sábado, 14 de outubro de 2017

SOS OBESOS: Acorda Brasil!


Crédito da imagem: Saúde Abril

Colaboração: jornalista Toninha Rodrigues

Obesos pedem socorro: 
Lei dos anorexígenos é desrespeitada e pisoteada, enquanto a obesidade aumenta a cada dia!

Na semana em que se comemora o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, em 11 de outubro, o Brasil continua com índices crescentes de aumento de peso, chegando à marca de 53,6% da população adulta, segundo pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, realizada no decorrer do ano de 2016.

O confinamento dos grandes centros, com tempo escasso para cuidar da qualidade do que come e aliado a diversões sedentárias, como TV, games e computador, mais a grande oferta de alimentos industrializados e os chamados fast food, contribuem grandemente para a adoção de um estilo de vida contrastante com o viver saudável tão recomendado e necessário.

Ouve-se muito falar em atividade física e cuidados dietéticos. A megalópole paulistana, a exemplo de outras capitais, chegou a espalhar ciclofaixas por suas vias, para incentivar que os corpos se movimentem, enquanto estabelecimentos comerciais investem em orgânicos, desnatados, saladas, práticas anti-gordura e anti-açúcar e grande variedade de frutas como alternativa a itens calóricos; por sua vez, as discussões midiáticas passaram a incluir com freqüência o link “hábitos saudáveis” em suas pautas...

A Organização Mundial da Saúde (OMS) sinaliza o montante de 700 milhões de obesos para 2025, enquanto no Brasil o Ministério da Saúde aponta um crescimento de 26,3% da população obesa nos últimos dez anos, indicando que metade da população brasileira está acima do peso e que o número de obesos atinge a marca assustadora de 60% do total de adultos.

Considerada doença crônica pela própria OMS (CID 10), a obesidade traz conseqüências drásticas para o paciente, cuja condição ainda é vista com preconceito e ignorância no que diz respeito às causas e às formas de tratamento, especialmente o emprego de medicamentos para o controle desse mal.

Não bastam campanhas para que se coma menos e se movimente mais. Comer menos e se movimentar mais nem sempre dependem da escolha do obeso, assim como também não garantem que o organismo vá reagir da maneira como se espera. A obesidade, como já falamos neste blog por diversas vezes, é causada por fatores variados e a reação aos tratamentos disponíveis depende de cada organismo. Disfunções glandulares e hormonais, síndromes metabólicas e emocionais, sequelas de tratamentos de outras patologias, como as que exigem o emprego de corticóides, por exemplo, figuram entre os causadores mais conhecidos.

O que obesos e médicos vêm fazendo há seis anos é não só tentar garantir o direito a tratamento medicamentoso seguro e eficaz, mas também que essa alternativa seja respeitada nos âmbitos clínico e legal.

Estamos falando dos inibidores anfepramona, fenproporex e mazindol, cuja volta ao mercado nacional tornou-se possível desde 26 de junho deste ano, por força da aprovação do PL 2431/11, transformado na Lei 13.454/17.

A referida lei autoriza a produção, comércio e consumo dessas substâncias, depois da polêmica proibição feita pela Anvisa, em 2011, mesmo sob a argumentação e demonstração de eficácia e segurança por especialistas, além do uso dos medicamentos por mais de 50 anos sem relatos de perigo ou de óbitos.

Até o momento, não há cura para essa doença, apenas controle, que culmina com a diminuição do peso (IMC – Índice de Massa Corporal) e a manutenção do resultado pretendido. Esse controle envolve, entre outras medidas, justamente o emprego de terapia medicamentosa, a partir da qual o paciente conseguirá, com o avanço dos resultados, aderir a outras terapias, como atividades físicas, além de dieta adequada a cada situação.

A lei está em vigor, sal para manipular anfepramona disponível (femproporex chegará em breve, segundo informações de produtores e importadores), mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deveria, enquanto órgão governamental, ao menos garantir que a lei seja cumprida, passou a amedrontar farmacêuticos e até médicos, impondo uma resolução de 2014 (RDC 50), contrariando a lei e a própria hierarquia jurídica; por outro lado, um entidade chamada Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde (CNTS), inventou protocolar, junto ao STF, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn), pleiteando a impugnação da Lei sancionada em junho/2017.

Enquanto desrespeitam a lei ou tentam impugná-la, vendedores de medicamentos adquiridos ilegalmente ou “fabricados” em condições totalmente fora da lei e dos padrões de qualidade e controle, no chamado “mercado negro”, agem impunemente.

Esses sim colocam a vida de milhares de pessoas em grande risco, além de cobrarem preços exorbitantes. Em paralelo, esses milhões de pessoas vítimas da obesidade correm riscos também com medicamentos caríssimos e sem formulação voltada para tratar a doença (como Victoza, para diabetes, e Venvanse, indicado para TDAH) e a moda da cirurgia bariátrica, absolutamente dispensável se houver terapia farmacológica adequada e segura. Um detalhe é que mais de 70% dos pós-bariátricos voltam a ganhar peso em
cerca de quatro anos. 

Por fim, o governo federal é obrigado a investir cada vez mais com o aumento dos níveis de obesidade, que      trazem consigo aumento simultâneo de casos de diabetes, hipertensão, artroses, depressão, asma/bronquite, câncer, infertilidade e riscos de enfarto e AVC.

Relatório divulgado pela World Obesity Federation, organização sediada em Londres, para acompanhamento e pesquisa sobre a doença, aponta custos mundiais para o tratamento dessas sequelas em torno de US$ 1,2 trilhão anuais a partir de 2025. No Brasil, as cifras do relatório sugerem o aumento de US$ 16,7 bilhões em 2014 para  US$ 34 bilhões em 2025.


Os obesos pedem socorro e respeito!! Acorda governo brasileiro!

Toninha Rodrigues
Jornalista, professora e integrante do movimento pela saúde dos obesos.

29 comentários:

ATHOS FERNANDES disse...

Excelente texto. Agora é fazer valer a Lei. Parabéns Toninha e ao Blog. ♧

Anônimo disse...

Texto perfeito!

Rose Lopes disse...

Parabéns grande guerreira, você é o nosso ícone pela nossa luta. Excelente matéria. Acorda Brasil vamos lutar pelos nossos direitos.

Tataleoa disse...

É preciso que o governo caia na real e, em vez de ficar tentando atrapalhar o cumprimento da lei, abra os olhos para a situação emergencial da obesidade no mundo e especialmente no Brasil! Chega de frescura e mentiras a respeito dos anorexígenos. Encaremos a realidade, tanto do aumento de obesos quanto dos perigos de cirurgias sem necessidade e da fantasia de emprego apenas de dietas e caminhadas! O negócio é mais embaixo ANVISA!!!

daniel camilo disse...

No Brasil, o governo não respeita ninguém. Quem está acima do peso não tem culpa de ser doente. Os altos impostos que pagamos nos dá o direito de sermos tratados com carinho e respeito. Se não quer nos doar o remédio, ao menos tenha a dignidade de permitir que compremos com nosso dinheiro. Um beijo grande às obesas.

Anônimo disse...

A maior parte da estratégia para refazer a América desde dentro começou com o italiano Antonio Gramsci, que escreveu mais de 2.000 páginas na década de 30 explicando como derrubar a cultura judaico-cristã desde dentro. O plano que ele sugeriu é o foco principal da esquerda desde então


“Nós vamos destruir o Ocidente, destruindo sua cultura. Vamos nos infiltrar e transformar a sua música, sua arte e sua literatura contra eles próprios.”

Fonte:http://paulocesarlimadasilva.blogspot.com.br/2015/10/estrategia-comunista-da-escola-de.html

ENTENDERAM AS ÚLTIMAS EXPOSIÇÕES DE "ARTE" NO BRASIL?

Tataleoa disse...

O que está sendo discutido aqui é o direito dos obesos de usar medicamentos prescritos com receita específica e garantidos por lei. Embora a sua intenção possa ter sido boa, está totalmente fora de contexto.

Unknown disse...

Até quando mais obesos vão morrer ou continuar doente por falta de medicamentos, Anvisa todos sabem é corrupta proíbem remédios bons e baratos e só deixa remédios caros e o mais engraçado com a mesma substância do outro que foi proibido isso é um absurdo um desrespeito com a população chega basta cumpram com a lei 13454

Unknown disse...

Excelente texto cumpra-se a lei! A Anvisa fica fazendo mimimi enquanto pessoas estão morrendo em virtude da falta desses medicamentos no mercado!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Excelente texto.
A Lei deve ser cumprida.

Arno Edgar Kaplan disse...

O link mencionado nâo abre.

Anônimo disse...

Minha Querida,
Daqui a pouco falarão que é arte sacanear obesos. Daí nóis Ó... A coisa é bem maior que o tamanho da minha barriga. Sabe-se lá se já seja parte da cultura não fornecer remédios, ou até quem sabe, educar a alimentar incorretamente?
Beijos te amo gatona

Unknown disse...

Vivemos em ambiente obesogênico, propício ao extremo para que a genética da obesidade se manifeste de forma exponencial.Uma das únicas armas eficazes que nós médicos temos para poder tratar dos pacientes obesos, que são os inibidores de apetite , está sendo usurpada e proibida pela ANVISA , apesar de lei federal que autoriza a prescrição. Essa atitude vai na contramão do mundo, e a saúde pública do nosso país, atravessando crise financeira, é imensamente onerada pelas complicações da obesidade, tais como hipertensão arterial, AVC, doenças ortopédicas de coluna e articulações, diabetes, doenças de pele ,câncer e inúmeras outras , para ser econômico nestas citações. Não estão pensando na saúde do povo e nem na gestão da saúde pública . Qual a motivação disso, que como médico não consigo ver?

JOÃO ALBERTO MATTOS disse...

Vivemos em ambiente obesogênico, propício ao extremo para que a genética da obesidade se manifeste de forma exponencial.Uma das únicas armas eficazes que nós médicos temos para poder tratar dos pacientes obesos, que são os inibidores de apetite , está sendo usurpada e proibida pela ANVISA , apesar de lei federal que autoriza a prescrição. Essa atitude vai na contramão do mundo, e a saúde pública do nosso país, atravessando crise financeira, é imensamente onerada pelas complicações da obesidade, tais como hipertensão arterial, AVC, doenças ortopédicas de coluna e articulações, diabetes, doenças de pele ,câncer e inúmeras outras , para ser econômico nestas citações. Não estão pensando na saúde do povo e nem na gestão da saúde pública . Qual a motivação disso, que como médico não consigo ver?

Tataleoa disse...

Sacanagem dizer que ama anonimamente... kkkkk... vai com fé amigo ou amiga...

Tataleoa disse...

Qual link?

Unknown disse...

Muito bom o texto, aguardamos que seja cumprida o que a lei prevê! Vamos continuar lutando!

Unknown disse...

JO Knust, Muito bom o texto, aguardamos que seja cumprida o que a lei prevê! Vamos continuar lutando!

εïз Butterfly εïз disse...

Excelente texto..agora é fazer valer a lei..

Anônimo disse...

A lei q beneficia os obesos com um tratamento eficaz tem q ser cumprida. Isso é um dever das autoridades pois expor os obesosnovamente a carência de tratamento deve isso sim ser considerado um crime contra a saúde pública!!!!

Anônimo disse...

Exigimos que a Lei 13.454 seja respeitada pela Anvisa e pelo governo. Pessoas estão morrendo em cirugias bariatricas. Estudos e mais de 50 anos de uso desses medicamentos já comprovaram sua eficácia mas a Anvisa se recusa a aceitar. Pq será? LAVA-JATO NA ANVISA URGENTE!

Unknown disse...

Q vergonha Anvisa,tantos medicamentos por aí que não fazem efeito nenhum,não ajuda em nada os obesos e vcs liberam e com isso só dinheiro que gastamos a toa,agora este medicamento Femproporex que tem comprovações q realmente funciona,vcs não querem liberar porque será?Devemos confiar na testes da Anvisa?O gasto com o pessoal doente por conta da obesidade não será maior pro Estado,o que realmente está por trás dessa proibição,o vcs ganham proibindo um medicamento tem resultado é liberando outros q não trazem resultado algum.
#liberaanvisa

Unknown disse...

os médicos já deixaram bem claro que os remédios não deveriam ser proibidos, pois são ótimos coadjuvantes na luta contra obesidade (e ainda não existe substituto). Será que eles ainda não entenderam isso? Piada!

Proibiram os remédios que ajudam as pessoas a melhorarem a saúde, não somente física mas psicologica também...E então porque a tão "CRITERIOSA ANVISA" não proíbe a venda de CIGARROS, que está mais que comprovado que é uma das principais causas de câncer ???..além disso o cigarro possui uma substância , que é altamente danosa para a saúde, responsável até por infertilidade e acreditem leva em média 30 anos para ser eliminada do organismo! Agora, só fuma quem quer sabem os riscos que estão correndo...e porque então proibem substâncias que são indicadas por médicos? ou alguém já viu médico indicar cigarro?? MUITO ESTRANHO MESMO!!
Nós só queremos verdadeiramente assegurar a volta nossos inibidores de Apetite: ANFEPRAMONA, FEMPROPOREX E MAZINDOL

Precisamos dele para ter saúde e vida!

Neusa Regina M. Barradel disse...

Até quando as pessoas que sofrem com essa doença, a obesidade, terão que se conformar com a situação? Enquanto isso, estão desenvolvendo hipertensão, diabetes, infartos e muitos outros malefícios à saúde.
De nada adianta vir com aquela conversa de dietas e atividades físicas. A pessoa que realmente tem obesidade, é tão pesada que mal consegue andar e a fome que ela tem, se não for através de medicamentos para conte-la,ela fica maior, tornando-se um círculo vicioso. A Anvisa já devia ter pensado muito nisso, não ter causado impecilhos para a volta dos inibidores de apetite. Por que agora essa Adin? Meu Deus, só um cego não enxerga que a Anvisa liberou remédios que como efeito colaterais, podem fazer a pessoa emagrecer. São medicamentos para outros doenças! E por favor, se tiverem um tempinho, pesquisem o preço de tais remédios que a Anvisa aprova. Parem com essa Ação de Inconstitucionalidade contra a lei que libera os inibidores de apetite. Quantas pessoas vocês ainda querem ver morrer ao fazerem cirurgias bariátricas,ao tomarem remédios que não são fabricados com o propósito de inibir o apetite das pessoas obesas? Não vêm o quanto o governo gasta com essa epidemia? Não existem faltas de relatos que comprovem a eficácia desses medicamentos. Eles foram usados por mais de 50 anos e não soubemos de nenhum óbito causado por eles. Agora, na minha família, embora eu não seja obesa, já presenciei infelizmente duas mortes. Uma delas de uma prima muito querida que havia dado a luz a um casal de gêmeos, que ficaram órfãos de mãe. Ela tinha apenas 33 anos, as crianças já estavam com 4 meses e ela estava fazendo todos os exames para depois passar por uma bariátrica. Não deu tempo! Mas vocês podem salvar milhões de pessoas.Pensem nisso!

Unknown disse...

Proibição dos inibidores há 5 anos = 60 kilos a mais + pressão alta + diabetis + gordura no fígado + limitações + depressão......e agora JOSÉ ???? Estamos lutando , estamos pedindo socorro ! Façam auguma coisa pelos obesos.Nos libertem, deixem que nos tratemos com remédios eficientes que trazem resultados.Não estamos pedindo verbas, só direito ao tratamento.Obesidade é uma doença
e precisa ser tratada.

Anônimo disse...

nós só estamos pedindo que se cumpra a lei, que o obeso tenha direito a se tratar com os medicamentos, no caso os inibidores

Unknown disse...

Os obesos pedem socorro.

Unknown disse...

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Dr. Michelle Nath