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Nem todos candidatos à Presidência da República tem dado destaque à grave crise de desemprego que vive o País. Com exceção de alguns, a criação do emprego com carteira assinada tem sido o foco dos programas de governo. Para alguns dos candidatos a segurança pública é a prioridade e para outros o índice de inadimplência. Esquecem estes de que a origem dos problemas enumerados está, justamente, no alto índice de desempregados. Tem saída? Brasil é país pujante para sair deste buraco que se meteu.
Antes de propor a saída para esta grave situação, vamos rememorar os números oficiais do IBGE. O número de desempregados formais está em 13 milhões de trabalhadores ou 12,4% de desempregados, segundo critério aceito mundialmente. Somados a este contingente, o número de trabalhadores desalentados e sub-empregados, o número atinge número próximo de 40 milhões. Adicionado a este número os aposentados e pensionistas, o número de pessoas desocupadas é de 65 milhões de pessoas, segundo IBGE. O espantoso é que apenas 34 milhões de trabalhadores estão em seus postos de trabalho com carteira assinada.
O Brasil viveu, pelos menos nos últimos 20 anos, índices de desemprego próximo de 5,5%, o que convertido em números atuais daria grosso modo 6 milhões de trabalhadores com carteira assinada. O próximo presidente da República teria que criar cerca de 7 milhões de empregos ou 1,75 milhão de empregos com carteira assinada a cada ano para recuperar o índice de desemprego antes da crise econômica que abateu o País. Segundo o IBGE, em 2018, criou-se os pífios 250 mil empregos, muito longe de alcançar a conta mínima para alcançar o mesmo patamar de antes da crise.
Não será pelo lado de consumo é que País vai criar novos empregos. O número de inadimplentes no comércio, segundo Serasa em 62 milhões ou segundo SPC em 63 milhões de pessoas, serão os gargalos para saída desta crise. Nem é necessário explicar que o número de inadimplentes é decorrente do grande número de desempregados.
Os números mostram que, o futuro presidente da República terá que adotar, sem outra opção, uma política econômica e monetária capaz de atrair investimentos diretos nas fábricas, na agroindústrias e nas obras de infraestrutura. O setor público responde por 33% do PIB, portanto, não tem outra saída senão o governo federal, induzir os investimento em infraestrutura em parceria com a iniciativa privada.
A história brasileira mostra que o Estado brasileiro sempre foi o indutor do desenvolvimento do País, nos áureos períodos. O Brasil está emparedado, no momento. O País não tem outra saída, senão quebrar o tabu de se portar como país do terceiro mundo, o país dos coitadinhos perseguido pelos países hegemônicos. O Brasil padece do "síndrome do cachorro magro". O maior exemplo está na Emenda do "teto dos gastos" que "engessa" os investimentos da União em infraestrutura. O Brasil optou em colocar a própria camisa de força, dos formuladores economia dementes, para não crescer nos próximos 20 anos. Sem revogação da Emenda do teto dos gastos, o Brasil não tem saída. Deixei os melhores articulistas econômicos de cabelo "em pé", deixei?
Os presidenciáveis terão que colocar a cara para bater. Não será por bravatas ou soluções demagógicas, cheio de bravatas, que tirará o Brasil do buraco que se meteu. Atingi algum presidenciável, atingi? Que se danem! Quero meu Brasil, de volta ao crescimento sustentável.
O Brasil precisa criar 6,5 milhões de empregos com carteira assinada nos próximos 4 anos, para voltar no "status quo" de antes.
Ossami Sakamori
Um comentário:
Ótimo texto professor .
A PEC do teto dos gastos também congelou por 20 anos os investimentos em Educação e Saúde ... É uma abstração geral ...
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