Enquanto o Presidente Lula vangloria-se de ser o presidente rotativo e temporário do G20 e pensa que o Brasil está no comando do mundo global, com a participação no BRICS, um órgão constituído pelos países em ascensão econômica como Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, o foco do mundo, nesse último final de semana, foram para a China, Japão e Coreia do Sul, que irão atuar em bloco, no comércio e na economia global.
Em número macro, em termo do PIB, a China, Japão e Coreia do Sul, a China ocupa a posição de 2ª economia do mundo, o Japão ocupa a 4ª posição e a Coreia do Sul, ocupa a 11ª posição. Além destes países serem vizinhos em termos geográficos e culturalmente semelhantes, os povos das três etnias, no meio de multidão é difícil de saber quem é quem. Historicamente, os três países se enfrentaram em conflitos militares, no passado, que de alguma forma, está trazendo os benefícios, hoje. Eles se conhecem como inimigos que foram no passado.
Após 78 anos do término da II Guerra Mundial, diante da hegemonia dos Estados Unidos e crescente presença da União Europeia na economia mundial, os três países, fazem um "pacto comercial e financeiro", que no longo prazo pode terminar em "zona de livre comércio" e terminar em "bloco comercial e financeiro", fortalecendo a presença da moeda chinesa, o "Yuan", que é a denominação de uma fração da moeda chinesa, a "ren-men-bi". Seja como for, a moeda chinesa é conhecida no mercado financeiro internacional como "yuan".
Em termos de reserva cambial, os três países, China, Japão e Coreia do Sul, ocupam posição de primeira, segunda e sexta posição, que somado acusava US$ 4,867 trilhões no final de 2023. O Brasil ocupa nesta lista, marcando 7ª posição com US$ 346 bilhões.
Com tamanha envergadura na posição no ranking global, em termo de PIB e Reserva cambial, os três países asiáticos, tem força suficiente para formar um "mercado comum asiático", formal ou informal" e além de "forçar" o mercado global a aceitar transações comerciais e financeiras em "Yuan". A diferença é que, enquanto o dólar americano, US$, perdeu paridade com o ouro, a China possui reserva de ouro robusto. No início deste ano, 2024, a China possuía 2.264 toneladas de ouro, enquanto o Brasil possuía 68 toneladas e a Alemanha com 3.378 toneladas.
Para nós, os pobres mortais, o Brasil perde o protagonismo na economia global, tornando-se "apenas" o fornecedor de commodities como "soja" e "minério de ferro". Enquanto isto, a economia brasileira, continua semelhante à de décadas passadas, só diferenciando nos produtos de exportação, que hoje, vai de "mão de obra" qualificada aos produtos agrícolas "in natura", sem agregar valor. E, a América do Sul, perde o protagonismo no mercado global, com o "Mercosul" mal resolvido, em brigas domésticas dentro do bloco.
Esta matéria, vai em complemente à matéria anterior, sobre o futuro do Brasil, com "nuvens negras" carregadas com prenúncio de uma tempestade, tal qual ocorrera no Rio Grande do Sul.
Hoje, termino esta com o meu "ni hao" para os asiáticos, pelo novo desafio, um "novo bloco" de comércio e serviços trilateral, a ser consolidado. Um dia, quiçá, o Brasil desperte atenção para inserção no mundo econômico e financeiro global como estão fazendo os asiáticos.
Ossami Sakamori
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