sexta-feira, 31 de maio de 2024

Mais uma aventureira na Petrobras

 

Segundo a grande imprensa, a recém nomeada presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a empresa vai adotar a regra de "abrasileirar" os preços dos combustíveis.  Segundo ela, "é indesejável trazer a instabilidade diária para os preços dos combustíveis do mercado externo ao mercado interno".   Porém, é o que acontece em todo o mundo, como um dos "commodities" que oscilam conforme a cotação diária do petróleo no  mercado internacional.  

         Esquece, a nova presidente da Petrobras, que a empresa é uma companhia de economia mista, onde o Governo federal tem o comando da administração, por ter a maioria dos votos no comando da Companhia.   Poder-se-ia, em querendo, o Governo federal, como detentor de maioria do capital votante, fazer a sua "política de preços" conforme o "viés político", de interesse de quem nomeia a Diretoria.   O cargo de presidente da Petrobras não é do Presidente da República, mas sim, do seu acionista República Federativa do Brasil e dos acionistas minoritários do mercado financeiro.  

         Sabe-se que o preço de petróleo é regulado, conforme a vontade dos maiores detentores de reservas do petróleo do mundo, reunidos num "cartel" denominado de OPEC - Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que é uma organização intergovernamental de 13 nações, fundada em 15 de setembro de 1960, com sede em Viena, Áustria. 

           Conforme podemos constatar que, "abrasileirar" o preço do petróleo e consequentemente do preço dos combustíveis na ponta de consumo, é um erro que a presidente Dilma, cometeu em conjunto com a presidente da Petrobras da época, Graça Foster.  A Petrobras, à época, quase foi "a pique", endividando-se acima dos níveis normais de uma companhia do porte da Petrobras, além de adquirir os ativos podres e vender os ativos de alta rentabilidade.    

             Pode-se argumentar que a Petrobras produz, barris de petróleo, o suficiente para a demanda interna.  Ledo engano!   O petróleo produzido no Brasil é do tipo "pesado" que não pode ser refinado no País, porque as refinarias existentes no Brasil, só refinam petróleo do tipo leve, o conhecido tipo Brent, totalmente importado.  Toda produção do petróleo produzido no País, o do tipo TWI, é exportado por não ter refinarias para processá-lo, por isso, todo o petróleo consumido no Brasil, o do tipo leve, Brent, é importado.  A Petrobras é obrigado fazer o "passeio" do petróleo, devido as circunstâncias acima descritas. 

            Diante da complexidade do mercado de petróleo, falar em "abrasileirar" o preço do combustível na bomba, é coisa de "mais uma amadora" comandando a maior Companhia do País, de controle da União.  Este filme já vimos há algum tempo atrás. 

              Ossami Sakamori

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Acorda, Presidente Lula !

 

A Câmara dos Deputados aprovou nessa terça-feira, 28, o Projeto do Programa Mover, que prevê benefícios fiscais às montadoras que investirem em tecnologias de baixa emissão de carbono.  No meu ponto de vista, o Projeto é como "chover no molhado", pois as montadoras que querem se manter no mercado buscam por conta própria as inovações que o próprio mercado impõe.

           No mesmo Projeto de lei, a Câmara dos Deputados incluiu um dispositivo que taxa compras importadas de até US$ 50, cerca de R$ 258, cujo texto é do relator deputado Átila Liara, PP/PI.  De acordo com o texto aprovado, o imposto será de 20% sobre o valor do produto, para, em tese, competir em igualdade de condições com as indústrias nacionais de "blusinhas".  

           O Presidente Lula, queria ver o seu veto sobre taxação de "blusinhas", para agradar o seu eleitorado, influenciado que foi pela Primeira dama, Janja da Silva.  Enfim, o Governo Lula, não tem base de apoio no Congresso Nacional, que somado dá 154 votos dos 514 deputados federais.  Para aprovar qualquer projeto de lei, precisa de 257 + 1 deputados e para aprovação de uma Emenda Constitucional, é necessário 2/3 dos votos dos deputados ou seja, de 343 votos. 

          Ouço, seguidamente, a queixa do Presidente Lula pela imprensa, referindo-se ao seu antecessor na Presidência da República, Jair Bolsonaro, PL/SP, que costuma chamá-lo de "aquela coisa", para fazer comparações com as realizações do seu Governo.   O Presidente Lula deveria se preocupar em "fazer" a sua "bancada" no Congresso Nacional e aprovar projetos importantes do seu Governo.   E, desta forma a tão necessária e reclamada política econômica, ficam à mercê da iniciativa da professora Simone Tebbet e do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.   Seria melhor que o Presidente Lula, antes de culpar "aquela coisa", cobrasse da sua equipe econômica, a equilibrada política fiscal para evitar os déficits primários perniciosos para qualquer país do mundo.   Acorda, Presidente Lula !

         PS: Para seus eleitores, o Presidente Lula é o maior estadista do mundo contemporâneo.  

            Ossami Sakamori

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Tempestade à vista no mercado financeiro

 

O mercado financeiro global amanheceu de "mau humor", visível na tela do noticiário Bloomberg internacional em que os índices das principais bolsas de valores e de commodities estão operando no "vermelho".   Na contra mão dos índices das bolsas de valores, a notícia do mesmo canal dá conta de que houve uma pequena alta no consumo dos norte-americanos.   Pode ser que a reação do mercado financeiro seja em relação à cooperação entre China, Japão e Coreia do Sul, que deverão adotar política econômica comum, em confronto ao mercado financeiro e de commodities dolarizados, conforme já comentei na matéria precedente.  

           O índice Bovespa no Brasil deverá operar, também, no vermelho, em função dos fatores externos.   Os commodities estão operando em relativa estabilidade, no mundo todo.  Nenhum analista de mercado arriscam comentar a "situação" do momento.   As bolsas de valores e de mercadorias são dominados pelos grandes investidores, notadamente os bancos de investimentos.  Eles devem ter informações que eu não tenho.

           Somado aos fatores externos, por falta de uma política econômica do Governo Lula, e de gastos públicos incontrolados, provocando o déficit primário, já no primeiro quadrimestre deste ano, os investidores internacionais em mercado de capitais, estão com "orelha de pé", com total desconfiança ao rumo da economia do Brasil.  Somado aos índices negativos nas bolsas de valores e de mercadorias globais,  o clima é "propício" para os investidores especulativos.   

      Para os pequenos investidores, a recomendação é deixar a "posição" no "stand by", esperando passar esta fase da "instabilidade".   No momento de turbulência, a recomendação é esperar a "tempestade" passar.   Deixem as economias aplicadas nos títulos do Tesouro Nacional, que rende ao menos a taxa Selic, acima da inflação.   O pano de fundo, para nós brasileiros, é o resultado da administração incompetente da equipe econômica comandada pela professora Simone Tebet e pelo político e advogado Fernando Haddad.   Fazer o que?  São os que temos no momento. 

          Ossami Sakamori  

            

terça-feira, 28 de maio de 2024

O atraso tecnológico do Brasil


No comentário de ontem, falei sobre a reunião que ocorrera entre as potências econômicas e tecnológicas orientais, liderado pela China e seguidos pelo Japão e pela Coreia do Sul.  Mudanças na área tecnológica estão para serem anunciados pelos países já considerados líderes mundiais em tecnologia de última geração, a da área da tecnologia de informações.

            O Fundo de Investimentos da Indústria de Circuitos Integrados da China, acaba de anunciar investimentos de US$ 47,5 bilhões, para desenvolvimento de semicondutores mais potentes, numa terceira etapa, na continuidade de investimento na área de semicondutores.   O novo tamanho do Fundo é de, aproximadamente, US$ 53 bilhões, considerados os investidores de menor expressão, segundo a imprensa mundial.   

          Enquanto, a política tecnológica do Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, com atraso de 10 anos, segundo analistas do setor de tecnologia, quer tirar o atraso tecnológico em relação a China criando um fundo equivalente a US$ 53 bilhões no setor de semicondutores, na derradeira tentativa de autossuficiência na área.  

            A indústria de semicondutores da China, com pesados investimentos, quer investir em semicondutores de nova geração, que equiparão os novos veículos, eletrodomésticos e outros equipamentos que estarão transformando em "uso cotidiano" da população ao redor do mundo.  Afinal, com a competição tecnológica, quem ganha é o consumidor final.  

           E, o Brasil, como sempre, está fora desta competição de gigantes na tecnologia, os americanos e chineses, participando apenas como meros consumidores dos produtos finais.   Enquanto isto, o Presidente Lula e o Congresso Nacional discute se "tributa" as "sainhas" vindo do extremo oriente.   Infelizmente, esta é a realidade, do atraso tecnológico e industrial do País, por absoluta falta de uma política econômica, que atenda aos interesses do setor produtivo brasileiro. 

           Em matéria de tecnologia, nós somos sempre o último do mundo, por absoluta incompetência e por falta de vontade dos dirigentes da Nação, de sermos um dos líderes mundiais em tecnologia e inovação.   Infelizmente, enquanto isso, o Presidente Lula, discute o preço do "pacote de arroz", que estará nas gondolas dos supermercados com a propaganda do Governo federal.   Pelo visto, a "picanha", ainda, vai levar algum tempo para chegar nas mesas dos menos favorecidos da população brasileira.  

            Ossami Sakamori 

segunda-feira, 27 de maio de 2024

O atraso do Brasil no contexto global

 

Enquanto o Presidente Lula vangloria-se de ser o presidente rotativo e temporário do G20 e pensa que o Brasil está no comando do mundo global, com a participação no BRICS, um órgão constituído pelos países em ascensão econômica como Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul, o foco do mundo, nesse último final de semana, foram para a China, Japão e Coreia do Sul, que irão atuar em bloco, no comércio e na economia global.  
            Em número macro, em termo do PIB, a China, Japão e Coreia do Sul, a China ocupa a posição de 2ª economia do mundo, o Japão ocupa a 4ª posição e a Coreia do Sul, ocupa a 11ª posição.  Além destes países serem vizinhos em termos geográficos e culturalmente semelhantes, os povos das três etnias, no meio de multidão é difícil de saber quem é quem.  Historicamente, os três países se enfrentaram em conflitos militares, no passado, que de alguma forma, está trazendo os benefícios, hoje.   Eles se conhecem como inimigos que foram no passado.  
           

        Após 78 anos do término da II Guerra Mundial, diante da hegemonia dos Estados Unidos e crescente presença da União Europeia na economia mundial, os três países, fazem um "pacto comercial e financeiro", que no longo prazo pode terminar em "zona de livre comércio" e terminar em "bloco comercial e financeiro", fortalecendo a presença da moeda chinesa, o "Yuan", que é a denominação de uma fração da moeda chinesa, a "ren-men-bi".  Seja como for, a moeda chinesa é conhecida no mercado financeiro internacional como "yuan".


            Em termos de reserva cambial, os três países, China, Japão e Coreia do Sul, ocupam posição de primeira, segunda e sexta posição, que somado acusava US$ 4,867 trilhões no final de 2023.  O Brasil ocupa nesta lista, marcando 7ª posição com US$ 346 bilhões.   
             Com tamanha envergadura na posição no ranking global, em termo de PIB e Reserva cambial, os três países asiáticos, tem força suficiente para formar um "mercado comum asiático", formal ou informal" e além de "forçar" o mercado global a aceitar transações comerciais e financeiras em "Yuan".  A diferença é que, enquanto o dólar americano, US$, perdeu paridade com o ouro, a China possui reserva de ouro robusto.  No início deste ano, 2024, a China possuía 2.264 toneladas de ouro, enquanto o Brasil possuía 68 toneladas e a Alemanha com 3.378 toneladas.
           Para nós, os pobres mortais, o Brasil perde o protagonismo na economia global, tornando-se "apenas" o fornecedor de commodities como "soja" e "minério de ferro".  Enquanto isto, a economia brasileira, continua semelhante à de décadas passadas, só diferenciando nos produtos de exportação, que hoje, vai de "mão de obra" qualificada aos produtos agrícolas "in natura", sem agregar valor.  E, a América do Sul, perde o protagonismo no mercado global, com o "Mercosul" mal resolvido, em brigas domésticas dentro do bloco.
            Esta matéria, vai em complemente à matéria anterior, sobre o futuro do Brasil, com "nuvens negras" carregadas com prenúncio de uma tempestade, tal qual ocorrera no Rio Grande do Sul.     
             Hoje, termino esta com o meu "ni hao" para os asiáticos, pelo novo desafio, um "novo bloco" de comércio e serviços trilateral, a ser consolidado.   Um dia, quiçá, o Brasil desperte atenção para inserção no mundo econômico e financeiro global como estão fazendo os asiáticos. 
            Ossami Sakamori 

sábado, 25 de maio de 2024

Economia. Nuvens negras no horizonte !

 

Ontem, estava a assistir entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad para com os jornalistas credenciados no Congresso Nacional e fiquei seriamente preocupado com o futuro do País.  Na referida entrevista, que tratava sobre taxação ou não das compras pela internet, até US$ 50, o ministro da economia, falou sobre as contas públicas do Governo federal.   

           Passado 1 ano e um quadrimestre, da posse como ministro da Fazenda do Governo Lula, este se deu de criticar a gestão do seu antecessor na pasta, Paulo Guedes, acusando o Governo anterior, de ter transmitido "herança com rombo fiscal" e previsão orçamentária, deveria estar se referindo à LDO de 2022, que estabelecia o limite de gastos para o ano 2023, primeiro ano da gestão Lula.  

           O resultado primário de 2022, ao contrário do que afirmou o ministro da Fazenda, terminou o ano com "superávit fiscal" de R$ 54 bilhões.   Além de que, no final de 2022, o ministro da Fazenda, Paulo Guedes, franqueou o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad e ministra do Planejamento, Simone Tebbet, de fazer alterações que fossem necessário para o Orçamento Fiscal de 2023, do novo Governo.  Nesta alteração feita pela nova equipe econômica, a do Presidente Lula, fez alterações que resultava um "déficit fiscal" de R$ 153 bilhões no Orçamento fiscal de 2023, devido ao aumento em gastos nos programas sociais e aumento de número de ministério, de 26 para 38. 

           Pelas razões expostas, sobretudo em razão do aumento da máquina pública o "déficit primário" de 2023, que "não leva" em conta o pagamento de juros da dívida, foi de R$ 249,1 bilhões, contra "superávit primário" de R$ 126 bilhões, no exercício de fechamento do Governo Bolsonaro.   Lembrando que no "déficit primário" não leva em consideração o pagamento de juros da dívida pública.   Lembrou, também, o ministro da Fazenda que em 2023, foram pagos os precatórios no valor de R$ 90 bilhões, como se os precatórios não fossem dívidas do Governo. 

           Os dados preliminares, apresentado pelo o ministro da Fazenda, prenuncia um outro "déficit primário" gigantesco, na minha avaliação, baseado em gastos "desenfreados" nesse primeiro quadrimestre do ano.   E, ainda, aproveitando como o motivo, o desastre ambiental no estado de Rio Grande do Sul, Presidente Lula editou Lei complementar que autoriza Governo  federal, os gastos extraordinários, o já conhecido "Orçamento de Guerra", tal qual, aplicada no ano da pandemia devido a Covid-19, devido a paralização quase total das atividades econômicas no ano de 2020.  

           O Governo Lula está com pressa de mostrar o serviço, com realizações de obras, para marcar a sua gestão, não importando o tamanho do "déficit primário" ou o "rombo fiscal".  Para quem tem a mínima noção de macroeconomia, sabe que "déficit primários" seguidos, só aumenta o endividamento do Tesouro Nacional.   Nos bons tempos, se dizia para esta situação como sacar dinheiro no "cheque especial" ou deixar no "saldo devedor".

             Pois, o Brasil está passando por uma fase assim, onde Presidente da República, nos primeiros 4 meses do ano, gastou cerca de R$ 300 milhões em "cartões corporativos", que em tese, não precisa prestar contas.  Como exemplo vem de cima, os funcionários "bagrinhos" da Esplanada dos Ministérios, gastam o que podem e o que não podem, usando as brechas da legislação.  

             Os gastos sem a necessária receita correspondente, vão refletir na economia como um todo, fazendo com que a "política monetária" do Banco Central, permaneça com a taxa Selic nas alturas para "segurar" a inflação.   Na minha visão, no ano de 2024, a taxa Selic deve terminar, ainda, acima de 10% ao ano, apesar de inflação estar comportada, próximo de 5% ao ano.  

           O quadro, aparentemente, calmo, neste momento, apresenta no horizonte, nuvens negros, carregados, com prenúncio de tempestade, tal qual aconteceu no estado de Rio Grande do Sul.   Os investidores especulativos estrangeiros já estão repatriando os seus dólares ou euros aos países de origem prevendo dias difíceis para economia brasileira. 

            Nos casos pessoais de cada um e de cada uma, seria uma boa medida conter os gastos desnecessários e fazer as reservas para prováveis intempéries que estão para vir. 

              Ossami Sakamori 

terça-feira, 21 de maio de 2024

Brasil continua sendo quintal dos Estados Unidos

 

Chega nesta terça-feira, dia 20, ao Rio de Janeiro, o porta-aviões da Marinha americana, USS George Washington, para marcar os 200 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos.  Já se vão dois séculos de relacionamento político e militar entre as duas potências das Américas, a do Norte e a do Sul.  Os dois continentes juntos, formam o Novo Mundo, que são unidos umbilicalmente, desde a descoberta pelo Colombo e pelo Cabral, respectivamente.

           Nesta missão, faz parte do exercício militar Southern Seas 2024, das Forças Navais do Comando Sul dos Estados Unidos, nos próximos meses.  Neste exercício, contará com a marinha do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai.  Membros da Marinha brasileira estarão a bordo do porta-avião, para demonstrar total "engajamento" ou "obediência" das nossas Forças Armadas às dos Estados Unidos. 

            Já em 2019, o Brasil entregou a  base de lançamento de foguetes Alcântara  para a Forças Armadas americana, num total gesto de "submissão" do Brasil aos Estados Unidos.  Não estaria errado dizer que o Brasil foi e continua sendo "quintal" dos Estados Unidos.  O evento que envolve as marinhas de dois países, vem no momento em que o Presidente Lula, vem demonstrando atitude "pró oriente", no episódio de conflito entre Ucrânia e Rússia e mais recentemente, no episódio que envolve Israel e palestinos. 

           Uma coisa é relações comerciais entre o Brasil e os países do oriente, como China e Rússia, outra coisa é relações políticas entre o Brasil e os países do oriente.   O Presidente Lula ao comandar, temporariamente, o G20, até novembro deste ano, não deve "se achar" que o Brasil está independente dos blocos políticos e comerciais do "ocidente".   Os Estados Unidos, continuam sendo o país parceiro, o mais importante para o desenvolvimento do Brasil.  Recentemente, Presidente Lula recebeu o presidente francês, para lançamento do primeiro submarino brasileiro, com tecnologia francesa, sendo que a França faz parte do bloco OTAN, o braço armado dos Estados Unidos na Europa ocidental.  

            Enfim, o Brasil continua sendo o quintal dos Estados Unidos.  Melhor do que ser quintal da China, creio eu.   

            Ossami Sakamori  

segunda-feira, 20 de maio de 2024

O Brasil continua sem rumo !

 

Já estamos avançando na terceira semana de maio, ou 5/12 do ano já se vai, e estamos com o Orçamento Fiscal de 2024, retificado e consolidado, ainda, indefinido.  Claramente, o Governo Lula, no seu segundo ano do terceiro mandato, ainda não tem Orçamento fiscal deste ano "fechado".   Isto, ainda, sem considerar as transferências que estão prometidas devido a recente desastre ambiental no estado do Rio Grande do Sul.   

           O fato, de fazer despesas sem previsão Orçamentárias, aprovada pela LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada no mês de junho do ano precedente, isto é, LDO de 2024, traz "insegurança jurídica", que poderá custar até a perda de mandato do Presidente Lula, como ocorrera com a presidente Dilma, PT/MG, em 20215.    O Orçamento fiscal, que é a LDO com as retificações, aprovado em dezembro de cada ano, é peça fundamental para a política fiscal, que os ministros da área economia, insiste em chamar de arcabouço fiscal, uma expressão inventada por eles e desconhecida pelo mercado financeiro global.

            O fato é que, com a aprovação de uma nova proposta de Lei complementar que autoriza o Executivo a gastar além do que está no Orçamento fiscal, criando rombo fiscal, que poderá ser de R$ 25 bilhões a R$ 500 bilhões, na minha avaliação.  A culpa do rombo fiscal deve recair no desastre ambiental do estado de Rio Grande do Sul.  Desta vez, os gaúchos deverão "levar a culpa" pelo déficit fiscal ou o rombo fiscal, do Governo federal.

           Isto tudo, os investidores institucionais brasileiros e estrangeiros, sem contar com os investidores produtivos, como os investidores das empresas instaladas no País, estão "de olho", e também, será mais um motivo para "postergar" os investimentos produtivos no País.  Quem perde, com esta "lambança" fiscal, é o povo brasileiro, que espera há anos por uma política econômica de longo prazo para realizarem os investimentos produtivos, ao invés de simples aplicações nos títulos do Tesouro Nacional, com taxa Selic muito acima da inflação, para usufruírem os rendimentos das suas disponibilidades, tal qual um agiota.  

          Dói-me falar de assuntos negativos sobre o ambiente de investimentos no Brasil, porém, acho necessário que a população saiba sobre a total incompetência dos atuais condutores da política econômica, a ministra do Planejamento e o ministro da Fazenda, respectivamente, Simone Tebet e Fernando Haddad.   Enfim, o Brasil continua "sem rumo".

               Ossami Sakamori  

domingo, 19 de maio de 2024

Lula, o salvador do mundo!

 

Com o desgaste na intervenção sobre o desastre ambiental no estado do Rio Grande do Sul, a pior desde 1941, o Palácio do Planalto se prepara para a reunião do G20, na cidade do Rio de Janeiro, nos dias 16 a 19 de novembro deste ano.  

           Tão logo o Brasil assumiu a presidência temporária e rotativa do G20, em dezembro passado, Lula discursou, em Nova Délhi, na Índia: “Espero que possamos tratar de assuntos dos quais precisamos parar de fugir” ao se referir a fome que assola os países do terceiro mundo.  O grupo G20, é composto de 21 integrantes, sendo o último membro, a África do Sul, que juntos respondem pelo 85% do PIB mundial.   Na minha singela opinião, G20 é premio de consolação para os países que não conseguem fazer parte do G7, o grupo de 7 países mais ricos do mundo, composto pelos Estados Unidos, Alemanha, Japão, Reino Unido, França, Itália e Canadá.

           Seja como for, o Brasil vai ser o centro do mundo, nos dias em que sediará a reunião dos chefes dos governos, bem ao gosto do Presidente Lula, que ele próprio está convencido de que é o centro do mundo.  As reuniões ocorrerão no Museu da Arte Moderna, na capital fluminense.  Para deleite do Presidente Lula, no próximo ano, o Brasil sediará reunião da COP30, a mais importante reunião sobre meio ambiente, na cidade de Belém.  

             O Presidente Lula é pragmático, faz de tudo para "aparecer" como figura de "salvador da Pátria" ou "salvador do mundo", mesmo que seja na pior desastre ambiental das últimas décadas, que ocorreu e ocorre no Rio Grande do Sul.   Ele próprio encarna a posição de líder global.  É uma psicose, de nascença.

             Ossami Sakamori    

sábado, 18 de maio de 2024

Não há almoço grátis !

 

Nunca dantes, eu tinha visto a tamanha confusão e indefinição área econômica do Governo federal, precisamente, nos últimos dias, "coincidindo" com uma das piores catástrofes do meio ambiente, no extremo sul do Brasil, precisamente, no estado de Rio Grande do Sul, segundo se sabe, onde a ocorrência semelhante ocorreu em 1941.  Os problemas ambientais no sul do País, apenas, serviu para mostrar a tamanha "fragilidade" da "política fiscal" do Governo federal.  

           O Governo federal, não sabe onde buscar os recursos para socorrer os gaúchos, sem mexer no Orçamento fiscal, que já anda com o "déficit primário" nas contas normais com relação ao previstas no LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovado no mês de junho do ano  passado, 2023, já no Governo Lula.  Para relembrar, o setor público consolidado, apresentou o "déficit primário", o dinheiro que falta para cobrir as contas, de R$ 249,1 bilhões em 2023. 

            Para fugir da lei da Responsabilidade Fiscal, que prevê equilíbrio entre as receitas e despesas do Governo federal, o Presidente Lula, lança a mão do "Orçamento de Guerra", que deverá ser aprovado pelo Congresso Nacional, na base de troca de liberações de "emendas parlamentares", que são verbas orçamentárias que atendem os redutos eleitorais dos senadores e deputados.  É o já conhecido "troca, troca".

            A manobra fiscal, já foi usado pelo governo do Presidente Bolsonaro, para atender as despesas extraordinárias em função da paralização da economia do País devido à epidemia de Covid-19.   Naquele ano, 2020, o rombo fiscal terminou em R$ 702 bilhões.  Porém, no último ano do Governo Bolsonaro, a Governo federal, apresentou o "superávit fiscal", a sobra do dinheiro do Governo federal, de R$ 41,6 bilhões. 

              Na minha avaliação, já manifestada, anteriormente, no final de 2024, sob o título de Orçamento de Guerra deve gerar um "déficit adicional" entre R$ 25 bilhões a R$ 500 bilhões, ao "déficit primário" previsto antes mesmo da catástrofe no Rio Grande do Sul.  

            A consequência do gigantesco "déficit primário", "pressionará" a inflação.  Para conter a inflação, o Banco Central, vai "segurar" a redução da taxa Selic nas próximas reuniões.   Mesmo assim, os preços dos produtos ao consumidor final deverá pressionar a inflação.  Não há almoço grátis, já diz o ditado popular.  É uma "lógica cartesiana".

            Ossami Sakamori

sexta-feira, 17 de maio de 2024

Viva, mineradoras brasileiras!


Enquanto o Presidente da República, Lula da Silva, digladia com o governador do Estado de Rio Grande do Sul, quem fica com o "espólio" dos estragos causados pelas chuvas torrenciais que abateu o extremo sul do País, cujas questões econômicas dependem sobremaneira de uma política econômica que oriente os investidores nacionais e estrangeiras, o subsolo brasileiro está sendo "vendido" e "dilapidado" pelas empresas transnacionais.  

           No nordeste mineiro, precisamente, na região de Araçuaí, está em plena atividade a exploração do minério donde se extrai o "lítio", elemento essencial para fabricação de baterias de automóveis elétricos, sobretudo.  O lítio é abundante nos nossos vizinhos, Peru, Chile e Bolívia, essencialmente.  A mineradora em referência, é uma canadense, Sigma Lithium, listado na Bolsa de Toronto.  Faltou brasileiro de "visão" e de "culhão" para encarar os investimentos na área de "metal branco", que será promissor para as próximas décadas. 

            Mais recentemente, a Forbes & Manhattan ou a BHP, a maior mineradora do mundo, um grupo anglo-americano, conseguiu licença do governo de Amazonas, para explorar o potássio, na área indígena, denominada de Autazes.  A empresa subsidiária no País, se denomina Potássio do Brasil.   Há notícias de que o grupo Blairo Maggi, tenta entrar como sócio minoritário da nova mineradora, apenas, como sinal de boa vontade pela transnacional.   

           Ainda, na área de mineração, o Ministério Público Federal, no Pará, pediu à Justiça para anular o contrato de concessão de minério de ouro, um projeto bilionário, para exploração do metal mais precioso do mundo, pela canadense Belo Sun.  O projeto bilionário ou de trilhões, se situa no local denominado de Volta Grande, no rio Xingu.  Isto é um completo "escárnio" para com as mineradoras brasileiras.  

            A boa notícia, no meio de tantas ruins para o capital nacional, coisa recente, o Consórcio Brasil, composto pelo CSN (16,30%), Litel (fundos de pensão) com 10,43%, grupo Opportunity com 5%, associado com Sweet River (Nations Bank) com 5% das ações, totalizando 41,73%, adquiriu as ações da Vale S/A ou a nossa velha conhecida, Vale do Rio Doce.   Dentro deste contexto, o Presidente Lula, quer fazer nomeação política do Guido Mantega para Presidência da Companhia.   Isto, tudo, falo da indicação política, é uma verdadeira afronta aos investidores brasileiros.

             Que o recente exemplo da Vale sirva para outras mineradoras estrangeiras, com valores estratégicos para o País, como o lítio, o potássio e o ouro, este último como alternativa para "reserva cambial" do País. 

             O Brasil precisa acordar, antes que o País sejam "vendidos" aos investidores supra nacionais, as nossas valiosas "reservas minerais estratégicas" para a sobrevivência e autonomia do País.   Falta de espírito de brasilidade aos dirigentes políticos do Brasil.

              Viva, mineradoras brasileiras!

              Ossami Sakamori 

quinta-feira, 16 de maio de 2024

A procura de energia verde

 

Com as enchentes e inundações no estado do Rio Grande do Sul, devido às chuvas proveniente do fenômeno já conhecido pelos brasileiros e em especial pelo povo gaúcho.  Segundo o registro do fenômeno na região, a última ocorrência semelhante já ocorrera em 1941, portanto, sem nenhuma novidade.  A diferença é que àquela época, a ocupação das cidades como a Porto Alegre e cidades rio acima, não eram "densamente" povoadas.

           Enquanto o Brasil não está preparado para enfrentar o efeito climático devido ao fenômeno já conhecido há décadas, a ocorrência de aumento de temperatura do planeta, nas últimas décadas, tem preocupado os ambientalistas do mundo todo.   Tanto assim, que as empresas petrolíferas do mundo todo tem-se reunido, anualmente, desde 1980, num evento denominado de CERAWeek, considerada a Conferência de Davos do setor de energia.   A conferência se reúne, anualmente, os principais executivos das Companhias petrolíferas, incluído a nossa Petrobras, além de formuladores de política públicas.  

           A última conferência, edição 2023, bateu recorde de público, tendo recebido mais de 8 mil pessoas entre 6 e 10 de março de 2023. O Brasil se fez presente com o presidente da Petrobras, o recém demitido e o ministro de Minas e Energia do Governo Lula.  A conferência voltou-se a apresentar as novas fontes de energia, além do petróleo, tão necessária para descarbonizar a atmosfera com uso de energias alternativas, como hidrogênio verde e outras fontes alternativas de geração de energia como a solar ou as eólicas.

          Ironicamente, o presidente da estatal brasileira, Jean Paul Prates, foi demitido, segundo noticiário da grande imprensa, da Petrobras por estar investindo em energia alternativa como a eólica e a produção de H2V, o hidrogênio verde.  Os sucessivos governos do País reclamam sobre as mudanças climáticas, mas nada fazem para o enfrentamento do fenômeno planetário.  

            Dá-se a impressão de que os governos de plantões, ficam torcendo para que os desastres ambientais aconteçam, para "sair em socorro", com o objetivo de passar como o "salvador da Pátria" perante o seu "curral eleitoreiro".  E, sempre, haverá uma Magda Chambriard, em prontidão, esperando a queda do presidente antecessor, da maior estatal brasileira, a Petrobras.  

           Ossami Sakamori              

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Magda Chambriard na Petrobras


De princípio, nada a comentar, sobre a substituição do, até então, presidente da Petrobras, Jean Paul Prates na presidência da Petrobras.   Ele é senador da República pelo Rio Grande do Norte e dono de consultorias na área de petróleo.   A nova presidente da Companhia vai ser a ex-funcionária da Petrobras e que comandou a ANP - Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível, no período do governo Dilma Rousseff. 
          Segundo a grande imprensa, a nova presidente da Petrobras, tem um perfil mais "desenvolvimentista" do que o do Prates.  "Se o país não emprega a mão de obra nacional na indústria, no final das contas estará afetando a própria democracia brasileira", disse a  engenheira Magda Chambriard, engenheira e ex-funcionária da estatal, por 22 anos.  A engenheira Comandou a ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis durante o governo Dilma Rousseff.   Ela começou a carreira na Petrobras em 1980, na área de produção.  Ela é, atualmente, consultora na área de energia e petróleo com mestrado em Engenharia Química pela COPPE/UFRJ.
             Esperamos que a nova Presidente da Petrobras, seja competente como presidente da maior Companhia brasileira do País ao lado da mineradora Vale.   A Petrobras, na época passada, exatamente na gestão da Presidente Dilma, PT/MG, teve vários dissabores e prejuízos para a Petrobras como a compra da Refinaria Pasadena e venda de ativos nobres no Golfo do México e a venda de participações minoritárias nos poços do pré-sal da costa ocidental do continente africano, ao "preço de banana".  


            A essa altura, como simples cidadão brasileiro, não tenho nenhum motivo para duvidar da capacidade da engenheira Magda Chambriard.  Apenas, desejo que a nova presidente tenha sucesso à frente da maior e mais antiga estatal brasileira e torcer para que a Petrobras não seja usada, novamente, como "lavanderia" de dinheiro da corrupção, tal qual ocorrera no passado recente. 
             Sucesso, engenheira e gestora Magda Chambriard  à frente da Petrobras !

              Ossami Sakamori       


terça-feira, 14 de maio de 2024

A letargia toma conta do Brasil

 

Infelizmente, o País patina para chegar à posição de 8ª economia do mundo, deixando para trás a França, atual detentor da posição.  Os grandes empresários brasileiros, que não são poucos, e investidores produtivos estrangeiros, estão com os "dois pés" atrás com a situação política do País.  Os investidores produtivos brasileiros tem medo de fazer investimentos num país sem uma definição clara da sua política econômica, essencial para fazer os seus investimentos, como indústrias e serviços, que ocupariam a grande massa de mão de obra qualificada, formada ou forjada ao longo de décadas.   

          É errônea a posição defendida por alguns analistas econômicas, como se o Brasil fosse deficiente em mão de obra qualificada.  Essa posição, o País já ultrapassou há algumas décadas.  A indústria automobilística, comandada à época pela Volkswagen e pela Ford, com suas fábricas instaladas no País, ajudou criar as mãos de obras necessárias e essenciais para o desenvolvimento industrial de qualquer país do mundo.   Que seria, hoje, os Estados Unidos sem as indústrias automobilísticas do Detroit, à época.  

           O Brasil, ao contrário do que se comenta, conta com o capital humano de nível superior, em abundância, a tal ponto de "exportar" ou "emigrar" a preciosa capital humana, para se servirem como mão de obra braçal nos países do Primeiro mundo como na União Europeia, Reino Unido e Japão.  O Brasil investiu em capital humano, em "nível superior", para prestar serviço de "chão de fábrica", em serviços braçais, nos países do Primeiro mundo, incompatíveis com os investimentos feitos em educação pelos governos e formação de mão de obra pelas iniciativas privadas. 

           Talvez, o atual Presidente da República, o então, operário do chão de fábrica de uma indústria automobilística multinacional, não tenha apercebido da importância da formação cultural e técnica, moldada ao longo de décadas, pela sua súbita ascensão política, sem ter tido o ensino superior.   Infelizmente, o seu exemplo vem sendo copiado pela população brasileira, o da pouca importância na formação cultural e científica.  O viés da política do atual Presidente da República é a conquista social, via "redistribuição de renda" forçada ou programada via a dita, "política social", para continuar sendo parte do seu "curral político eleitoreiro". 

            O Brasil, com enorme potencial territorial, uma das maiores do mundo, situado em região tropical e temperado, propícios para agricultura sustentável, em duas safras, a de verão e de inverno, ainda, continua vendendo seus produtos, a maior parte deles, como "primários", sem nenhuma agregação de valores.   O País exporta seus commodities em toneladas e importamos os produtos acabados em quilogramas ou em gramas, em muitos casos.

            A continuar nesta trajetória, sem uma política econômica, claramente definida, o Brasil continuará, eternamente, em "berços esplêndidos", porém, nas mãos dos capitais transnacionais.  

             Ossami Sakamori

segunda-feira, 13 de maio de 2024

Bravo povo gaúcho !

 

Aproveitando o comentário do José Casado na revista Veja e pedindo licença ao mesmo, de aproveitar trechos do seu comentário, incumbe-me, comentar os aspectos que acho comum com o meu ponto de vista.  Eu, morando na capital de todos paranaenses, fazendo parte da população da denominada Região Sul, somo-me aos comentários dos mais notáveis dos meios de comunicações, que em brevíssimas palavras, manifesto-me na sequência.

            O recente e ainda em andamento, o as chuvas torrenciais e inundações que são acometidos a região do Vale do Rio dos Sinos, cuja imigração na região começou nas primeiras décadas do século XIX, precisamente em 1824, com a colonização da localidade de São Leopoldo. 

          Seguindo, ainda, o comentário do José Casado, "com mais de dois terços do território atingido, o Rio Grande do Sul deixa o País atônito por "espelhar" as debilidades nacionais, agravadas nas ultimas cinco décadas da estagnação social e econômica, os gaúchos formaram uma sociedade que se distingue no mapa brasileiro pela qualidade de vida, superior à da média nacional." 

            É a terceira devastação do Rio Grande do Sul por enchentes em oito meses, que já contabilizam mais de 146 mortes e dezenas de pessoas desaparecidas.  O estado, ainda contava com dois anos seguidos de severas estiagens.   A recente e atual devastação devido a enchentes, de prejuízos econômicos imensuráveis, os poderes públicos, tem feito muito pouco, a não ser a presença ostensiva da Força Aérea e a presença esparsas do Exército brasileiro, em relação à presença de "pessoas anônimas" vindo de todos rincões do País para socorrer as vítimas das enchentes.  A Marinha brasileira, manda o maior navio de guerra capaz de transportar 400 toneladas de alimentos e socorros, ancorado no porto do Rio Grande, no extremo sul da Lagoa dos Patos, a 320 km da capital gaúcha.  Sinceramente, não sei o que o navio de guerra, a maior, da Marinha foi fazer no Rio Grande do Sul, tão distante do foco das tragédias.   

         O Governo federal, através do seu Presidente, fez, como sempre faz, o sobrevoo das regiões atingidas, com promessas de recursos, os de "praxe", liberação antecipada de "bolsa família", FGTS e recursos já previstos no Orçamento fiscal de 2024.  A ministra do Planejamento propôs e aguarda a liberação pelo Congresso Nacional, o "Orçamento de Guerra" para atender os socorros emergenciais, sem precisar exatamente como e em que montante de recursos.  

        No meu entender, o poder público, sobretudo, o Governo federal, está com boas intenções, mas a "efetivação" das medidas propostas e liberação de recursos, ainda estão por acontecer.   Espero que, desta vez, as medidas anunciadas, cheguem, celeremente, na ponta do desastre ambiental.   O tempo urge!

           Fica aqui, sobretudo, o meu profundo pesar pelas vidas perdidas no pior desastre ambiental dos últimos tempos e enaltecer os trabalho dos bravos socorristas de todos rincões do País, que estão, dia e noite, trabalhando para tentar minorar as dores da população gaúcha.

            Ossami Sakamori  

domingo, 12 de maio de 2024

O cavalo "Caramelo"

 

O resgate do cavalo do telhado de um galpão, no meio de flagelo de enchentes no estado do Rio Grande do Sul, "viralizou" nas redes sociais e nos noticiários dos principais meios de comunicações do País.  O resgate do cavalo que ganhou o "apelido" de "Caramelo", foi motivo de notícia ao Presidente da República do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, levada pela primeira dama, Janja, no meio de transmissão da fala do Presidente Lula, pela TVs brasileiras.  

           Segundo a grande imprensa, o cavalo "Caramelo", está muito bem, após receber "tratamento VIP", pelos socorristas de seres humanos, da maior enchente da história do Rio Grande do Sul.   No dia a dia, um equino é utilizado para carregar cargas ou serve de montaria para os capatazes das grandes fazendas pelo interior do País.   Os cavalos, no Brasil, prestam serviços insubstituíveis ao ser humano.   


          Curiosamente, a situação do "Caramelo" em cima do telhado, em situação vulnerável, magérrimo por falta de alimentação, é o retrato do povo brasileiro.   O brasileiro comum, viu-se no "Caramelo" a sua própria imagem e situação, a do abandono pelo poder público, em todos níveis e por todos matizes ideológicos.  Alguns, falo da população brasileira, são "recuperados" da vida rude e sofrida do seu dia a dia, subservientes aos "caciques" locais ou mandatários de plantões. 
          A estrutura da sociedade brasileira, embora, sistema democrático, funciona como um "feudo", onde poucos tem privilégio de dominar o seu território, conquistado com suor ou conseguido em fazendo parte dos políticos dominantes, de cada região.   A sociedade brasileira, tem a sua Constituição, que "em tese", traria igualdade de oportunidades para todos, mas na prática isto não acontece.  A "picanha" e "cervejinha" nos finais de semana, não são para todos, são para poucas "castas" da sociedade brasileira.
            Sorte ou azar do "Caramelo" que foi "adotado" pela Primeira dama do Brasil, a Janja.  Mas, por outro lado, o "Caramelo" serviu, também, para mostrar ao País, quais são as prioridades para os Governos de plantões. 
            PS: Um feliz dia das mães, presentes e ausentes de cada um de nós!  
             Ossami Sakamori   

sábado, 11 de maio de 2024

O "day after" das enchentes no RS


Enquanto a nossa primeira dama, Janja, mulher do Presidente Lula, se preocupa com a salvação do cavalo "caramelo" e assistimos há uma semana as cenas de enchentes devido a tempestade no Rio Grande do Sul e grande parte da população brasileira se preocupando com uma das piores enchentes dos últimos tempos, no Brasil, com vítimas fatais que, até ontem, já ultrapassavam 146 vidas, isto tudo parece ser apenas o início de descobrimento da "realidade" que está por vir, após o recuo das enchentes.  
           Isto tudo, após o "escoamento" das águas decorrentes das chuvas torrenciais devido ao fenômeno conhecido entre nós, brasileiros, como La Niña, que ocorre, quase que sistematicamente, todos os anos, em maior ou menor grau de intensidade, a realidade se tornarão "desnudas", sem maquiagem das águas de enchentes que cobrem uma boa parte das cidades ribeirinhas da região de Canoas ao municípios do grande Porto Alegre.  Os detalhes da devastação, ainda está por serem mostrados pela imprensa, quando o leito dos rios voltarem ao seu leito normal, de antes da tempestade.   
         Eu, com um pouco mais de conhecimento sobre a macroeconomia do que o da equipe econômica do Governo Lula,  permito-me fazer análise de quanto deverá ser o prejuízo da população gaúcha, incluído o dos poderes públicos, pequenos e grandes empresários, de agricultores de pequena e de grande escala, comerciantes de varejo, atacadistas, pequenas e grandes indústrias e sem número de atividades que deixei de citar.  
           Fazendo paralelo ao caso brasileiro, o economista chefe da Moody's, Mark Zandi, calculou que os fenômenos dos furacões Irma e Harvey, nos Estados Unidos, juntos deixaram entre US$ 150 bilhões e US$ 200 bilhões, em danos provocados contra imóveis, veículos, lojas e infraestruturas públicas.  O furacão Harvey, atingiu o estado de Texas em 2017 e foi o desastre natural um dos mais caro da história dos Estados Unidos.
      Fazendo analogia aos fenômenos ocorridos nos Estados Unidos, o prejuízo global do Estado do Rio Grande do Sul, deverá atingir entre R$ 500 bilhões a R$ 1 trilhão, incluindo os prejuízo dos poderes públicos, da inciativa privada e da própria população.  Este último segmento, a população atingida, que estão perdendo além das suas moradias, os bens e animais de estimação e sobretudo de entes queridos mais próximos, serão os mais prejudicados.
        A hora não é adequada para "se mostrarem" nas redes de televisão ou nas redes sociais, a adoção de animais de estimação, como o vitrine e sim "sentir" e "estar solidários" junto com os gaúchos, a "dor das perdas irreparáveis" de entes queridos e de perdas patrimoniais imensuráveis. 
         A minha solidariedade, a da minha família, a dos meus amigos e a da população brasileira aos bravos povo gaúcho, diga-se de passagem, os desbravadores das fronteiras agrícolas do País.   O Brasil deve muito ao povo gaúcho.  É hora de retribuí-lo.
          PS: A foto do topo é resultado do furacão nos Estados Unidos.
             
                Ossami Sakamori

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Enchente. O povo gaúcho paga duas vezes


Ontem, dia 8, o Presidente Lula, PT/SP, anunciou obras no valor de R$ 18,3 bilhões do novo PAC - o Plano de Aceleração do Crescimento.   Entre as obras, estão as ações de prevenção a desastres naturais e contenção de taludes.   Dependendo da rubrica que será liberado, os recursos, poderá, eventualmente ser contabilizado como parte do "Orçamento de Guerra", anunciado pela ministra do Planejamento, Simone Tebet.  

          Para quem não tem familiaridade com o assunto do Orçamento Fiscal da União, os gastos públicos estão limitados pelo Orçamento da União, deste ano, aprovado no em 2023, pela LDO de 2024.  No entanto, o Governo federal, pode, em querendo e sendo aprovado pelo Congresso Nacional, efetuar os "gastos extraordinários", no caso específico que estamos a falar, sobre o socorro aos atingidos pelas enchentes, que vai de auxílio de toda natureza para a população atingida pela tempestade e obras de infraestrutura dos municípios atingidos, "dispensando" as formalidades de praxe incluído as licitações públicas. 


          A lei complementar apresentado pela ministra Simone Tebet, a mais conhecida como Orçamento de guerra já é nossa velha conhecida fórmula, onde "não há teto para gastos", além de dispensa de uma série de exigências legais e fiscais, como licitações públicas.   Na minha avaliação, já comentada na matéria precedente, o montante sob este título poderá variar de R$ 25 bilhões a R$ 250 bilhões, que vigorará enquanto houver obras e ou serviços contemplados sob esta rubrica.   O montante de gastos, embora "extra LDO de 2024", estará inserido nos gastos públicos e impactará diretamente na política fiscal aumentando ainda mais o déficit fiscal de 2024.   Desta vez, os culpados serão os bravos povo gaúcho, que já sofre com as perdas humanas irreparáveis e prejuízos financeiros e econômicos imensuráveis e irreparáveis.  
            O Presidente Lula promete fazer visita a todos municípios após a estabilização do clima, certamente, para levar a notícias de socorro aos necessitados, para "colher" o fruto do Orçamento de guerra pagos pelos contribuintes brasileiros, inclusive pelos contribuintes gaúchos.   O Presidente Lula, costuma, à sua maneira, usufruir os benefícios da "bem querência" da população brasileira.  Neste quesito, o atual presidente, que chama o anterior Presidente de "aquela coisa", é muito "craque" nisto.
           Há pessoas que riem da desgraça alheia e tiram o proveito dela, como citada anteriormente.  Isto faz parte do cotidiano da política em todo mundo, sobremaneira, no nosso Brasil.  
                  Ossami Sakamori

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Selic deverá cravar em 10,50% aa


Hoje, é dia de "aposta" do mercado financeiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central, mais conhecido como COPOM, vai definir hoje, quarta-feira, a taxa básica de juros Selic que vai vigorar nos próximos 45 dias, ao menos.   Para melhor entender, o colegiado do COPOM é formado por 8 diretores do Banco Central e o seu presidente Roberto Campos Neto, o presidente do Banco Central.  

         A atual taxa Selic está em 10,75% ao ano e a dúvida é a nova taxa de juros, referência para os juros da dívida pública brasileira, a do Tesouro Nacional, virá ou não com "corte" esperado pelo mercado financeiro, em função dos indicadores da economia do País se encontrar em nível de estabilidade de preços e o crescimento econômico estar dentro do patamar que assegure o mínimo de desenvolvimento do País.  Isto faz parte da política monetária de qualquer país do mundo desenvolvido, sob encargo dos respectivos Bancos Centrais.  

          Questiona-se muito, a independência do Banco Central com a da administração pública federal, sobretudo do Ministério da Fazenda e do Ministério do Planejamento que executa a política fiscal que administra as receitas e os gastos do Governo federal.   O atual Presidente da República, Lula da Silva, PT/SP, do Poder Executivo, questiona publicamente sobre a taxa básica de juros, numa tentativa de manter o Banco Central sob sua jurisdição.  Nas épocas passadas, antes do Plano Real, as coisas se misturavam e o resultado era invariavelmente a inflação "galopante", que castigava sobremaneira a população de baixo poder aquisitivo. 

          O Poder Executivo, por outro lado, deveria cuidar dos seus projetos, não deixando a política fiscal contaminar a política monetária, com a consequente volta da inflação.   A preocupação da estabilidade do preço é objetivo todos os países do mundo, minimamente, organizados, inclusive do Brasil.   O Poder Executivo, representado pelo Presidente da República, deveria se preocupar em desenvolvimento do País, com uma política econômica que atenda todos os segmentos da economia, englobando o poder público, ao invés de tentar culpar o Campos Neto do Banco Central.

           Feito o preâmbulo, a taxa Selic que será anunciada hoje, após o fechamento de mercado financeiro, acompanhando a taxa de juros do Tesouro americano, em "estabilidade" deverá vir com uma pequena redução ao nível de 0,25%, passando a nova taxa de Selic para 10,50% a vigorar para os próximos 45 dias.   

           É isto!  Sem rodeios!

           Ossami Sakamori

terça-feira, 7 de maio de 2024

Orçamento de guerra para RS


Em entrevista coletiva, após a assinatura do Decreto legislativo do Lula, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que já está combinado com o presidente do Senado Federal e presidente da Câmara dos Deputados, para ser aprovado em regime de urgência, urgentíssima, o Decreto Legislativo para socorro ao Rio Grande do Sul.  A desgraça para o povo gaúcho pelo temporal e as consequências que já contabilizam dezenas de pessoa mortas e centenas de pessoas desaparecidas, vem resolver parte da gastança do Governo Lula, com dificuldade de fechar o Orçamento fiscal de 2024, criando um novo "marco fiscal" (sic) para tomar medidas céleres em apoio ao ente subnacional afetado pelas fortes chuvas e enchentes provocadas nos últimos dias.  
           Segundo a ministra do Planejamento, apesar da maior flexibilização, assegurou que a meta fiscal de déficit zero para o ano, como prevê LDO, a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 está mantida.   A explicação da Simone Tebet, soa como "escárnio" ou "chacota" para com os simples população, que tem pouco ou nenhum conhecimento sobre a "contabilidade fiscal" do Governo federal.  O Governo federal, que se vire para dar socorro às vítimas do desastre!
           Para os leigos entenderem, o Decreto legislativo, conhecido como "Orçamento de Guerra", em tese, não terá "teto" para gastos, sob o título de "socorro ao Rio Grande do Sul".  Apesar de finalidade do Orçamento de Guerra ter como socorro específico ao estado do Rio Grande do Sul, não necessariamente, passará pela "tesouraria" do Governo daquele estado.   Certamente, a administração destes recursos se farão através de órgãos do Governo federal naquele estado do sul.   O governador Eduardo Leite, PSDB/RS, apenas, verá a estrutura do Governo federal no Estado do Rio Grande do Sul, de domínio do PT, se movimentando, com "robusto" Orçamento de Guerra, já citado.    
            Os gastos do Orçamento de Guerra, dispensa as burocracias, como "licitações públicas" para realização de qualquer ação, como obras de infraestrutura e ou compras governamentais.   Este filme, já vimos em 2020, com "Orçamento de Guerra" para combate à pandemia do Covid-19, onde foram gastos cerca de R$ 750 bilhões, extra Orçamento fiscal daquele ano.   A minha previsão é de que o "Orçamento de Guerra para Rio Grande do Sul", ultrapassará o Exercício fiscal deste ano e deverá terminar de R$ 50 bilhões a R$ 250 bilhões. 
            Independente do comentário acima sobre os gastos públicos, o povo gaúcho merece as nossas mais profundas condolências pelo desastre climático que, ceifaram dezenas de vidas e causaram danos materiais irreparáveis, que nenhuma ajuda humanitária ou governamental vai minorar o sofrimento da população gaúcha.
          As nossas, deste que escreve e dos leitores deste, as mais profundas condolências às famílias das vítimas do desastre ambiental aqui comentado. 
              Ossami Sakamori

domingo, 5 de maio de 2024

Um sinal de alento no futuro do País

Há um desânimo generalizado no meio empresarial brasileiro, com raríssimas exceções, devido ao rumo ou "falta de rumo" da economia do País, cujo comando atual é do Presidente Lula.   Não há, até este momento, uma "política econômica", delineada que direcione os investimentos produtivos no Brasil.  Porém, por outro lado, algumas empresas transnacionais, como as montadoras de veículos automotores veem no País, de 203 milhões de habitantes, um potencial para expansão dos seus negócios.   Outras tantas, como a Ford e Volkswagen, as pioneiras no Brasil, estão "tirando o time do campo".  

         Os sinais de desânimo no setor são evidentes desde 2020. Além das empresas citadas acima, a Mercedes-Benz e a Toyota fecharam as fábricas.   A fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia, foi adquirida pela montadora chinesa, a BYD, que irá produzir os híbridos e elétricos.  A BYD está no Brasil desde 2023, com fabricação de ônibus elétricos. 

    Dentro deste contexto, que a empresa brasileira, a Caoa, fabricante da montadora chinesa Chery, instalado em Goiás, deve investir R$ 4,5 bilhões até 2028.   

     A Stellantis, grupo franco-ítalo-americano, deve produzir os modelos de veículos, já conhecido pelos brasileiros, pelos modelos Fiat e Jeep.   O grupo Stellantis deverá ter sua produção de híbridos flex, na sua unidade em Pernambuco, à partir de 2024.  Além disso, em comunicado, a empresa deve produzir na sua unidade em Goiás, a primeira planta no Brasil, de veículos 100% elétricos, ainda sem data definida para o início da produção.

          No Brasil, além do setor têxtil, a indústria automobilística, sempre foi o "carro chefe" da economia.  Os novos investimentos e  importação de novos produtos automotivos, estão a indicar que, apesar do fechamento das fábricas tradicionais, o mercado brasileiro tem potencial de crescimento para os próximos anos, para o alento da população brasileira.  Se as empresas transnacionais, não estão preocupados com os governos de plantões e acreditam no crescimento econômico sustentável do País, não seremos nós, os brasileiros, a contestar a realidade dos fatos.

           Ossami Sakamori