sábado, 18 de maio de 2024

Não há almoço grátis !

 

Nunca dantes, eu tinha visto a tamanha confusão e indefinição área econômica do Governo federal, precisamente, nos últimos dias, "coincidindo" com uma das piores catástrofes do meio ambiente, no extremo sul do Brasil, precisamente, no estado de Rio Grande do Sul, segundo se sabe, onde a ocorrência semelhante ocorreu em 1941.  Os problemas ambientais no sul do País, apenas, serviu para mostrar a tamanha "fragilidade" da "política fiscal" do Governo federal.  

           O Governo federal, não sabe onde buscar os recursos para socorrer os gaúchos, sem mexer no Orçamento fiscal, que já anda com o "déficit primário" nas contas normais com relação ao previstas no LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovado no mês de junho do ano  passado, 2023, já no Governo Lula.  Para relembrar, o setor público consolidado, apresentou o "déficit primário", o dinheiro que falta para cobrir as contas, de R$ 249,1 bilhões em 2023. 

            Para fugir da lei da Responsabilidade Fiscal, que prevê equilíbrio entre as receitas e despesas do Governo federal, o Presidente Lula, lança a mão do "Orçamento de Guerra", que deverá ser aprovado pelo Congresso Nacional, na base de troca de liberações de "emendas parlamentares", que são verbas orçamentárias que atendem os redutos eleitorais dos senadores e deputados.  É o já conhecido "troca, troca".

            A manobra fiscal, já foi usado pelo governo do Presidente Bolsonaro, para atender as despesas extraordinárias em função da paralização da economia do País devido à epidemia de Covid-19.   Naquele ano, 2020, o rombo fiscal terminou em R$ 702 bilhões.  Porém, no último ano do Governo Bolsonaro, a Governo federal, apresentou o "superávit fiscal", a sobra do dinheiro do Governo federal, de R$ 41,6 bilhões. 

              Na minha avaliação, já manifestada, anteriormente, no final de 2024, sob o título de Orçamento de Guerra deve gerar um "déficit adicional" entre R$ 25 bilhões a R$ 500 bilhões, ao "déficit primário" previsto antes mesmo da catástrofe no Rio Grande do Sul.  

            A consequência do gigantesco "déficit primário", "pressionará" a inflação.  Para conter a inflação, o Banco Central, vai "segurar" a redução da taxa Selic nas próximas reuniões.   Mesmo assim, os preços dos produtos ao consumidor final deverá pressionar a inflação.  Não há almoço grátis, já diz o ditado popular.  É uma "lógica cartesiana".

            Ossami Sakamori

Nenhum comentário: