quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Brasil da Dilma não consegue pagar nem os juros!


O povo está preocupado com as eleições, e a notícia sobre o desempenho fiscal do governo Dilma para 2014, vai ficando à margem da discussão. Segundo a imprensa, o governo federal acusou déficit de R$ 10,4 bilhões no mês de agosto último, o pior desempenho desde o início da série histórica em 1977, isto é, há 18 anos.

Para uma situação de "parada" da economia, desde o início deste ano, o número não é nada surpreendente. Comparando com a meta de superávit fiscal previsto para o período de R$ 39,2 bilhões, o resultado acumulado deste ano de R$ 4,6 bilhões, chega a ser ridículo. Para se ter ideia, o superávit primário do ano de 2013, no mês de agosto, apresentava R$ 38,4 bilhões.

Para leigo entender, o superávit primário é exigência do mercado financeiro global para demonstrar que o País está com constas fiscais dentro do "razoável". Os organismos internacionais como FMI, BID, consideram como razoável superávit primário de 2,5% do PIB.  O número apresentado pelo Brasil, neste ano é de mísero 0,14% do PIB.

Já foi explicado neste blog, várias vezes, que o superávit primário é "reserva do dinheiro" para pagar "parte" dos juros da dívida interna do País. O governo federal tem um estoque de dívida pública bruta (total da dívida) de acima de R$ 3,0 trilhões, considerando o empréstimo para o BNDES e empréstimo tomado via swap cambial do Banco Central.  O governo federal deve ao mercado cerca de R$ 330 bilhões, somente em juros, considerado a taxa média de 11% ao ano.

Bem, o conta é simples. O governo federal tem juros da dívida federal interna para pagar R$ 330 bilhões e temos no caixa do governo apenas R$ 4,6 bilhões. A promessa do governo Dilma, no início do ano de 2014 era de que iria separar até o mês de agosto R$ 39,2 bilhões. Prometeu, mas não cumpriu!  

Até devido à desaceleração da economia, não vejo no horizonte próximo, a mudança do desempenho nas contas do governo federal. É inexorável que o governo federal não cumprirá a meta de pagar pelo gerar superávit primário para pagar parte dos juros, conforme manda a cartilha do FMI.

Não cumprindo meta do superávit primário que o próprio governo Dilma estabeleceu, as agências de classificação de riscos, vão se movimentar para rebaixar a nota de classificação de riscos do País. Certamente, no início do ano que vem, teremos o rebaixamento da nota de "grau de investimento" para "grau de risco". Daí, as consequências seriam catastróficas, independente quem seja o novo presidente da República. Sendo Dilma a governar o próximo mandato, o "caos" se instalará. 

O presidente Lula e a presidente Dilma costumam dizer em público que os culpados são os países desenvolvidos. Que o tsunami vem de  fora. Nada disto é verdade. A verdade é que o Brasil, sobretudo o governo federal, não faz o dever de casa. Sempre acha um culpado para justificar a sua própria incompetência.


Brasil da Dilma não consegue pagar as contas! 

Ossami Sakamori



3 comentários:

daniel camilo disse...

Os maiores problemas dos brasileiros(as) é o tal do "jeitinho" e o "empurra-empurra". Ninguém planeja nada e no final se dá certo todos chamam para si o louro da vitória e se dá errado começa o empurra-empurra: a culpa foi de fulano, ciclano.... Nas eleições, o povo não verifica a vida pregressa dos candidatos, não estuda suas propostas e quando questionamos o que ele pensa, vem com essa frase: - Ah! isso é conversa dos "doutô". Desse jeito qualquer mané que se candidata vira "doutô". Aécio Neves é o mais qualificado e está preparado para ser Presidente do Brasil mas, os "mané" não deixam. Vou votar 45, Aécio e continuo fazendo campanha para ele.

Anônimo disse...

Concordo plenamente e , também, vou apoiar o Aécio.
Vamos, no mínimo,mostrar o nojo que temos dos espantalhos bolivarianos.

Adriana Berg disse...

Uma pena uma pessoa do nível do Aécio Neves não ganhar essa eleição...