Criou-se grande polêmica entorno da negativa do pedido de licenciamento ambiental do IBAMA para a Petrobras explorar a Margem Meridional do pré-sal, um espaço ao longo do mar que vai do Estado do Amapá ao Estado do Rio Grande do Norte, para "preservar", segundo IBAMA, os manguezais existente ao longo da margem, a terceira maior do mundo, atrás apenas da Indonésia e da Austrália, segundo ricas informações do ambientalista João Lara Mesquita.
A reserva estimada de petróleo da região considerada é de 12 bilhões de barris, do tipo pesado, que leva a denominação de TWI, equivalente ao preço de hoje, cerca de US$ 840 bilhões, com royalties, estimados em US$ 200 bilhões, para estados e municípios costeiras. Para se ter ideia, a reserva estimada de petróleo no pré-sal, atual, da costa leste do País, é de 43 bilhões de barris, do mesmo tipo daquela reserva em demanda.
Duas considerações a fazer: a primeira é de que a reserva do pré-sal da costa oriental do Brasil, que vai do Rio Grande do Sul a Rio Grande do Norte, passando pelas cidades de Florianópolis a Natal, englobando as cidades e biomas importantes como de Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Santos, Vitória, Salvador, Maceió, Recife João Pessoa e Natal. Se mantiver a mesma coerência, o mesmo IBAMA deveria "lacrar" todas plataformas continentais da costa leste do País, em atividades.
A Petrobras e suas subsidiárias tem expertise suficientemente testada para habilitar-se à exploração do petróleo na costa meridional do País. Além de tudo, o combustível fóssil tem horizonte próximo a ser substituído por outros tipos de gerações de energia. Fez certo a Noruega, que explorou o petróleo do seu pré-sal e tem hoje o seu Fundo soberano com cerca de US$ 1 trilhão em ativos financeiros, que mantém a qualidade da vida do seu povo, além de contribuir com o volume expressivo ao Fundo Amazônia para preservação do nosso bioma.
Está na hora de Brasil financiar a preservação do seu próprio bioma, como Amazônia, Cerrado e Pantanal, com as reservas financeiras provenientes da exploração do petróleo do vasto pré-sal ao longo da costa, como fizeram os noruegueses.
Enquanto a Amazônia padece, de recursos financeiros e o nosso presidente da República fazendo périplo pelo mundo, com "pires na mão", mendigando recursos, o próprio Governo e as iniciativas privadas, se preocupa, apenas, em gastar muita saliva e pouco suor.
PS: A vida do ser humano da costa leste do País, vale menos que a vida dos caranguejos da costa meridional do Brasil.
Ossami Sakamori
2 comentários:
É um contrassenso!
Oledir Silva
Postar um comentário