretudo os formandos, perderem oportunidade de empregos por não conclusão do curso em tempo hábil.
Pode ter razão suas revindicações de plano de carreira e dos pisos salariais pleiteados. Pode ter razão também, em parte, o ponto de vista primário, do ministro da Educação Aloisio Mercadante em oferecer aumento para os mais, teoricamente, capacitados, com tempo integral. Mas o problema das universidades não se circunscreve no terreno das remunerações e nem no plano de carreiras.
O que falta nas nossas universidades, sobretudo as federais, é a gestão administrativa e a capacidade de inserção dos graduandos ao mercado de trabalho. Os alunos das universidades saem das instituições de ensino apenas com o diploma. As universidades despejam os formandos ao mercado, sem nenhuma capacitação para exercerem as funções que o mercado de trabalho exige. Isto é realidade que todos conhecem, mas todos se calam, simplesmente. Mexer com as universidades? Quem ousaria?
Via de regra, as nossas universidades, não mantém as instalações prediais em condições adequadas. Tem reboco caindo, pinturas que foram feitas há décadas, faltando peças sanitárias, faltando papel higiênico, goteiras por toda parte, vidros quebrados. Enfim, pelas mazelas das próprias manutenções prediais, dá para avaliar o que se passa no resto.
Os laboratórios. Que laboratórios? Os que ainda tem, utilizam-se dos equipamentos e material de laboratório de ante-penúltima geração. Usam-se tubos de ensaios aqui enquanto nas universidades americanas utilizam-se computadores de última geração. Com tubos de ensaio, permitem apenas fazer pesquisas científicas de base, dos tempos primórdios, das idades "neolíticas". Querem ensinar o que? Pegar sapinho e dissecá-lo é o máximo que se pode fazer.
Títulos. Bem disse o ministro Mercadantes, os professores tem que ter os títulos. Títulos de pós-graduação e de doutorado. Como se obtém, títulos, se não temos laboratórios de última geração? Só mesmo defesa de coisas teóricas, do tempo do dinossauro. Os cursos de pós-graduação e de doutorados, nessas universidades, terminam em "monografias" e defesa de "teses". Sem condições, os alunos, vão mesmo é fazer compilações de alguma teoria já defendidas pelos cientistas americanos ou alemãs. A bibliografia faz parte da monografia. Hoje, estas pesquisas são muito facilitados com o advento dos sites de buscas como o Google. Dói falar isto, mas é pura verdade.
Falo tudo isto, sem constrangimento, em defesa da própria instituições de ensino, por que já fiz parte do corpo docente de uma Universidade Federal. Em 45 anos de formado, o quadro permanece o mesmo de antes, para o meu espanto e tristeza.
Falam muito em investimento em 10% do PIB para educação. Com a estrutura que temos, pode gastar 20% que é como dinheiro que vai para o ralo. O problema, sem dúvida, tem um componente que é a verba, mas não é o único componente. As melhores universidades americanas, aquelas que aparecem no topo das melhores do mundo, gastam "custo aluno per capita" muito menos que as nossas. Mas, muito menor mesmos! Tem algo de errado, tem concepção errada, com certeza. O Brasil nunca ganhou um prêmio Nobel, em qualquer campo científico ou literário. Os americanos são os campeões, com o custo de formação acadêmica per capita menor.
Fala-se muito, também, em inovação tecnológica. Inovação tecnológica no Brasil, somente com importação de equipamentos produzidos nos EEUU, Alemanha, Japão e Coreia do Sul. Fala-se muito, também, em transferência de tecnologia. Vai transferir para quem? Temos profissionais capacitados, em números, para absorver as inovações? É tão dinâmica a evolução da ciência do mundo que, fatalmente, poderá acontecer como o caso Foxconn, importar tecnologia que ontem era última geração, mas hoje já é penúltima.
Desafio que tenha alguém do meio acadêmico que discorde do meu ponto de vista. Se discorda, é porque está em tempo de pedir a aposentadoria. Brasil tem que acordar para o campo da educação, como todo, com muita seriedade.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
Pode ter razão suas revindicações de plano de carreira e dos pisos salariais pleiteados. Pode ter razão também, em parte, o ponto de vista primário, do ministro da Educação Aloisio Mercadante em oferecer aumento para os mais, teoricamente, capacitados, com tempo integral. Mas o problema das universidades não se circunscreve no terreno das remunerações e nem no plano de carreiras.
O que falta nas nossas universidades, sobretudo as federais, é a gestão administrativa e a capacidade de inserção dos graduandos ao mercado de trabalho. Os alunos das universidades saem das instituições de ensino apenas com o diploma. As universidades despejam os formandos ao mercado, sem nenhuma capacitação para exercerem as funções que o mercado de trabalho exige. Isto é realidade que todos conhecem, mas todos se calam, simplesmente. Mexer com as universidades? Quem ousaria?
Via de regra, as nossas universidades, não mantém as instalações prediais em condições adequadas. Tem reboco caindo, pinturas que foram feitas há décadas, faltando peças sanitárias, faltando papel higiênico, goteiras por toda parte, vidros quebrados. Enfim, pelas mazelas das próprias manutenções prediais, dá para avaliar o que se passa no resto.
Os laboratórios. Que laboratórios? Os que ainda tem, utilizam-se dos equipamentos e material de laboratório de ante-penúltima geração. Usam-se tubos de ensaios aqui enquanto nas universidades americanas utilizam-se computadores de última geração. Com tubos de ensaio, permitem apenas fazer pesquisas científicas de base, dos tempos primórdios, das idades "neolíticas". Querem ensinar o que? Pegar sapinho e dissecá-lo é o máximo que se pode fazer.
Títulos. Bem disse o ministro Mercadantes, os professores tem que ter os títulos. Títulos de pós-graduação e de doutorado. Como se obtém, títulos, se não temos laboratórios de última geração? Só mesmo defesa de coisas teóricas, do tempo do dinossauro. Os cursos de pós-graduação e de doutorados, nessas universidades, terminam em "monografias" e defesa de "teses". Sem condições, os alunos, vão mesmo é fazer compilações de alguma teoria já defendidas pelos cientistas americanos ou alemãs. A bibliografia faz parte da monografia. Hoje, estas pesquisas são muito facilitados com o advento dos sites de buscas como o Google. Dói falar isto, mas é pura verdade.
Falo tudo isto, sem constrangimento, em defesa da própria instituições de ensino, por que já fiz parte do corpo docente de uma Universidade Federal. Em 45 anos de formado, o quadro permanece o mesmo de antes, para o meu espanto e tristeza.
Falam muito em investimento em 10% do PIB para educação. Com a estrutura que temos, pode gastar 20% que é como dinheiro que vai para o ralo. O problema, sem dúvida, tem um componente que é a verba, mas não é o único componente. As melhores universidades americanas, aquelas que aparecem no topo das melhores do mundo, gastam "custo aluno per capita" muito menos que as nossas. Mas, muito menor mesmos! Tem algo de errado, tem concepção errada, com certeza. O Brasil nunca ganhou um prêmio Nobel, em qualquer campo científico ou literário. Os americanos são os campeões, com o custo de formação acadêmica per capita menor.
Fala-se muito, também, em inovação tecnológica. Inovação tecnológica no Brasil, somente com importação de equipamentos produzidos nos EEUU, Alemanha, Japão e Coreia do Sul. Fala-se muito, também, em transferência de tecnologia. Vai transferir para quem? Temos profissionais capacitados, em números, para absorver as inovações? É tão dinâmica a evolução da ciência do mundo que, fatalmente, poderá acontecer como o caso Foxconn, importar tecnologia que ontem era última geração, mas hoje já é penúltima.
Desafio que tenha alguém do meio acadêmico que discorde do meu ponto de vista. Se discorda, é porque está em tempo de pedir a aposentadoria. Brasil tem que acordar para o campo da educação, como todo, com muita seriedade.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
quarta-feira, 18 de julho de 2012
DILMA COM HELICÓPTERO VOADOR NOVINHO EM FOLHA
A presidente da República, Dilma Rousseff, passou a contar a partir desta quarta-feira (18) com um novo helicóptero. A aeronave, com capacidade para transportar 10 passageiros e três tripulantes, foi entregue ao GTE (Grupo de Transporte Especial), em cerimônia nesta manhã na base aérea de Brasília. Fonte: Folha.
De acordo com o Ministério da Defesa, o helicóptero possui autonomia de quatro horas e trinta minutos de voo e alcance de 630 milhas náuticas. Batizado de VH-36 Caracal, o equipamento faz parte do contrato de R$ 5,2 bilhões com a Helibras, para a construção de 50 unidades para as frotas da Presidência da República (2) e Forças Armadas (48). O ministério não soube informar o valor da aeronave, conhecida internacionalmente como EC-725. Fonte: Folha.
Exercício da presidência da República, é como exercício de sacerdócio, impregnado de simbolismo. Pega mal, neste momento de negação de aumento ao funcionalismo público, dos professores das universidades federais e no momento que estamos falando em estagnação, do PIBinho, da falta de vacinas contra gripe suína, entre tantas mazelas do governo, fazer a troca do helicóptero de transporte da presidência da República. Segundo a notícia, daqui a um ano vai receber o segundo, novinho em folha.
Quanto se trata de atendimento da população, tem mais propaganda do que qualquer coisa. Se um estrangeiro, apenas assistir as propagandas do governo federal, vai achar que o Brasil é país muito mais avançado do que os europeus. Vejam as propagandas: Brasil sem Miséria, Minha Casa Minha vida, Brasil maior, Brasil Carinhoso, Programa de Aceleração de Crescimento, Trem Bala, Belo Monte, Norte-Sul, Transnordestina, Transposição do Rio São Francisco, Combate à seca do semi-árido, Programa Cegonha e por aí vai. E de quebra CréditoFácil, CréditoBarato, geladeira à vontade, automóveis em promoção. Que maravilha de país!
Atrás de tudo isto, está o povo sofrido. Povo que acorda às 5 horas de manhã, pega metropolitano apinhado de gente, para chegar no serviço pontualmente às 7 horas. Quando chega de volta em casa, já à noite, mal consegue ver crianças acordadas. É uma rotina dura, para ganhar o mínimo necessário para subsistência., porque o salários já está comprometido com o CréditoFácil. E quando necessita de serviço público, tudo é deficitário. É um jogo de empurra entre a união, estados e municípios. Uma briga entre as diversas siglas de partidos, uma sopinha de letras, como se o povo fosse responsável por elas.
Presidente, se o helicóptero que utiliza já estava sucateada, substitua-o com discrição, dentro da rotina burocrática do Estado. Não fique esfregando na cara deste nosso povo sofrido, o seu conforto, a sua soberba, como se o país fosse monarquia e a Senhora a Rainha do Brasil. Vamos baixar a bola, vamos?
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
DILMA PRATICA ROBIN WOOD COM R$300 BI
A proposta segue para análise do Senado. O texto da MP repassa do
Tesouro para o BNDES R$ 45 bilhões para financiar, a juros baixos,
investimentos do setor industrial.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está utilizando a maior parte dos recursos subsidiados que recebeu do Tesouro para financiar empresas poderosas como Petrobrás e Vale. Fonte: Folha.
Este tipo de repasse do Tesouro para o BNDES, para financiar empresários, com subsídios do governo iniciou no governo Lula, para sair da crise financeira mundial, em 2009.
Também está previsto o aumento de R$ 18 bilhões para financiamento de ações de modernização do parque industrial, inovação tecnológica ou que agreguem valor às cadeias produtivas, passando de R$ 209 bilhões para R$ 227 bilhões o limite de financiamento do BNDES com subvenção da União. Fonte: Folha.
Apesar de número indicar como limite para financiamento subsidiado passar para R$227 bilhões, o Tesouro já repassou R$240 bilhões que somado aos R$45 bilhões novos, somará em R$285 bilhões. Corrigido para hoje, grosso modo, mais de R$300 bilhões de dinheiro subsidiado.
Dos R$ 240 bilhões repassados ao banco, 64% foram aplicados em projetos de grandes empresas.
O dinheiro repassado pelo governo ao BNDES é subsidiado pelo contribuinte porque os juros cobrados pelo banco das empresas são menores que as taxas pagas pelo Tesouro para obter esses recursos no mercado. Levantamento feito pelo governo e enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU) estima o custo do subsídio em quase R$ 23 bilhões apenas no ano passado. Fonte: Estadão.
Com o novo repasse aprovado pela Câmara, a estimativa do subsídio do contribuinte para empresas beneficiárias, vai passar de R$28 bilhões, grosso modo. Este número não inclui financiamento do FAT, dinheiro do trabalhador. Sim o trabalhador também subsidia os mega empresários com os recursos da FAT. Não saberia mensurar o valor deste.
A informação consta de relatório produzido trimestralmente pelo BNDES e entregue ao Congresso. Na versão mais recente, que engloba os recursos recebidos entre janeiro de 2009 e março deste ano, a lista de empresas beneficiadas pelos financiamentos inclui gigantes como Fibria (celulose), Oi (telecomunicações), Ford e Fiat (montadoras). Fonte: Estadão.
Não podemos esquecer de outras empresas como o grupo JBS do Henrique Meirelles, com soma de R$ 17 bilhões e as empresas X do empresário Eike Batista que não saberia dizer a soma dos valores, o último foi de R$ 2,7 bilhões. Não tenho informações precisas, em que anda o financiamento da Foxconn chinesa e Volkswagem alemã.
Resumo da ópera. Os empresários são cooptados com empréstimos subsidiados pelo governo e ou pelo trabalhador, via estatal BNDES, uma verdadeira "Bolsa Empresário". Sem contar com caminhão de dinheiro que drena para algumas empresas escolhidos a dedo pelo governo, via renúncia fiscal. Nenhum dado são informados sobre as tais renúncias fiscais. Só sei que é muitos caminhões de dinheiro.
Sim. Na inglaterra tem o lendário Robin Hood que roubava dos ricos para distribuir para os pobres. Aqui no Brasil, o governante de plantão continua a imitar o gesto do Robin Hood, só que ao inverso. Tira dinheiro suado do contribuinte, pobres na maioria, para dar aos empresários que tem acesso direto ao 3º andar do Palácio do Planalto.
Ontem, defendi Selic a 5,5%. Este número não saiu da cartola, como muitos devem ter imaginado. Selic a 5,5% acaba com o subsídio, porque o BNDES empresta a mega empresários a taxa TJLP de 5,5%. Bingooo!
Não tem jeito. Por ora, a presidente merece o título de Robin Wood. Isso mesmo, wood = madeira. Robin Hood ela não é, definitivamente.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está utilizando a maior parte dos recursos subsidiados que recebeu do Tesouro para financiar empresas poderosas como Petrobrás e Vale. Fonte: Folha.
Este tipo de repasse do Tesouro para o BNDES, para financiar empresários, com subsídios do governo iniciou no governo Lula, para sair da crise financeira mundial, em 2009.
Também está previsto o aumento de R$ 18 bilhões para financiamento de ações de modernização do parque industrial, inovação tecnológica ou que agreguem valor às cadeias produtivas, passando de R$ 209 bilhões para R$ 227 bilhões o limite de financiamento do BNDES com subvenção da União. Fonte: Folha.
Apesar de número indicar como limite para financiamento subsidiado passar para R$227 bilhões, o Tesouro já repassou R$240 bilhões que somado aos R$45 bilhões novos, somará em R$285 bilhões. Corrigido para hoje, grosso modo, mais de R$300 bilhões de dinheiro subsidiado.
Dos R$ 240 bilhões repassados ao banco, 64% foram aplicados em projetos de grandes empresas.
O dinheiro repassado pelo governo ao BNDES é subsidiado pelo contribuinte porque os juros cobrados pelo banco das empresas são menores que as taxas pagas pelo Tesouro para obter esses recursos no mercado. Levantamento feito pelo governo e enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU) estima o custo do subsídio em quase R$ 23 bilhões apenas no ano passado. Fonte: Estadão.
Com o novo repasse aprovado pela Câmara, a estimativa do subsídio do contribuinte para empresas beneficiárias, vai passar de R$28 bilhões, grosso modo. Este número não inclui financiamento do FAT, dinheiro do trabalhador. Sim o trabalhador também subsidia os mega empresários com os recursos da FAT. Não saberia mensurar o valor deste.
A informação consta de relatório produzido trimestralmente pelo BNDES e entregue ao Congresso. Na versão mais recente, que engloba os recursos recebidos entre janeiro de 2009 e março deste ano, a lista de empresas beneficiadas pelos financiamentos inclui gigantes como Fibria (celulose), Oi (telecomunicações), Ford e Fiat (montadoras). Fonte: Estadão.
Não podemos esquecer de outras empresas como o grupo JBS do Henrique Meirelles, com soma de R$ 17 bilhões e as empresas X do empresário Eike Batista que não saberia dizer a soma dos valores, o último foi de R$ 2,7 bilhões. Não tenho informações precisas, em que anda o financiamento da Foxconn chinesa e Volkswagem alemã.
Resumo da ópera. Os empresários são cooptados com empréstimos subsidiados pelo governo e ou pelo trabalhador, via estatal BNDES, uma verdadeira "Bolsa Empresário". Sem contar com caminhão de dinheiro que drena para algumas empresas escolhidos a dedo pelo governo, via renúncia fiscal. Nenhum dado são informados sobre as tais renúncias fiscais. Só sei que é muitos caminhões de dinheiro.
Sim. Na inglaterra tem o lendário Robin Hood que roubava dos ricos para distribuir para os pobres. Aqui no Brasil, o governante de plantão continua a imitar o gesto do Robin Hood, só que ao inverso. Tira dinheiro suado do contribuinte, pobres na maioria, para dar aos empresários que tem acesso direto ao 3º andar do Palácio do Planalto.
Ontem, defendi Selic a 5,5%. Este número não saiu da cartola, como muitos devem ter imaginado. Selic a 5,5% acaba com o subsídio, porque o BNDES empresta a mega empresários a taxa TJLP de 5,5%. Bingooo!
Não tem jeito. Por ora, a presidente merece o título de Robin Wood. Isso mesmo, wood = madeira. Robin Hood ela não é, definitivamente.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10
terça-feira, 17 de julho de 2012
FOXCONN DEU CALOTE NO MERCADANTE E DILMA!
Um ano e três meses depois do anúncio oficial do investimento da Foxconn
no Brasil, as negociações entre o governo brasileiro e a empresa
taiwanesa estão num impasse por conta da tecnologia a ser usada na
fábrica de LCD (telas de cristal líquido). O investimento de US$ 12 bilhões da Foxconn no Brasil foi anunciado
oficialmente pela presidente Dilma em abril do ano passado, durante
viagem à China. Parte do montante anunciado seria destinada à instalação
de uma fábrica de telas de LCD. Fonte: Folha.
O ministro Aloizio Mercadante (ex-Ciência e Tecnologia, hoje da Educação) destacou, na ocasião, que havia no mundo apenas quatro fábricas do modelo que a Foxconn traria ao país, todas na Ásia. No fim do ano passado, o BNDES confirmou que seria sócio na primeira etapa do negócio, de US$ 4 bilhões no total. O banco deve entrar com 30%, US$ 1,2 bilhão. Em outubro de 2011, o empresário Eike Batista informou a Dilma que também participaria do empreendimento, com US$ 500 milhões. Fonte: Folha.
Resumo da ópera. O ministro Mercadante, à época da visita da presidente Dilma à China, anunciou que a Foxconn iria criar 100.000 novos empregos no Brasil, sendo 20.000 destes de engenheiros. Nada disso vai acontecer. A Foxconn dos chineses, fabricante dos produtos da Apple, diz agora, que vai trazer a tecnologia de penúltima geração.
O governo federal, já deu por conta, isenção 100% de impostos federais. Os direitos permanecem, mas os deveres dos chineses vão ser relegados ao segundo plano. O Brasil vai acabar engolindo a penúltima geração de iPad, com os impostos zerados para chineses. Para a Dilma e Mercadante, não pagarem o mico, vai ficar por isso mesmo.
Brasil levou o golpe dos chineses!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
O ministro Aloizio Mercadante (ex-Ciência e Tecnologia, hoje da Educação) destacou, na ocasião, que havia no mundo apenas quatro fábricas do modelo que a Foxconn traria ao país, todas na Ásia. No fim do ano passado, o BNDES confirmou que seria sócio na primeira etapa do negócio, de US$ 4 bilhões no total. O banco deve entrar com 30%, US$ 1,2 bilhão. Em outubro de 2011, o empresário Eike Batista informou a Dilma que também participaria do empreendimento, com US$ 500 milhões. Fonte: Folha.
Resumo da ópera. O ministro Mercadante, à época da visita da presidente Dilma à China, anunciou que a Foxconn iria criar 100.000 novos empregos no Brasil, sendo 20.000 destes de engenheiros. Nada disso vai acontecer. A Foxconn dos chineses, fabricante dos produtos da Apple, diz agora, que vai trazer a tecnologia de penúltima geração.
O governo federal, já deu por conta, isenção 100% de impostos federais. Os direitos permanecem, mas os deveres dos chineses vão ser relegados ao segundo plano. O Brasil vai acabar engolindo a penúltima geração de iPad, com os impostos zerados para chineses. Para a Dilma e Mercadante, não pagarem o mico, vai ficar por isso mesmo.
Brasil levou o golpe dos chineses!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
SELIC A 5,5%, PODE?
Pode sim! Dentro da nova filosofia, copiada do professor Delfim Neto, não vou ficar repisando sobre o tema Selic, dizendo que Dilma "deveria" ter feito isso ou aquilo. Vou direto à proposta.
Pelas atuais normas, a taxa Selic de 8%, uma boa parte do índice representa IOF e Imposto de Renda, que somado dá em torno de 1,5%. Sendo assim, a atual taxa para o aplicador brasileiro, se torna líquido 6,5%. Com exceção dos especuladores estrangeiros que recebem 8% líquido.
Primeiro de tudo, para aplicação em títulos do Tesouro, deveria dispensar de impostos, porque embute impostos sobre as próprias captações. É um contrasenso cobrar impostos sobre o empréstimo que o governo toma no mercado. É uma operação, no mínimo, esdrúxula. É como dizer para o emprestador ao governo: eu te pago um pouco a mais, mas depois você me devolve uma parte.
Quem se beneficia da malandragem montada são os investidores estrangeiros que estão isentos de imposto de renda sobre aplicação em renda fixa no Brasil. Os estrangeiros recebem 8% cheio, menos IOF, quando tem. Aqui funciona, para especulador estrangeiro, como verdadeiro "paraíso fiscal". Vamos acabar com a diferenciação do especulador estrangeiro a do especulador brasileiro, favorecendo aos estrangeiros?
Por que o número 5,5%? A taxa 5,5% corresponde a TJLP que a maioria dos mega empresários pagam sobre os empréstimos do BNDES. O governo Dilma, já emprestou ao BNDES cerca de R$ 350 bilhões, tomados no mercado à taxa Selic para repassar aos empresários. Na atual situação, juros tomados a 8% e emprestado a 5,5%, está subsidiando os mega empresários, numa espécie de Bolsa Empresários. Uma forma de cooptar os beneficiários dos que tem empréstimos subsidiados do BNDES. Robin Hood ao inverso!
O que pode ocorrer, se baixar taxa Selic para 5,5%? De princípio, só coisa positiva. O cenário econômico está favorável, com inflação sob controle e consumidor reticentes ao endividamento. O número estará próximo ao da inflação corrente. A taxa ficará próximo dos países desenvolvidos em termos reais. Vai ganhar credibilidade no mercado financeiro global.
Os capitais especulativos vão fugir do país. Com a fuga do capital especulativo vai apreciar o dólar, isto é, vai colocá-lo no patamar devido. O dólar ficará isento de componente especulativo. No movimento inverso, os investimentos diretos ficarão confortáveis com a apreciação do dólar. Na soma do vai e vem, é possível que haja equilíbrio. No mínimo o dólar vai flutuar no patamar real.
Dilma, sem dizer que "menor taxa Selic da história", vamos implementar isso, vamos!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10 a
Pelas atuais normas, a taxa Selic de 8%, uma boa parte do índice representa IOF e Imposto de Renda, que somado dá em torno de 1,5%. Sendo assim, a atual taxa para o aplicador brasileiro, se torna líquido 6,5%. Com exceção dos especuladores estrangeiros que recebem 8% líquido.
Primeiro de tudo, para aplicação em títulos do Tesouro, deveria dispensar de impostos, porque embute impostos sobre as próprias captações. É um contrasenso cobrar impostos sobre o empréstimo que o governo toma no mercado. É uma operação, no mínimo, esdrúxula. É como dizer para o emprestador ao governo: eu te pago um pouco a mais, mas depois você me devolve uma parte.
Quem se beneficia da malandragem montada são os investidores estrangeiros que estão isentos de imposto de renda sobre aplicação em renda fixa no Brasil. Os estrangeiros recebem 8% cheio, menos IOF, quando tem. Aqui funciona, para especulador estrangeiro, como verdadeiro "paraíso fiscal". Vamos acabar com a diferenciação do especulador estrangeiro a do especulador brasileiro, favorecendo aos estrangeiros?
Por que o número 5,5%? A taxa 5,5% corresponde a TJLP que a maioria dos mega empresários pagam sobre os empréstimos do BNDES. O governo Dilma, já emprestou ao BNDES cerca de R$ 350 bilhões, tomados no mercado à taxa Selic para repassar aos empresários. Na atual situação, juros tomados a 8% e emprestado a 5,5%, está subsidiando os mega empresários, numa espécie de Bolsa Empresários. Uma forma de cooptar os beneficiários dos que tem empréstimos subsidiados do BNDES. Robin Hood ao inverso!
O que pode ocorrer, se baixar taxa Selic para 5,5%? De princípio, só coisa positiva. O cenário econômico está favorável, com inflação sob controle e consumidor reticentes ao endividamento. O número estará próximo ao da inflação corrente. A taxa ficará próximo dos países desenvolvidos em termos reais. Vai ganhar credibilidade no mercado financeiro global.
Os capitais especulativos vão fugir do país. Com a fuga do capital especulativo vai apreciar o dólar, isto é, vai colocá-lo no patamar devido. O dólar ficará isento de componente especulativo. No movimento inverso, os investimentos diretos ficarão confortáveis com a apreciação do dólar. Na soma do vai e vem, é possível que haja equilíbrio. No mínimo o dólar vai flutuar no patamar real.
Dilma, sem dizer que "menor taxa Selic da história", vamos implementar isso, vamos!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10 a
DILMA, VAMOS FAZER FAXINA DE VERDADE?
Não é razoável assistir, sem preocupação, a economistas bem apetrechados no cientificismo criticarem com enorme fúria verbal a atual política econômica. Seria ridículo supor que ela não pode ser melhor, mas há sérias dúvidas sobre se ela pode ser "maximizada" sob as restrições impostas. Por maior que seja o esforço governamental, seu resultado será sempre condicionado por esse fato. Mas é absurdo sugerir que a ação pragmática de curto prazo é "toda errada porque compromete uma visão de longo prazo". "Deveríamos", porém, é bem diferente do "poderíamos", devido às "condicionantes" expostas acima. Fonte: Folha.
As frases acima foram ditas pelo professor Antonio Delfim Neto na sua Coluna semanal, no jornal Folha de São Paulo. Ele está certíssimo. Eu próprio estava entrando na onda do "deveríamos" e "poderíamos" ter feitos, com relação à política econômica. Vou seguir os conselhos do professor e sair das discussões bizantinas. Falar de que o Collor, Itamar, FHC e Lula deveriam ter feitos ou que a Dilma poderia ter feito, não soma a nada. O tempo não volta mais atrás.
A partir de hoje, dentro do que é possível, farei colocações a qualquer matéria com vistas voltadas ao horizonte, olhando um pouco para o retrovisor, apenas, o suficiente para servir de correção do rumo.
Antes mesmo de cobrar providências sobre a política econômica, que terei tempo suficiente para expô-la, quero colocar hoje, uma questão fundamental sobre a vida cotidiana do cidadão, sobre a credibilidade de quem ocupa o cargo público. No caso específico, as denúncias e comprovação da corrupção que envolvem direta ou indiretamente levam a campanha da presidente da República. Não basta afastar os ministros e diretores de órgãos a que a subordinam. Isto não é faxina. Isto é colocar o lixo debaixo de tapete. Esta foma de faxina (sic) onde existe tanta complacência, nós deixa tirar ilações que a presidente Dilma sabe de algo, que a impede de fazer a faxina completa. Forças ocultas?
Presidente Dilma, antes de anunciar medidas, que poderão lhe render alguns pontos no índice de aprovação do governo, deveria anunciar em cadeia nacional de TV e rádio que tomará todas medidas institucionais possíveis e necessárias para apurar os fatos que já são notícias sobre a roubalheira do dinheiro público, no país. Apenas do seu próprio governo. Até porque os rastros da Delta Construções e companhia estão a levar na direção do Palácio Planalto.
Dilma, deve fazê-la com urgência!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10
segunda-feira, 16 de julho de 2012
CHEVRON PASSA DE BANDIDO PARA MOCINHO
A diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Magda Chambriard, informou que a autarquia vai multar esta semana a petrolífera norte-americana Chevron, após oito meses do acidente da empresa ocorrido no campo de Frade, na bacia de Campos. Segundo Magda, a multa ficará abaixo do valor máximo de R$ 50 milhões estipulado pela legislação atual. Fonte: Folha.
Magda informou ainda que a Chevron pediu para voltar a produzir no campo de Frade. A empresa suspendeu por vontade própria suas operações em março, após descobrir uma exsudação (liberação de petróleo do solo marinho) próxima ao primeiro acidente. Na época, a empresa pediu à ANP para suspender a produção, que girava em torno dos 70 mil barris diários de petróleo, para estudar melhor a geologia do local. Segundo Magda, "em breve a Chevron vai voltar a produzir", mas não soube estimar quando isso aconteceria. Fonte: Folha.
Tanta pirotecnia desnecessária na ocasião do acidente do Campo de Frade. Bradou dizendo que iria multar a empresa em R$150 milhões e iria prender os responsáveis pela empresa pelos crimes que supostamente teria praticados.
Na ocasião parecia razoável todas medidas que ANP e IBAMA iriam tomar. Porém, atitude semelhante não fora tomada contra os dirigentes da Petrobrás, sócia do Campo em 30% com a Chevron. A Petrobrás como sócia, não sabia o que estava ocorrendo na plataforma de exploração? A própria ANP não deveria ter aprovado o plano de exploração e fiscalizado a sua execução? A argumentação de que a ANP não tinham estrutura para fazer a fiscalização simultânea de vários poços, me deixa estarrecido.
Só estranho o fato de Chevron, de repente, virar da posição de bandido para posição de bom menino, sem muita explicação. O que terá ocorrido nos bastidores?
Dá para continuar acreditando no que falam a ANP e o braço executor a nossa Petrobrás?
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
ONDE ESTÃO AS INSTITUIÇÕES DA REPÚBLICA?
Um assunto que não sai da minha cabeça. Analisando os últimos acontecimentos sobre o episódios da contravenção envolvendo políticos de alto escalão da República como o do Carlinhos Cachoeira ou mesmo do Juquinha da Valec, chego a conclusão nada boa. Passo a explicar.
Quanto a um caso como o outro, as invetigações da Polícia Federal remontam nos idos ano de 2006. Corroborado com levantamento de suspeita da PF, o TCU (Tribunal de Contas da União), a CGU (Controladoria Geral da União) e o COAF apontam dados suspeitos, que somente agora são revelados. Única notícia positiva que foi noticiado pela imprensa até o momento é o caso do Juquinha da Valec, que a Justiça sequestrou os bens dele e da família dele, em função da investigação da Polícia Federal, patrimônio do Juquinha no montante avaliado em R$ 68 milhões.
E o caso da Delta Construções com suspeita de financiamento da campanha eleitoral do Lula em 2006? As suspeitas foram levantadas pela Polícia Federal em anos subsequentes. São R$ milhões, que foram parar nas campanhas presidenciais do Lula em 2006, sob forma de dinheiro não contabilizado. Existe também uma denúncia do ex-diretor do DNIT sobre a suspeição de drenagem dos recursos do Rodoanel para campanha do Serra em 2010. Pode ser que tudo seja suspeita. Mas os fatos vazaram para opinião pública. Cabe às instituições da República responsáveis pela apuração criminal, investigarem profundamente, para que não fique apenas nas suspeitas.
Não querendo fazer comparações, mas na França, a Polícia Judiciária fez busca e apreensão de documentos na residência e escritório do ex-presidente Nikolas Sarkozy, pela suspeição de doação irregular, caixa 2, de US$ 1 milhão. Comparado com os números apresentados pela Polícia Federal, somente do caso Delta, que já beiram os R$ 100 milhões, seria café pequeno. Já que foram apurados forte suspeição do financiamento irregular, caixa 2, para as campanhas tanto de um lado como de outro, há que ser apurar com rigor e celeridade. Até para que as pessoas envolvidas sejam definitivamente declarados culpados ou inocentes. Quem merece ouvir os esclarecimentos, definitivamente, são os contribuintes. Afinal, o dinheiro desviado de forma irregular saíram dos bolsos dos contribuintes.
As próprias autoridade judiciárias, deveriam apurar os fatos para que não recaiam suspeita de conivência com o crime organizado, este com ramificações em todos os poderes da República. As instituições republicanas existem para isso. Os contibuintes pagam os seus salários para isso.
As últimas denúncias levam o rastro dos R$ milhões sacados na boca do caixa às portas dos Palácios dos governos e aos aos operadores das campanhas presidenciais. Espero que os fatos se confirmem o contrário das suspeitas, que os mais altos escalões da Repúblicas sejam definitivamente absolvidas a despeito de todas evidências. Os contribuintes, querem na verdade ter não só orgulho da pátria que ama, mas também orgulhar-se das suas instituições da República. E dizer, batendo no peito que se orgulha dos presidentes, de hoje e de antes, de todos nós.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
Quanto a um caso como o outro, as invetigações da Polícia Federal remontam nos idos ano de 2006. Corroborado com levantamento de suspeita da PF, o TCU (Tribunal de Contas da União), a CGU (Controladoria Geral da União) e o COAF apontam dados suspeitos, que somente agora são revelados. Única notícia positiva que foi noticiado pela imprensa até o momento é o caso do Juquinha da Valec, que a Justiça sequestrou os bens dele e da família dele, em função da investigação da Polícia Federal, patrimônio do Juquinha no montante avaliado em R$ 68 milhões.
E o caso da Delta Construções com suspeita de financiamento da campanha eleitoral do Lula em 2006? As suspeitas foram levantadas pela Polícia Federal em anos subsequentes. São R$ milhões, que foram parar nas campanhas presidenciais do Lula em 2006, sob forma de dinheiro não contabilizado. Existe também uma denúncia do ex-diretor do DNIT sobre a suspeição de drenagem dos recursos do Rodoanel para campanha do Serra em 2010. Pode ser que tudo seja suspeita. Mas os fatos vazaram para opinião pública. Cabe às instituições da República responsáveis pela apuração criminal, investigarem profundamente, para que não fique apenas nas suspeitas.
Não querendo fazer comparações, mas na França, a Polícia Judiciária fez busca e apreensão de documentos na residência e escritório do ex-presidente Nikolas Sarkozy, pela suspeição de doação irregular, caixa 2, de US$ 1 milhão. Comparado com os números apresentados pela Polícia Federal, somente do caso Delta, que já beiram os R$ 100 milhões, seria café pequeno. Já que foram apurados forte suspeição do financiamento irregular, caixa 2, para as campanhas tanto de um lado como de outro, há que ser apurar com rigor e celeridade. Até para que as pessoas envolvidas sejam definitivamente declarados culpados ou inocentes. Quem merece ouvir os esclarecimentos, definitivamente, são os contribuintes. Afinal, o dinheiro desviado de forma irregular saíram dos bolsos dos contribuintes.
As próprias autoridade judiciárias, deveriam apurar os fatos para que não recaiam suspeita de conivência com o crime organizado, este com ramificações em todos os poderes da República. As instituições republicanas existem para isso. Os contibuintes pagam os seus salários para isso.
As últimas denúncias levam o rastro dos R$ milhões sacados na boca do caixa às portas dos Palácios dos governos e aos aos operadores das campanhas presidenciais. Espero que os fatos se confirmem o contrário das suspeitas, que os mais altos escalões da Repúblicas sejam definitivamente absolvidas a despeito de todas evidências. Os contribuintes, querem na verdade ter não só orgulho da pátria que ama, mas também orgulhar-se das suas instituições da República. E dizer, batendo no peito que se orgulha dos presidentes, de hoje e de antes, de todos nós.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
domingo, 15 de julho de 2012
REELEIÇÃO DE DILMA NÃO É TÃO CERTA
Para tentar evitar tremores em sua base de apoio no ano eleitoral e a aprovação de projetos no Congresso que ameaçam as contas públicas, a presidente Dilma Rousseff foi obrigada a assumir uma tarefa para a qual demonstrou pouco entusiasmo nesse um ano e meio de mandato: a articulação política do governo.
Julho começou com uma reviravolta na capital de Minas, onde houve um racha na aliança entre PT e PSB estimulado pelo senador Aécio Neves (PSDB). Incomodada com os avanços do potencial adversário, Dilma telefonou ao prefeito Márcio Lacerda (PSB) com o seguinte recado: se não evitasse o racha, o PT lançaria candidato próprio, Patrus Ananias. Fonte: Folha.
Eis a conta feita: o Executivo precisa aproveitar a alta popularidade de Dilma para resolver problemas em sua base no Legislativo. Assim, evita derrotas com potencial de onerar os cofres públicos. Fonte: Folha.
Por ser uma das maiores forças do Legislativo, o PMDB é essencial. Tanto que Dilma decidiu apoiar a sigla para comandar a Câmara no ano que vem e concorda em chancelar o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Mas o PMDB quer mais e pretende emplacar Renan Calheiros (PMDB-AL) na Presidência do Senado em 2013. Fonte: Folha.
Como podem ver pelos noticiários, com o PIBinho em 2012, todos se põe a pular fora do barco da base de apoio do governo Dilma. E a Dilma sabe disso. Por isso, com a nova postura, tenta sair do risco da própria sobrevivência política. Dependendo do resultado das eleições de 2012, sobretudo em São Paulo, Recife e Belo Horizonte, a sua pretendida reeleição em 2014, não será fato consumado.
Além do senador Aécio Neves, PSDB, já deram recados que estão no páreo o próprio presidente Lula, PT e Eduardo Campos, PSB. Se o Haddad, PT, emplacar em São Paulo, é mais do que certo que o presidente Lula será candidatíssimo em 2014. Se Márcio Lacerda, PSB, ganhar em BH, fortalece posição do Aécio Neves dentro do seu partido. Com a vitória eventual do seu candidato em Recife contra Humberto Costa, PT, o governador Eduardo Campos já deu sinal de que pretende concorrer em 2014 à vaga ocupada pela presiidente Dilma, PT. E para completar a complexidade do quadro político para Dilma, o seu vice, Michel Temmer, PMDB, afirmara que não é coisa consagrada a reeleição da presidente Dilma em 2014.
Estamos no dia 15 de julho. É muito cedo para dizer que o quadro está definido. Tudo pode acontecer. Todas possibilidades colocadas acima tem chance de prosperar. Nunca antes, o voto de cada eleitor, esteve tão valorizado como agora.
Que vença a democracia!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
150 DIAS DE BLOG. REFLEXÃO
Este espaço que se denomina blog é o mais recente meio de comunicação. Muito interessante. Cada um utiliza da maneira que pode. Pois, foi a alternativa que encontrei para expor os meus pontos de vistas sobre matérias divulgadas na grande mídia, nacional e internacional. Embora, em linguagem tosca.
Não sou mídia para produzir matérias, nem tenho interesse e nem condições financeiras para manter equipe de jornalistas e repórteres ao meu serviço. Este espaço é cedido gratuitamente pela empresa Google. Não tenho pretensão e nem interesse em concorrer com os articulistas das mídias tradicionais. Sou apenas cidadão comum, do povo.
Pensei em contratar revisor de texto, mas é uma operação muito complexa, além de tudo o texto sofreria adequação nas frases, que as deixariam mais polidas. Aqui, as frases ditas, são aquelas que uso no cotidiano, tosco, mas sincero. Nem sempre, são adequados ou corretos. Mas são as que vem dentro do meu ser, em maioria dos casos, como que um grito de desabafo. Desabafo de ver tantas mazelas no país que amo, que tem o nome de Brasil, sem que os governantes de plantão tentem resolver de verdade.
A atual e o presidente anterior costumam utilizar-se de artifícios verbais para conquistar ou enganar a população. As famosas frases de efeitos, que pegam bem ao povo, mas que é vazio na essência, sobejamente utilizado pelos marketeiros.
Sem dúvida que importantes conquistas, no campo econômico e social foram foram conquistadas nos últimos 9 anos de governo. No entanto, os investimentos essenciais e necessárias para o desenvolvimento do país, foram simplesmente esquecidos nos porões, da democracia. Onde foram parar os investimentos em educação, saúde pública e segurança pública? Nestes setores que caberia ao Estado intervir, seguro e firmemente, nada fizeram ou pouco fazem.
Ao mesmo tempo que a população tem acesso aos bens de consumo duráveis como geladeira e automóveis, viagens aos EEUU, andar de avião, os governantes de plantão, não conseguem implantar ensino fundamental em tempo integral, saúde pública pelo menos mais digna e evitar que 90 mil brasileiros morram em homicídios e acidentes de trânsito. Tem muita coisa a fazer, antes dos discursos com frases de efeito, um verdadeiro blá, blá, blá.
Obras faraônicas são anunciadas, mas longe de ser concluídas como transposição do rio São Francisco, ferrovia Norte-Sul, obras de mobilidade urbanas, nas regiões metropolitanas. Onde estão investimentos em metrôs? E os investimentos em ferrovias, em hidrovias, rodovias, portor e aeroportos? Trem-bala? Se, nem temos ferrovias decentes para ligar Rio-São Paulo? Os programas anunciados são colchas de retalhos, sem obedecer a nenhum Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social de longo prazo.
Aliado a ineficientes gestão administrativa, sobretudo em nível federal, pipocam 100 números de denúncias de roubalheira em diversos níveis de governo, nas mais diversas matizes políticas, sem que nenhuma providência concreta seja tomada para elucidar os fatos, à despeito da existência de provas colhidas pela Polícia Federal. O que fazem as instituições? Não tomam atitudes, a não ser instados por uma CPMI? As instituições da República estão sendo cerceados pelos governos de plantão? Não quero acreditar que somos uma republiqueta de 5ª categoria. Recuso-me a acreditar.
150 dias já se passaram. Fico feliz em poder estar servindo aos amigos e amigas deste blog. Alguns números: 39.600 páginas visitadas. 221 artigos. 386 comentários. 500 páginas visitadas/dia, como média do último mês. 305 amigos e amigas que me fazem companhia no site/blog.
Só tenho a dizer: Muito obrigado, amigos e amigas!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10
Não sou mídia para produzir matérias, nem tenho interesse e nem condições financeiras para manter equipe de jornalistas e repórteres ao meu serviço. Este espaço é cedido gratuitamente pela empresa Google. Não tenho pretensão e nem interesse em concorrer com os articulistas das mídias tradicionais. Sou apenas cidadão comum, do povo.
Pensei em contratar revisor de texto, mas é uma operação muito complexa, além de tudo o texto sofreria adequação nas frases, que as deixariam mais polidas. Aqui, as frases ditas, são aquelas que uso no cotidiano, tosco, mas sincero. Nem sempre, são adequados ou corretos. Mas são as que vem dentro do meu ser, em maioria dos casos, como que um grito de desabafo. Desabafo de ver tantas mazelas no país que amo, que tem o nome de Brasil, sem que os governantes de plantão tentem resolver de verdade.
A atual e o presidente anterior costumam utilizar-se de artifícios verbais para conquistar ou enganar a população. As famosas frases de efeitos, que pegam bem ao povo, mas que é vazio na essência, sobejamente utilizado pelos marketeiros.
Sem dúvida que importantes conquistas, no campo econômico e social foram foram conquistadas nos últimos 9 anos de governo. No entanto, os investimentos essenciais e necessárias para o desenvolvimento do país, foram simplesmente esquecidos nos porões, da democracia. Onde foram parar os investimentos em educação, saúde pública e segurança pública? Nestes setores que caberia ao Estado intervir, seguro e firmemente, nada fizeram ou pouco fazem.
Ao mesmo tempo que a população tem acesso aos bens de consumo duráveis como geladeira e automóveis, viagens aos EEUU, andar de avião, os governantes de plantão, não conseguem implantar ensino fundamental em tempo integral, saúde pública pelo menos mais digna e evitar que 90 mil brasileiros morram em homicídios e acidentes de trânsito. Tem muita coisa a fazer, antes dos discursos com frases de efeito, um verdadeiro blá, blá, blá.
Obras faraônicas são anunciadas, mas longe de ser concluídas como transposição do rio São Francisco, ferrovia Norte-Sul, obras de mobilidade urbanas, nas regiões metropolitanas. Onde estão investimentos em metrôs? E os investimentos em ferrovias, em hidrovias, rodovias, portor e aeroportos? Trem-bala? Se, nem temos ferrovias decentes para ligar Rio-São Paulo? Os programas anunciados são colchas de retalhos, sem obedecer a nenhum Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social de longo prazo.
Aliado a ineficientes gestão administrativa, sobretudo em nível federal, pipocam 100 números de denúncias de roubalheira em diversos níveis de governo, nas mais diversas matizes políticas, sem que nenhuma providência concreta seja tomada para elucidar os fatos, à despeito da existência de provas colhidas pela Polícia Federal. O que fazem as instituições? Não tomam atitudes, a não ser instados por uma CPMI? As instituições da República estão sendo cerceados pelos governos de plantão? Não quero acreditar que somos uma republiqueta de 5ª categoria. Recuso-me a acreditar.
150 dias já se passaram. Fico feliz em poder estar servindo aos amigos e amigas deste blog. Alguns números: 39.600 páginas visitadas. 221 artigos. 386 comentários. 500 páginas visitadas/dia, como média do último mês. 305 amigos e amigas que me fazem companhia no site/blog.
Só tenho a dizer: Muito obrigado, amigos e amigas!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
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sábado, 14 de julho de 2012
DELTA ABASTECEU CAIXA 2 DO LULA 2006.
Às vésperas das eleições de 2006, a empreiteira Delta Construções sacou, em um movimento considerado atípico pelas autoridades financeiras, R$ 5,1 milhões de uma de suas contas. Os saques ocorreram ao longo do mês de setembro de 2006, e pararam exatamente no último dia útil antes das eleições daquele ano. As retiradas foram feitas por um funcionário, que disse à Folha que "apenas fazia o transporte" do dinheiro. Os pacotes, diz, eram entregues a superiores na Delta. Fonte: Folha.
Membros da CPI do Cachoeira investigam se a Delta abasteceu caixa dois de partidos --o que a empresa nega. A atipicidade dos saques foi constatada pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), do Ministério da Fazenda. Fonte: Folha.
A contravenção chamado dinheiro não contabilizado (sic) para financiamento das campanhas, via Caixa 2, é como jogo de bicho. Ao lado de cada casa lotérica, tem uma porta para jogo de bicho. Isto num país em que o contraventor Carlinhos Cachoeira está preso no Papuda. Ela não é oficial, mas oficiosa. Todo mundo sabe que existe. Todo mundo sabe donde sai o dinheiro. Todo mundo sabe para onde vai o dinheiro. Vai para campanha ou vai parar no bolso dos políticos e dos operadores das campanhas.
Não adianta, hoje, levantar dados de dinheiro não contabilizado (sic) da campanha de 2006. Se processados, os réus serão absolvidos por decadência de prazo. A operação que se refere ao dinheiro sacado na boca do caixa, valor este efetuado na véspera da reeleição do presidente Lula, pela Delta, é resultado de um acerto entre empreiteiros com DNIT para financiar campanha de reeleição do presidente Lula. A operação desencadeada se chamava "Operação Tapa Buraco", obras de emergências feitas "sem licitações". O fato era notório. Até o peão do trecho de obra, sabia, que a tal operação era um verdadeiro "tapa buraco" do caixa 2.
Pergunte para o Pagot, que ele sabe de tudo!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
FUKUOKA DEBAIXO DA CHUVA ! (Japão)
As autoridades japonesas ordenaram a retirada de cerca de 240 mil pessoas de áreas de risco em quatro províncias do sul do país devido às chuvas torrenciais dos últimos dias que já deixaram ao menos 20 mortos e oito desaparecidos, informou neste sábado a agência Kyodo. Segundo a agência meteorológica japonesa, a intensidade das chuvas alcançou níveis "sem precedentes" no sul do país. Fonte: Folha.
Segundo NHK, emissora de TV do Japão, 6h horário de Brasília de hoje, os números apresentados são: 120.000 desabrigados, 20 mortos pela enchente, 2 mortes de coração e 8 desaparecidos. Os números poderão sofrer acréscimos no decorrer do tempo. As chuvas ainda não pararam totalmente. Segundo, ainda, NHK, em 3 últimos dias, choveu em Fukuoka, espantoso 800 milímetros.
A província de Fukuoka faz parte de uma das 4 ilhas principais da península do Japão, situado ao extremo oeste/sul. A notícia da Folha diz sul, mas os japoneses dizem oeste. À rigor é sudoeste do Japão. Na ordem de oeste para leste, as ilhas são: Kyushiu, Shikoku, Hondo e Hakaido. Não confundir com a província de Fukushima, onde ocorreu o tsunami. Fukushima fica na ilha principal (Hondo) e faz frente para o Oceano Pacífico. Curiosamente, ambos províncias tem como ideograma que começa com Fuku = prosperidade.
O que significa 800 milímetros de chuva? Seria grosso modo chuva de 1 ano do semiárido nordestino ou 50% de chuva do ano todo de maioria das regiões do Brasil. Didaticamente, se você colocou caixa d'água "vazia" com 80 cm de altura no jardim e após 3 dias observar que ela está cheia pela chuva, somente com água de chuvas. É coisa de espantoso!
Os japoneses estão acostumados com catástrofes naturais, razão pela qual, existe sistema de alerta, para minorar os danos, isto quando dá. O sistema de defesa civil é competente. Não se vê, população gritando, procurando abrigo, gente passando fome, como aconteceria se houvesse catástrofe semelhante na região de alto risco no Brasil.
Dois motivos me fez escrever esta matéria. O primeiro é de que o Japão foi a terra dos meus pais. O segundo é para que nós brasileiros tirassemos lição da estrutura de defesa civil daquele país. A defesa civil, como o próprio nome indica, mesmo no Japão, cada um cumpre a sua tarefa, as prefeituras locais, as províncias, as comunidades, o ministério da Defesa e NPOs.
Em tempo: NPO (Non Profit Organization) equivalente a ONG (Organização Não Governamental) no Brasil. No Japão leva ao pé da letra a administração das suas NPOs, tal qual o nome, prestação de serviço "Sem Lucro". Agora, as nossas ONGs, visam os lucros para os seus dirigentes, em sua maioria, com conivência explícita do Poder Público.
O povo japonês, especialmente os da ilha de Kyushiu, tem a nossa solidariedade. Em querendo, deixem seus comentários no rodapé deste artigo. Tenho certeza, eles japneses, lerão e ficarão agradecidos.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10
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