domingo, 19 de novembro de 2023

Brasil é país da periferia do mundo

 

Na revista Veja, de hoje, traz um artigo do ministro da Fazenda do governo José Sarney, o economista Maílson da Nóbrega, que sucedeu a ministra do Planejamento/Fazenda do Governo Collor, a Zélia Cardoso de Melo.  Ele que foi funcionário do Banco do Brasil, tem larga experiência no mercado de capitais e entende bem da economia mundial, apesar dele não ter tido sucesso, apesar das teorias econômicas que domina, sobejamente.

             Maílson lembra que em 1820, no período que a "Revolução Industrial" se espalhava pela  Europa e espalhou pelos Estados Unidos, a "renda per capita" americana era US$ 1.257, sendo o dobro da brasileira, de US$ 674.  Para a nossa tristeza, em 2022, a renda per capita americana subiu para US$ 62.866 enquanto a renda por pessoa no Brasil subiu para US$ 8.831 ou seja 7 vezes menor que a americana.  Completa o economista, ex-ministro da Fazenda do Brasil, enquanto os Estados Unidos viraram a maior potência econômica do mundo, detendo cerca de 25% de tudo que o mundo produz, nós brasileiros, estamos presos à mediocridade.  

            Digo, eu, que o Brasil perdeu o bonde da história global.  O nosso País perdeu oportunidade de ouro, com riquezas naturais em abundância e clima temperada propício para desenvolvimento econômico, não só no setor agropecuário.  O País "parou no tempo" nesse período, onde os países do mundo global procuravam ocupar os espaços de desenvolvimento na ciência, tecnologia e comércio exterior.   Hoje, o Brasil não se destaca em nada.  Não temos sequer um "Prêmio Nobel", de qualquer segmento.  Não temos parque industrial para exportação de produtos com alto valor agregado.   O País continua como no século passado, exportador de produtos primários, como agropecuários e minérios em forma bruta.

          Entra governo, sai governo, a prioridade continua sendo a mesma, o "mando" na política, com prioridade do uso de máquinas públicas, pagos pelos contribuintes.   Os discursos, dos políticos, se assemelham, de "esquerda" à "direita", com o único objetivo de domínio dos seus "currais eleitoreiros".   Enquanto, nos Estados Unidos, tanto a esquerda ou a direita, as propostas dos candidatos é geração de empregos no setor produtivo, no Brasil, a prioridade dos presidentes da Repúblicas que se sucedem, é o domínio da máquina pública.   No Brasil, o setor produtivo, de indústria, comércio ou serviços, são relegados ao segundo plano, nem ao menos tem o "norte" de uma "política econômica" do Governo federal.       Você saberia afirmar quais são as "políticas econômicas" do País, do atual e dos governos anteriores?  Não, não vão achar, porque o Brasil nunca teve "política econômica", como tem nos países desenvolvidos.  Os sucessivos governos, de hoje e os de antes, apresentaram as políticas fiscais, como se estas fossem a "única fórmula" que levariam o País ao desenvolvimento sustentável em todos os setores da economia.   Enquanto os presidentes da República ficarem olhando nos seus próprios umbigos, a população brasileira padece e o Brasil continuará sendo o País do terceiro mundo, o de "periferia".

           Ossami Sakamori

Um comentário:

Newton Coutinho Filho disse...

Infelizmente tens total razão