Fernando Cavendish foi preso pela Polícia Federal quando do desembarque no Aeroporto de Rio de Janeiro. Ele é a cabeça de um grande esquema de ladroagem do dinheiro público efetuado por sua empreiteira, a Delta Construções S/A. O montante da ladroagem, segundo Polícia Federal ascende a R$ 370 milhões.
No mesmo processo de ladroagem e lavagem de dinheiro, foi preso o bicheiro Carlinhos Cachoeira, condenado por um processo anterior em 39 anos de cadeia. Foram presos, também, os doleiros Adir Assad e Marcelo Abbud, segundo grande imprensa, sob acusação de lavagem de dinheiro do esquema de ladroagem e corrupção do empresário Fernando Cavendish, dono da Delta.
No entanto, no dia de ontem, o desembargador Antonio Ivan Athié do TRF/2ª Região, deu ordem de soltura, dos presos pelo juiz do primeiro grau, para aguardar o prosseguimento das investigações, em domicílio, utilizando as tornozeleiras eletrônicas. Privilégio que é negado para prisioneiros comuns. Os investigados são prisioneiros "vips".
Sem saber julgar o mérito da decisão do desembargador do TRF/2ª Região, por não ser operador de leis, constato, depois da soltura do outro acusado de ladroagem, o ex-ministro Paulo Bernardes, que a aplicações das leis (as mesmas) é diferente na latitude sul, a República de Curitiba.
A outra surpresa para os reles cidadãos é de que o Carlinhos Cachoeira, preso pela Operação que envolve o empresário Fernando Cavendish da Delta Construções, já estava condenado por crime antecedente em 39 anos, mas estava fora da prisão, morando no confortável residência num condomínio em Goiânia, capital de Goiás.
A pergunta que se faz é porque o Carlinhos Cachoeira estava solto.
Daqui a pouco, os réus do juiz Sérgio Moro, que cumprem prisão na Colônia Penal de Piraquara na Região Metropolitana de Curitiba, possam pedir isonomia de tratamento, se é que permite as leis vigentes.
Definitivamente, existem dois mundos, a República de Curitiba e a República do Brasil.
Ossami Sakamori
@Brasillivre
5 comentários:
E querem que a gente acredite que o Brasil é um país sério mas as evidências mostram uma republiqueta de última categoria, verdadeiro paraíso da pilantragem institucionaliza.
Desde seu descobrimento impera a malandragem, a mentira, engano.
SUGESTÃO PARA UM PLEBISCITO: Vc prefere ser milionário com tornozeleira eletrônica ou pobre honesto sem tornozeleira?
“República de Curitiba” reage à soltura do marido de Gleisi Hoffmann lançando a “Operação Lava Toga”
A decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de soltar o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva está provocando reações em todo o País. A reação mais articulada vem da capital paranaense, sede da Operação Lava-Jato e da “República de Curitiba”, temida por Lula. A medida de Toffoli provoca o receio de que se possa fragilizar a Lava-Jato e todo o processo de combate à corrupção em curso no Brasil.
O lançamento de mais um livro sobre o juiz Sérgio Moro, na quarta-feira (29), no Shopping Pátio Batel, transformou-se em palco para manifestações de inconformismo com a decisão de Toffoli. O ex-ministro de Lula (Planejamento) e de Dilma (Comunicações), já investigado em outros inquéritos da Lava-Jato, é acusado na Operação Custo Brasil de um crime repulsivo: participar de um esquema para lesar aposentados endividados.
Uma das manifestações contra a decisão de Toffoli foi comandada por Rafaela Pilagallo, militante e musa do movimento anticorrupção e de apoio à Lava-Jato, “Mais Brasil Eu Acredito”. As mulheres do “Mais Brasil” aproveitaram o evento (que teve a presença do juiz Sérgio Moro) para lançar a “Operação Lava Toga”, uma paráfrase a Lava-Jato, que pretende questionar, com manifestações públicas, decisões de setores do Judiciário sistematicamente favoráveis ao PT.
Durante o evento, Rafaela Pilagallo questionou o delegado Algacir Mikalovski, presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Federal, sobre se a decisão de Toffoli enfraqueceria a Lava-Jato, abrindo um perigoso precedente. Mikalovski disse que a comunidade jurídica e as instituições que trabalham na operação esperam que a lei continue sendo cumprida, igualmente para todos.
Mikalovski destacou que as decisões tomadas pela Justiça Federal do Paraná foram muito bem fundamentadas e que os recursos em cortes supremas não prosperaram. Afirmou, no entanto, que é muito preocupante quando tribunais superiores acabam flexibilizando a Lei Penal, especialmente com relação a recursos. A expectativa é que a Lava-Jato não tenha prejuízos em função dessas decisões.
A decisão de Toffoli de soltar Paulo Bernardo, que agora, em liberdade, poderia eliminar indícios ou eventuais provas de sua participação no esquema que lesou milhões de aposentados, foi saudado com uma gargalhada por Gleisi Hoffmann, na Comissão de Impeachment no Senado. Provocando revolta geral. A decisão de Toffoli também foi interpretada como possível início de uma contraofensiva contra o saneamento ético promovido pela Lava-Jato.
A mulheres do “Mais Brasil”, que encabeçam a “Operação Lava Toga”, já estiveram na linha de frente do impeachment, em ações importantes que colocaram o PT em diversas saias justas, mandaram um recado ao Supremo: “STF: Aplique a lei como deve ser”. A manifestação aconteceu durante o lançamento do livro: “Sérgio Moro – A história do homem por trás da operação que mudou o Brasil”, da jornalista Joice Hassellmann.
Fonte:http://ucho.info/republica-de-curitiba-reage-a-soltura-do-marido-de-gleisi-hoffmann-lancando-a-operacao-lava-toga
Brincam com fogo! Reajustam salários só do judiciário. Criam uma enorme população de desempregados. Tomam medidas que são um cuspe na cara da sociedade que trabalha para pagar impostos que não se revertem em saúde, educação e segurança. Sei não...
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