quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Quem corre atrás, engole poeira!

 

O preço do petróleo no mercado mundial continuará num novo patamar de negociação aos níveis de US$ 75 cada barril, do tipo Brent, o petróleo leve como é denominado.  A Arábia Saudita, que detém a maior reserva de petróleo do mundo, com 271 bilhões de barris, parece ter despertado que não se pode viver de petróleo, para sempre.  A Arábia Saudita, que detém o ativo com alta liquidez, praticamente, dinheiro em caixa, possui Reservas Internacionais de US$ 414 bilhões, dados de setembro de 2023, procura novas alternativas.

         Em matéria de reserva de petróleo, os Estados Unidos tem 192 bilhões de barris, seguido pela Rússia com 143 bilhões de barris.  Já as reservas de petróleo do Brasil somam 27 bilhões de barris, do tipo pesado, cuja designação é o WTI.  Ironicamente, o Brasil não possui refinarias para processar o petróleo produzido no País, o do tipo WTI.  A Petrobras faz passeio de petróleo, vendendo o petróleo nosso do pré-sal e compra petróleo do tipo Brent no mercado global, para processar em refinarias instaladas no País. 

          Os estudos disponíveis mostram que a reserva de petróleo dentro e fora da OPEC oscila entre menos de 5 anos para o Reino Unido e mais de 20 anos para o Canadá.  Entre os produtores do Golfo Pérsico, o Irã tem reservas comprovadas para 13 anos.  A maior diferença entre produção de petróleo da Arábia Saudita, maior produtor, dos demais produtores, é o custo de produção ao redor de US$ 2 por barril, enquanto o custo de produção do petróleo do pré-sal brasileiro está ao redor de US$ 49 e o custo de produção do petróleo no Canadá está ao redor de US$ 41 cada barril.   Importante observar o custo de produção do petróleo "pré-sal" da Petrobras.  

       A demanda global por petróleo foi em média 100,8 milhões de barris/dia, durante os quatro meses de 2023, acima da média de 2019, que foi de 99,9 milhões de barris/dia, segundo Agência Internacional de Energia.  Há petróleo para consumo para os próximos 50 anos.  Depois, só Deus sabe, do que o mundo vai produzir energia.  Porém, a economia global sabe que o petróleo é um bem "finito" e a Arábia Saudita sabe muito mais do que os próprios países consumidores.    

          Enquanto o Brasil está ávido em explorar o petróleo "pré-sal" da costa equatorial do Brasil, a qualquer custo, com sérios riscos ambientais, a Arábia Saudita, sabidamente, procura os investimentos em energias alternativas ao do petróleo e também em projetos de preservação do meio ambiente que diminua os riscos ambientais irreversíveis ainda neste século.  

          O Brasil e a Petrobras, como sempre, corre atrás do "prejuízo", tentando alcançar a visão futurista da Arábia Saudita, que já está pensando no mundo global, "pós" energia suja do petróleo.   Tem um ditado popular que serve para os ignóbeis dirigentes do nosso País: Quem corre atrás, engole poeira!

            Ossami Sakamori   


2 comentários:

Anônimo disse...

Verdade verdadeira kkk🤝🤝🤝

Anônimo disse...

Nossos ge