Na matéria de ontem, dia 1º de maio, dia do Trabalhador, comentei sobre a "política econômica" do presidente argentino, Javier Milei, recém aprovado pela Câmara dos Deputados daquele país e ao mesmo tempo, a ausência de uma política econômica no nosso país, o Brasil. Na manchete dos cadernos econômicos da grande imprensa brasileira, de hoje, traz a novidade do desembarque de mais um modelo de carro elétrico, chinês, o BYD Dolphin.
O carro elétrico chinês, versão Dolphin, para os brasileiros, vai chegar ao consumidor por volta de R$ 150 mil, com autonomia de 300 Km, com plataforma que acomoda as modernas baterias Blade, a tecnologia exclusiva da BYD. Enquanto as montadoras instaladas no Brasil está deixando o País, pela ausência de uma política econômica para as indústrias automobilísticas instaladas no País e que outrora serviu para formação de mão de obra especializada no setor automobilístico e de auto peças.
Com idade que eu tenho, já vi Brasil passar por todas fases da economia, de simples exportador de café à primeira indústria no Brasil, a fabricação ou extração de "banha de porco", pelas indústrias da família Francisco Matarazzo, cujo conde, como ficou conhecido, construiu um verdadeiro palacete, hoje Palácio dos Bandeirantes para sua família, merecidamente. Lembro-me da a "nossa" primeira indústria automobilística brasileira, a Gurgel, do empresário e sonhador, João Augusto Amaral Gurgel, que sucumbiu pela ausência de um "empurrão" do Governo da época e forte concorrência das empresas transnacionais.
Infelizmente, o País não tem política econômica, por conseguinte, não tem parque industrial com produção de veículos e tantos outros produtos com tecnologia avançada, compatível e disponível no mercado global. Quem imaginaria, no final do século passado, que os "olhos puxados" do oriente dominaria o mundo das indústrias, com tecnologia, as mais avançadas do mundo.
Enquanto isto, infelizmente, o nosso Presidente da República, Lula da Silva, usa palanque eleitoreira para defender a "picanha e cerveja" nos finais de semana, como se isto fosse a prioridade da população brasileira, composta por operários qualificados e técnicos que são absorvidos pelos países do Primeiro Mundo. Só falta mesmo visão dos dirigentes máximos do País, que enxerguem e tratem o nosso próprio país, com o mínimo de dignidade e fazer os pobres e os empresários empreendedores, que o País terá a sua própria política econômica.
O Brasil reúne condições para ser um importante player no cenário internacional, desde que faça o seu dever da casa.
Ossami Sakamori
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