Este mês de dezembro, o Governo do Presidente Lula completa dois anos de mandato dentro do período de quatro anos conquistado nas eleições de 2022. Nestes dois anos imprimiu o seu estilo de governo, recheado de "improvisos" e com estrutura do Governo federal "inchada", com os 38 ministérios, que faltam edifícios na esplanada dos ministérios da Capital federal, para auxiliá-lo na administração do setor público federal.
Segundo o portal da transparência, no mês de julho de 2024, havia 1.221.304 servidores federais, que administram a "política fiscal" ou o "arcabouço fiscal" como quer denominar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Um novo nome dado à "política fiscal" nos dá impressão de uma tentativa de "enganar" os políticos e analistas econômicos. Curiosamente, para o meu espanto, está conseguindo enganá-los.
Na matéria precedente, tratamos sobre a "política fiscal". No âmbito da macroeconomia, a "política monetária" que cuida do "valor de compra" da moeda Real é função do Banco Central, sobretudo, através do balizamento dos juros da dívida do Tesouro Nacional, através do instrumento da taxa básica de juros Selic, como fazem as maiores economias do mundo.
No entanto, falta ao Governo do Presidente Lula, o principal instrumento para o desenvolvimento sustentável do País, que é a "política econômica", indispensável em qualquer país do mundo, sobretudo num país do tamanho e importância do Brasil perante o mundo global. A "política econômica" deve mostrar o direcionamento que o Governo quer dar ao desenvolvimento do País, estabelecendo regras e incentivos, sobretudo aos setores tecnológicos e industriais, preparando-os para competição no mercado global, cada vez mais acirrada. Faz-nos a falta de uma figura como a do Roberto Campos, avô do atual presidente do BC, que foi ministro de Planejamento do Governo Castelo Branco, idealizador do BNDES, do FGTS e Banco Central do Brasil.
Falta ao Governo do Presidente Lula, além das medidas sociais que atendem as camadas mais pobres da população, uma "política econômica" para que o Brasil possa sair da posição de mero e simples fornecedora de commodities para os países tecnologicamente mais avançadas do mundo global.
Ossami Sakamori
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