Crédito da imagem: Reuters
A revista Veja comenta a pretensão do ministro Henrique Meirelles de se candidatar ao cargo de presidente da República em 2018. Diz a Veja que o "mercado" também aprova a pretensão do ministro da Fazenda. Coloco em questão se ele terá o "voto" para alcançar a sua pretensão. Ontem mesmo este blog fez matéria como que ele fosse "farinha do mesmo saco" junto com o Lula, Dilma e Temer. Isto mostra que estou na "contra mão" da pretensão do ministro da Fazenda.
Pretender ser presidente da República pode ser de qualquer cidadão brasileiro desde que seja maior de 35 anos e tenha filiação partidária até o dia 6 de abril do próximo ano. Está no direito de Meirelles "pretender" ser. Meirelles oficializou até o casamento para preencher "condição subjetiva" para pretender a condição de ser um presidente da República.
Henrique Meirelles, 72, é engenheiro civil, iniciou a carreira em 1974 no BanK Boston nos Estados Unidos onde trabalhou por 28 anos. Ele foi presidente do FeetBoston Financial após a fusão de duas instituições financeiras até se aposentar em 2002. Lula eleito em 2002, foi buscar Henrique Meirelles para presidir o Banco Central do Brasil para acalmar o "mercado". À aquela altura, Meirelles estava eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás. Desfilou-se do PSDB para tornar-se presidente do Banco Central do Brasil.
A trajetória do Henrique Meirelles esteve ligado, sempre, ao "mercado financeiro internacional". Como presidente do Banco Central, uma das primeiras medidas foi o pagamento de empréstimo do FMI no montante quase ridículo de US$ 18 bilhões enquanto herança do Brasil do PT deve cerca de cerca de US$ 470 bilhões de dívida líquida ou US$ 1,45 trilhão de dívida bruta. Meirelles e Lula utilizaram isto por muito tempo como "mote" da administração petista: "Lula pagou o FMI". O Brasil caminha celeremente à condição de Grécia, se não tomar medidas urgentes na questão de administração da dívida pública.
Meirelles foi o responsável pelo empréstimo do Tesouro Nacional para o BNDES, aprovado pelo Senado Federal, no montante original de R$ 359 bilhões, denominado de PSI - Programa Sustentável de Investimentos. Acontece que o dinheiro para o PSI foi empresado aos empresários "amigos do Planalto" à taxa média de 3,5% fixos, enquanto o Tesouro pagava taxa Selic acima de 10% ao ano. Meirelles foi o idealizador e executor do "Bolsa empresário" do governo Lula.
Após deixar a presidência do Banco Central, Meirelles foi ser um dos principais executivo do J&F, dos conterrâneos Joesley e Wesley Batista. Se antes o Meirelles, no governo Lula estava na ponta de "doador" dos empréstimos via BNDES, com sua saída do governo Lula foi ser o "tomador" de empréstimo junto ao BNDES. Não tem como o Henrique Meirelles querer dissociar o seu nome da "herança maldita", pois ele próprio foi artífice da política econômica que terminou na desgraça para o País. Não tem como Meirelles dissociar seu nome dos irmãos Batista, também.
Henrique Meirelles como ministro da Fazenda do governo Temer, tenta impor o "teto dos gastos", mas não consegue. O País continua com os "rombos fiscais" que leva o nome de "déficit primário" na altura de R$ 159 bilhões, equivalente a cerca de 2,5% do PIB, quando deveria estar com o "superávit primário" no mesmo montante, conforme o desejo do mercado financeiro internacional e do FMI.
Na próxima quarta-feira deve definir a taxa Selic para próximos 45 dias. O mercado espera Selic entre 7,25% a 7,5%. Ainda assim, o Brasil continua pagando a maior taxa de juros reais dentre 40 maiores economias do mundo, deixando atrás apenas a Rússia e Turquia.
Henrique Meirelles no posto de presidente da República é como vender o galinheiro para o lobo, pois cuidando dele já está na condição de ministro da Fazenda.
Meirelles quer ser presidente da República!
Ossami Sakamori
2 comentários:
Seu Saka,
Essa foto foi tirada num momento de flatulência?
Não se pode nem peidar em paz?
Postar um comentário