domingo, 23 de junho de 2019

Os trabalhadores são os motores da economia!


Como faço diariamente, logo que acordo, passo vista nos principais veículos de comunicação do País, que eu os denomino de grande imprensa.  Entre as matérias, encontrei no  Estadão Economia , uma que tem tudo a ver com o assunto que tratei ontem, o alto número de desempregados no País.  Em resumo, a matéria se refere às perda reais de rendimento dos trabalhadores que chega a 16,3%, comparando primeiro trimestre de 2014 ao deste ano, grande parte produto da recessão.  

Eu disse ontem, que a política econômica do ministro da Economia Paulo Guedes, dito liberal da "Escola de Chicago", tem equívoco no nascedouro.  O ministro da Economia estabeleceu como o prioridade seguir o "teto dos gastos públicos", custe o que custar.  Paulo Guedes não disse, mas é o que ele faz, prioriza o pagamento de juros da dívida pública, não importa o custo que isto representa para a população.  O resto que se dane! O resultado é o que se apresenta, uma profunda estagnação da economia.  

O País continua com a economia em recessão desde 2015, com breve respiro de crescimento pífio, 1% ao ano, nos anos 2017 e 2018.  Os primeiros quatro meses deste ano, mostra sinal de volta da recessão.  Os analistas econômicos apontam um crescimento do PIB, menor que 1%, neste ano, novamente.  O número de trabalhadores considerado desempregado, desalentado, nem-nem e sub-empregados chega ao espantoso 50 milhões!  Enquanto, o número de trabalhadores com carteira assinada continua estacionado em 33 milhões.  

Há um conceito equivocado, ideologicamente, sobre o que se entende de trabalhadores desempregados, desalentados e subempregados.  A esquerda brasileira enxerga esses trabalhadores como parte do seu "curral eleitoral".  A equipe do ministro da Economia Paulo Guedes, enxerga este mesmo contingente de trabalhadores como "encargo" ou um "peso morto" para a Nação.  Ambas correntes ideológicas estão equivocadas.  

Ao contrário de serem uma massa de manobra da esquerda, um "curral eleitoral" e nem tampouco um "peso morto" da equipe econômica do atual ministro da Economia, os trabalhadores representam os "motores" para o crescimento econômico sustentável de qualquer país.  Não invento. Os países desenvolvidos, tanto os Estados Unidos do presidente Trump, como o Japão do primeiro-ministro Abe, o "emprego" é o centro, a meta, da política econômica. Aqueles países balizam as suas políticas econômicas centradas no índice de desemprego ao nível mínimo histórico deles, ao redor de 4%.  Pois, o Brasil do Guedes e do Meirelles de antes, aponta índice de desemprego ao redor de 12,5%, pelo mesmo critério.  

Com eu disse na matéria anterior, a equipe do ministro da Economia Paulo Guedes, tanto quanto os renomados articulistas econômicos, estão equivocados ao considerar os trabalhadores como "peso morto" da Nação.  A grande sangria de dinheiro público vai para o pagamento de juros da dívida pública.  Os pesos mortos são pessoas que consideram os trabalhadores como tais.  É imperativo que o ministro Guedes e equipe repensem sobre o assunto.  

Os trabalhadores são os motores da economia!


Desenhando: 

Os trabalhadores desempregados não consomem. Não tendo consumo, as indústrias não tem para quem vender. As indústrias em inatividade não recolhem impostos.  Sem impostos, o rombo fiscal aumenta.  Com rombo fiscal crescente, o endividamento do governo aumenta.  Governo falido, o país pára de crescer.  Nestas condições: Os trabalhadores são os motores da economia.  

Ossami Sakamori

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