quarta-feira, 8 de maio de 2024

Selic deverá cravar em 10,50% aa


Hoje, é dia de "aposta" do mercado financeiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, mais conhecido como COPOM, vai definir hoje, quarta-feira, a taxa básica de juros Selic que vai vigorar nos próximos 45 dias, ao menos.   Para melhor entender, o colegiado do COPOM é formado por 8 diretores do Banco Central e o seu presidente Roberto Campos Neto, o presidente do Banco Central.  

         A atual taxa Selic está em 10,75% ao ano e a dúvida é a nova taxa de juros, referência para os juros da dívida pública brasileira, a do Tesouro Nacional, virá ou não com "corte" esperado pelo mercado financeiro, em função dos indicadores da economia do País se encontrar em nível de estabilidade de preços e o crescimento econômico estar dentro do patamar que assegure o mínimo de desenvolvimento do País.  Isto faz parte da política monetária de qualquer país do mundo desenvolvido, sob encargo dos respectivos Bancos Centrais.  

          Questiona-se muito, a independência do Banco Central com a da administração pública federal, sobretudo do Ministério da Fazenda e do Ministério do Planejamento que executa a política fiscal que administra as receitas e os gastos do Governo federal.   O atual Presidente da República, Lula da Silva, PT/SP, do Poder Executivo, questiona publicamente sobre a taxa básica de juros, numa tentativa de manter o Banco Central sob sua jurisdição.  Nas épocas passadas, antes do Plano Real, as coisas se misturavam e o resultado era invariavelmente a inflação "galopante", que castigava sobremaneira a população de baixo poder aquisitivo. 

          O Poder Executivo, por outro lado, deveria cuidar dos seus projetos, não deixando a política fiscal contaminar a política monetária, com a consequente volta da inflação.   A preocupação da estabilidade do preço é objetivo todos os países do mundo, minimamente, organizados, inclusive do Brasil.   O Poder Executivo, representado pelo Presidente da República, deveria se preocupar em desenvolvimento do País, com uma política econômica que atenda todos os segmentos da economia, englobando o poder público, ao invés de tentar culpar o Campos Neto do Banco Central.

           Feito o preâmbulo, a taxa Selic que será anunciada hoje, após o fechamento de mercado financeiro, acompanhando a taxa de juros do Tesouro americano, em "estabilidade" deverá vir com uma pequena redução ao nível de 0,25%, passando a nova taxa de Selic para 10,50% a vigorar para os próximos 45 dias.   

           É isto!  Sem rodeios!

           Ossami Sakamori

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