domingo, 5 de novembro de 2023

Economia: Este filme, déjà vu !


mercado financeiro e os economistas de renome ficaram arrepiados com a última fala do Presidente Lula, a de que não importava para ele o "déficit primário" e que ele, Presidente da República, vai levar investimentos públicos à população carente, custe o que custar.  O Presidente da República está determinado a cumprir as metas de investimentos do seu governo não importando os preceitos recomendados pela macroeconomia, não importando o resultado da economia do País, desde que garanta a popularidade.   Na terra de "cego" ou de "nó cego", Presidente Lula nada de braçadas, ganhando os aplausos dos seus séquitos de ministros seguidores.   Quem está com "nariz torcido" é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, preocupado com a repercussão no mercado financeiro nacional e internacional.

             Em qualquer parte do mundo global, os países seguem as regras de uma política econômica e política fiscal dentro das boas regras da "macroeconomia".  Em resumo, o que ele, Lula, afirma é que vai gastar quanto ele, o Presidente da República, quiser num gesto que lembra os ditadores dos países pobres da África, exceto alguns países que seguem as boas regras da macroeconomia como a África do Sul, colonizado pelos britânicos.  

              O "déficit primário", recordando, é o dinheiro que falta para pagar os gastos para manter a estrutura do Governo federal, incluindo alguns investimentos nas áreas prioritárias do País, independente de quem esteja à frente do Governo.   No "déficit primário" não inclui o pagamento de qualquer tipo de serviços da dívida pública, como juros da dívida do Tesouro Nacional, muito menos a amortização de uma parte dela.    

              Na "macroeconomia", o pagamento de serviços da dívida pública, só acontece com  a geração de "superávit primário", que é o dinheiro que sobra para pagamento de juros e eventuais amortizações do principal.   Quando acontece o "superávit primário", mas não consegue pagar "totalmente" os serviços da dívida do Tesouro Nacional, o valor que falta denomina-se "déficit nominal".   A economia só será saudável quando gerar o "superávit nominal" para amortizar parte da dívida pública líquida, que nos dias de hoje supera os R$ 6 trilhões e ainda sobrar dinheiro para investimentos.   Quando um brasileiro ou brasileira nasce, já carrega nas suas costas a dívida do Governo federal ao redor de R$ 29,5 mil "per capita".

             A atual situação de Governo federal de não conseguir pagar as suas próprias contas, vem desde a crise econômica e financeira do Governo Dilma, PT/MG, vide o gráfico do topo em 2014/2015.   O gráfico mostra, também, o resultado negativo expressivo das contas do Governo federal, devido a paralização total da economia devido a pandemia do Covid-19, em 2020.  O gráfico mostra, também, um pequeno "superávit primário" em 2022, R$ 54,1 bilhões, o último ano do Governo anterior, apesar das eleições.

       Diante da situação, sobejamente, demonstrada, o futuro da economia do Brasil, se é que tem, poderá resultar num novo desastre econômico/financeiro. Este filme, déjà vu.  

                Ossami Sakamori

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