Segundo o IBGE, a taxa de desocupação cedeu de 12,4%
para 12,3% entre junho e julho. Os dados ajustados pela sazonalidade, por sua
vez, apontam para estabilidade desta taxa em torno de 12,2% no mesmo período.
Frente a julho de 2017, o indicador recuou em 0,5
pontos porcentuais (p.p.). Nesta comparação, o número de desocupados (12,9
milhões de pessoas) cedeu em -3,4%, ao passo que o de ocupados (91,7 milhões)
aumentou em +1,1%, variação superior à da força de trabalho (+0,5%), cujo total
é de 104,5 milhões de indivíduos.
Esta expansão da ocupação, ainda assim, tem sido
alavancada pelos segmentos informais, com destaque para os trabalhadores sem
carteira (+3,4%) e por conta própria (+2,1%). Dentre os ramos formais, por seu
turno, a ocupação ainda cresce principalmente nos empregos públicos (+2,7%).
Quanto aos desalentados, que se encontram sem
motivação para procurar oportunidades, estes somam 4,8
milhões de pessoas (alta de 18% frente a julho de 2017). Como proporção da população
em idade ativa (PIA), este contingente é crescente e está em 4,4%.
Por fim, o rendimento médio real alcançou R$2.205 em
julho (+0,8% anual). Sua dinâmica, juntamente com a da ocupação, contribuiu
para expandir a massa de salários para R$197,2 bilhões no mês, alta de +2,0% na
comparação anual.
Em resumo, o patamar corrente de desemprego é bastante
elevado frente ao seu padrão histórico e evidencia a alta ociosidade hoje
existente no mercado de trabalho. Com isso, a inflação subjacente do IPCA tem se
mantido em patamar confortável.
Daniel Xavier,
economista-chefe @DMI_Group,
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