Em qualquer parte do mundo global, os países seguem as regras de uma política econômica e política fiscal dentro das boas regras da "macroeconomia". Em resumo, o que ele, Lula, afirma é que vai gastar quanto ele, o Presidente da República, quiser num gesto que lembra os ditadores dos países pobres da África, exceto alguns países que seguem as boas regras da macroeconomia como a África do Sul, colonizado pelos britânicos.
O "déficit primário", recordando, é o dinheiro que falta para pagar os gastos para manter a estrutura do Governo federal, incluindo alguns investimentos nas áreas prioritárias do País, independente de quem esteja à frente do Governo. No "déficit primário" não inclui o pagamento de qualquer tipo de serviços da dívida pública, como juros da dívida do Tesouro Nacional, muito menos a amortização de uma parte dela.
Na "macroeconomia", o pagamento de serviços da dívida pública, só acontece com a geração de "superávit primário", que é o dinheiro que sobra para pagamento de juros e eventuais amortizações do principal. Quando acontece o "superávit primário", mas não consegue pagar "totalmente" os serviços da dívida do Tesouro Nacional, o valor que falta denomina-se "déficit nominal". A economia só será saudável quando gerar o "superávit nominal" para amortizar parte da dívida pública líquida, que nos dias de hoje supera os R$ 6 trilhões e ainda sobrar dinheiro para investimentos. Quando um brasileiro ou brasileira nasce, já carrega nas suas costas a dívida do Governo federal ao redor de R$ 29,5 mil "per capita".
A atual situação de Governo federal de não conseguir pagar as suas próprias contas, vem desde a crise econômica e financeira do Governo Dilma, PT/MG, vide o gráfico do topo em 2014/2015. O gráfico mostra, também, o resultado negativo expressivo das contas do Governo federal, devido a paralização total da economia devido a pandemia do Covid-19, em 2020. O gráfico mostra, também, um pequeno "superávit primário" em 2022, R$ 54,1 bilhões, o último ano do Governo anterior, apesar das eleições.
Diante da situação, sobejamente, demonstrada, o futuro da economia do Brasil, se é que tem, poderá resultar num novo desastre econômico/financeiro. Este filme, déjà vu.
Ossami Sakamori
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