Crédito da imagem: Gazeta do Povo
O presidente Bolsonaro viaja para os Estados Unidos no próximo dia 19, terça-feira. No seu périplo, na viagem de volta, vai fazer visita oficial ao Chile. Não foi divulgado, ainda, a agenda do presidente em Washington e nem tão pouco em Santiago. O Palácio do Planalto divulga ainda que o presidente da República fará visita a Israel, ainda neste mês. A importância dos Estados Unidos para o Brasil dispensa comentários. Aquele país ocupa primeiro lugar na formação do PIB do mundo, respondendo com cerca de 25% ou 1/4 de tudo que o mundo produz.
O presidente Bolsonaro vai se encontrar com o presidente Trump, este último no meio de uma crise política, armada por ele próprio, na insistência de construção de muro na fronteira com o México. A popularidade do presidente Trump está abaixo de 40% de aprovação. No próximo ano, o presidente Trump vai tentar a reeleição, no meio de tiroteio com os Democratas capitaneada pela deputada Nancy Pelosi.
O Brasil não está bem na fotografia com os Estados Unidos. A última agenda oficial programada e agendada, a visita da presidente Dilma Rousseff ao Washington, foi cancelada, na última hora, sem nenhuma justificativa plausível. Por estas e outras, os Estados Unidos tem o Brasil como país de segunda categoria. Os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos são a China e a União Europeia e não o Brasil. Na geopolítica, o Brasil é considerado parte do quintal dos Estados Unidos. Dentro deste contexto que o presidente Bolsonaro vai fazer visita oficial ao presidente Trump.
No front interno, o presidente Bolsonaro está vacilante na nomeação do novo embaixador nos Estados Unidos. Em todos os governos que antecederam ao do presidente atual, a nomeação do Embaixador do Brasil nos Estados Unidos foi a primeira providência, até em deferência àquele país por ser a maior potência comercial e militar do planeta. No entanto, há uma briga nos bastidores do Itamaraty. O atual ministro de Relações Exteriores, que não é Embaixador de primeira linha, pois o Ernesto Araújo, o chefe do Itamaraty, nunca ocupou uma Embaixada. Ernesto Araújo foi indicação do escritor neo-brasilianista Olavo de Carvalho. Isto todo mundo sabe.
A grande imprensa destaca a disputa pela indicação do novo embaixador brasileiro em Washington. Por um lado o candidato do escritor Olavo de Carvalho, o Forster Júnior, e por outro lado nome do cientista político Murillo de Aragão, preferido do ministro da Economia Paulo Guedes. Presidente Bolsonaro encontra-se no meio de tiroteio entre o grupo do escritor Olavo de Carvalho e a ala mais ortodoxa liberal do ministro da economia Paulo Guedes.
Como sempre, o Brasil fica discutindo picuinhas, enquanto deveria se impor como potência mundial, com 5ª posição em extensão territorial, 6ª posição em população e 8ª posição em PIB. Chegou a hora de presidente Bolsonaro se portar como "estadista" e nomear o nome de preferência dele próprio.
Bolsonaro visitará Washington no meio de um tiroteio.
Ossami Sakamori
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