Crédito da imagem: Folha
A inflação de setembro surpreendeu os analistas, segundo a Folha, os economistas esperavam a metade do que foi divulgado, 0,16% em setembro. A pequena mudança da projeção fez com que os analistas elevassem a projeção da inflação para o ano em 3%. Ainda assim o IPCA, inflação oficial, teve alta de 2,54% acumulado nos 9 primeiros meses do ano. O temor dos economistas está no fato mostra desconfiança na "matriz econômica" do governo Temer. A inflação poderá voltar junto com o crescimento econômico.
No meu outro blog, chamei atenção para o real motivo da queda da inflação: Inflação baixa, vitória do Pirro! . A queda da inflação no Brasil deve-se mais à falta de demanda ocasionada por alto número de desempregados e desalentados do que pelo acerto da política econômica do governo Temer. Outro fator que inibe a inflação é baixa expansão do consumo motivado pelo número alto de inadimplentes que chegam a 60 milhões de adultos. Os números equivalem à população da maior parte dos países do mundo.
Eu disse naquela matéria que, à medida que o contingente de desempregados e desalentados diminuem com o crescimento do País, mesmo que tímido, a inflação poderá voltar. O motivo para volta da inflação num quadro de pleno emprego é a fragilidade da matriz econômica do Henrique Meirelles, ministro da Fazenda.
A matriz econômica do Meirelles prevê "déficit primário" ou "rombo fiscal" tanto quando necessário para cobrir as despesas do governo, limitado o teto aos de 2017. A fórmula "ortodoxa" da matriz econômica em vigor impõe que o Tesouro pague os juros reais Selic, a mais alta do mundo, deixando para trás apenas a Rússia e Turquia, dentre 40 maiores economia do mundo. Os fundamentos de uma "nova matriz econômica" está no Brasil liberal já! para quem tem interesse em saber.
Com a matriz econômica equivocada, ao menor sinal de alta de consumo, provocado pela eventual criação de novos empregos e subempregos, a inflação voltará.
Ossami Sakamori
2 comentários:
Claro, com a capacidade instalada superior à demanda causa baixa dos preços. Será necessário, em tempo, aumento do investimento para produção de bens e serviços para assegurar o equilíbrio com a demanda. Inflação, nada mais é que a diferença entre a quantidade de produtos e a quantidade de moeda! Claro que a diretriz econômica, do momento, tem que se ajustar eventualmente às tendências futuras...
Acho prematuro dizer que a inflação voltará pois como disse o Oledir acima a capacidade instalada está muito acima da demanda
Quando o consumo voltar será fácil atender as necessidades.
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