segunda-feira, 20 de novembro de 2023

O motivo do atraso do Brasil


No comentário de ontem, dia 19, domingo, mostrei em quanto o Brasil está defasado no crescimento econômico em relação ao mundo global, em especial aos Estados Unidos.  Ontem, também, assistimos o resultado das eleições presidenciais do país vizinho, a Argentina, onde o candidato liberal, da direita, venceu as eleições, com proposta de tirar o país da pior crise econômica/financeira dos últimos 50 anos.   O maior país da América Latina, o Brasil, continua "patinando" com crescimento econômico pífio, há pelo menos três décadas, incompatível com a sua potencialidade.

            Segundo as estatísticas, o Brasil teve uma média de crescimento do PIB de 2,2% ao ano, média muito baixa considerando o País como país "em desenvolvimento".  Segundo projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional) o PIB do Brasil pode chegar a um valor corrente, 2023, a US$ 2,081 trilhões, com ligeiro acréscimo em relação ao ano de 2022, que fechou em US$ 1,924 trilhão. 

           No mesmo período, os Estados Unidos teve o crescimento do PIB de US$ 7,287 trilhões em 1994, que fechou o ano de 2022, com US$ 24,7 trilhões, maior do que o PIB chinês, a segunda maior economia do mundo, com US$ 18 trilhões no mesmo período.   Fazendo a comparação entre os Estados Unidos e o Brasil, o Produto Interno Bruto do País corresponde a aproximadamente 7,8% do PIB americano ou 11,7% do PIB chinês.

            No setor industrial, os Estados Unidos são os mais avançados do mundo, qualitativa e quantitativamente,  seguido de chineses.  A terceira economia do mundo, o Japão, responde com PIB aproximado de US$ 4 trilhões, aproximadamente o dobro do PIB brasileiro.   O Brasil com território de dimensões continentais, cerca de 8,5 milhões de Km2 e 203 milhões de habitantes, deveria estar ocupando a 3ª ou a 4ª economia do mundo, no entanto, estamos ocupando a 7ª posição da economia global.  

              Nos sucessivos governos, seja de direita ou de esquerda, dos últimos 20 anos, há um ponto em comum, a "ausência" da "política econômica", que deveria visar o crescimento econômico, baseado em produtos industrializados, de alto valor agregado.   O Brasil continua dependente de exportação de minério de ferro e de produtos agropecuários, tão igual como no século passado, de pouco valor agregado.   

       Pela ausência de uma "política econômica" que atenda não só o setor primário, mas sobretudo ao setor industrial, o Brasil não consegue subir no "ranking" de maiores economias do mundo.   Brasil virou vendedor de "oxigênio" ao mundo, com preservação dos ricos biomas de floresta, cerrado e pantanal, que preenche apenas as "vaidades" dos dirigentes da Nação.      

           Faz-se necessário, o atual e os sucessivos governos se preocuparem, não só na "política fiscal" ou "arcabouço fiscal", mas se preocupar com o  Brasil a longo prazo com uma "política econômica" robusta, que atraia investimentos produtivos nacionais e internacionais.   Em pouco tempo, o Brasil estaria com a sua população produtiva, em atividades nas fábricas, trazendo riquezas e conhecimentos à população.   A verdade é que os nossos políticos estão mais interessados nos seus "chiqueiros eleitoreiros" do que no crescimento econômico do País.

          Ossami Sakamori             

2 comentários:

Anônimo disse...

Como sempre cirúrgico em vossas análises macroeconômicas, verdadeira aula caminho p progresso.parabens!

Anônimo disse...

Parabéns meu amigo Sakamori, matou a pau ! Será que um dia o Brasil será um País como pensamos ? Chego a duvidar pois nosso povo é regra geral muito sem perspectivas !Acho que não veremos este País que desejamos . Grande abraço 🤝🤝🤝