Assistindo a um programa de comentários macroeconômicos sobre o crescimento econômico do Brasil, neste terceiro trimestre, independente do número, que resultou em aspecto positivo para o governo do Presidente Lula, neste segundo mandato. Constatei, também, a completa ignorância dos comentaristas econômicos do País. Os leitores deste, não pode caminhar no campo do "achismo", sobretudo quem vive no meio empresarial, por isso, resolvi tomar um minuto do seu tempo para esclarecer eventuais dúvidas.
Alguns dos equívocos recorrentes é sobre a responsabilidade da "política econômica" como sendo do Banco Central do Brasil. A "política econômica", é e será, sempre, dos Ministérios do Planejamento e do Ministério da Fazenda. O Banco Central do Brasil, como é em qualquer país desenvolvido, executa a "política monetária", que diz respeito ao "poder de compra" da moeda do país, no nosso caso, o real ou o R$, como a população conhece como a nossa moeda. O BC executa a "política monetária" através de diversos instrumentos, entre os quais a taxa básica de juros Selic. Desta forma, é incabível a interferência ou a tentativa de interferência pelo Poder Executivo, sobretudo pela Presidência da República.
Cabe ao Poder Executivo a árdua tarefa de estabelecer a "política econômica" que engloba a "política fiscal" do Governo, que o ministro da Fazenda insiste em chamar de "arcabouço fiscal", para enganar a população brasileira, sem nenhum pudor. Em resumo, o Banco Central deve cuidar da "inflação" ou o "poder de compra", no nível aceitável para a população e ao setor produtivo do País.
A "política econômica", ausente no governo do Presidente Lula, é dele, como chefe máximo do Poder Executivo, mas, também, da equipe econômica, composta pela ministra do Planejamento, Simone Tebet e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Faz-nos a falta de figuras como Roberto Campos, de um Mário Henrique Simonsen ou mesmo de uma figura folclórica como o do ministro Delfim Neto. Na falta destas figuras, o Presidente Lula, fica "palpitando" com maior desenvoltura, na área econômica, para infelicidade do povo brasileiro.
Já dizia o então ministro da Fazenda Delfim Neto, do regime militar: "É preciso fazer o bolo crescer para depois dividi-lo". Ao que parece, os sucessivos Governos do Brasil, tem pressa em dividir o bolo antes dele crescer, para deixar os seus nomes na história do País.
Ossami Sakamori
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