No comentário de ontem, dia 19, domingo, mostrei em quanto o Brasil está defasado no crescimento econômico em relação ao mundo global, em especial aos Estados Unidos. Ontem, também, assistimos o resultado das eleições presidenciais do país vizinho, a Argentina, onde o candidato liberal, da direita, venceu as eleições, com proposta de tirar o país da pior crise econômica/financeira dos últimos 50 anos. O maior país da América Latina, o Brasil, continua "patinando" com crescimento econômico pífio, há pelo menos três décadas, incompatível com a sua potencialidade.
Segundo as estatísticas, o Brasil teve uma média de crescimento do PIB de 2,2% ao ano, média muito baixa considerando o País como país "em desenvolvimento". Segundo projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional) o PIB do Brasil pode chegar a um valor corrente, 2023, a US$ 2,081 trilhões, com ligeiro acréscimo em relação ao ano de 2022, que fechou em US$ 1,924 trilhão.
No mesmo período, os Estados Unidos teve o crescimento do PIB de US$ 7,287 trilhões em 1994, que fechou o ano de 2022, com US$ 24,7 trilhões, maior do que o PIB chinês, a segunda maior economia do mundo, com US$ 18 trilhões no mesmo período. Fazendo a comparação entre os Estados Unidos e o Brasil, o Produto Interno Bruto do País corresponde a aproximadamente 7,8% do PIB americano ou 11,7% do PIB chinês.
No setor industrial, os Estados Unidos são os mais avançados do mundo, qualitativa e quantitativamente, seguido de chineses. A terceira economia do mundo, o Japão, responde com PIB aproximado de US$ 4 trilhões, aproximadamente o dobro do PIB brasileiro. O Brasil com território de dimensões continentais, cerca de 8,5 milhões de Km2 e 203 milhões de habitantes, deveria estar ocupando a 3ª ou a 4ª economia do mundo, no entanto, estamos ocupando a 7ª posição da economia global.
Nos sucessivos governos, seja de direita ou de esquerda, dos últimos 20 anos, há um ponto em comum, a "ausência" da "política econômica", que deveria visar o crescimento econômico, baseado em produtos industrializados, de alto valor agregado. O Brasil continua dependente de exportação de minério de ferro e de produtos agropecuários, tão igual como no século passado, de pouco valor agregado.
Pela ausência de uma "política econômica" que atenda não só o setor primário, mas sobretudo ao setor industrial, o Brasil não consegue subir no "ranking" de maiores economias do mundo. Brasil virou vendedor de "oxigênio" ao mundo, com preservação dos ricos biomas de floresta, cerrado e pantanal, que preenche apenas as "vaidades" dos dirigentes da Nação.
Faz-se necessário, o atual e os sucessivos governos se preocuparem, não só na "política fiscal" ou "arcabouço fiscal", mas se preocupar com o Brasil a longo prazo com uma "política econômica" robusta, que atraia investimentos produtivos nacionais e internacionais. Em pouco tempo, o Brasil estaria com a sua população produtiva, em atividades nas fábricas, trazendo riquezas e conhecimentos à população. A verdade é que os nossos políticos estão mais interessados nos seus "chiqueiros eleitoreiros" do que no crescimento econômico do País.
Ossami Sakamori
2 comentários:
Como sempre cirúrgico em vossas análises macroeconômicas, verdadeira aula caminho p progresso.parabens!
Parabéns meu amigo Sakamori, matou a pau ! Será que um dia o Brasil será um País como pensamos ? Chego a duvidar pois nosso povo é regra geral muito sem perspectivas !Acho que não veremos este País que desejamos . Grande abraço 🤝🤝🤝
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