Hoje é quarta-feira, dia 3 de maio, dia em que o COPOM - Conselho de Política Monetária do Banco Central vai se reunir para definir a taxa básica de juros Selic, que vai vigorar até a próxima reunião, que ocorrerá no dia 20/21 de junho. A expectativa do mercado financeiro é de manutenção da atual taxa básica de juros Selic que está em 13,75% ao ano ou uma queda simbólica de 0,5%.
Todos que acompanham os meus comentários neste blog sabe da minha opinião à respeito da taxa básica de juros Selic, que, no nível de 13,75% ao ano, que está excessivamente alta, comparado com a meta de inflação do próprio Banco Central, que é de 5,8% em 2023 e projeção de crescimento do PIB de 1,2%, atualizado para 2023. Em 2022, a economia do País cresceu 2,9%, apesar da taxa básica de juros Selic ter terminado o ano nos atuais 13,75% ao ano.
Nos Estados Unidos, o FED - Federal Reserve, o Banco Central, na reunião de hoje, tem a tendência de aumentar em 0,5% ao ano à taxa básica de juros médios, dos atuais intervalo de 4,75% a 5% ao ano, conforme o prazo de resgaste. A inflação americana anda por volta de 5% ao ano, índice medido em abril, com referência ao mês de março. O PIB americano cresceu 2,1% em 2022, enquanto o PIB do Brasil cresceu 2,9% para o mesmo ano. O Banco Central do mundo global, acompanha a política monetária do FED, até porque a moeda de transação internacional é feito em "dólar americano" desde 1944.
Enquanto, no Brasil, a inflação acumulada dos últimos 12 meses, referência mês de março, é de 4,65% e a expectativa do Banco Central Brasil é de 5,8% em 2023 e 3,6% em 2024. Como vocês sabem, a política monetária é do Banco Central e a política econômica é do Ministério da Fazenda/Planejamento. Em resumo, o Banco Central cuida da estabilidade da moeda, o real, e a Fazenda/Planejamento cuida da política econômica, que a equipe econômica do Presidente Lula deu a ela, "política econômica", de "arcabouço fiscal". Para quem não tem familiaridade com os termos da macroeconomia, o controle da moeda ou da inflação, se denomina "política monetária".
A política da taxa básica de juros Selic, que no Brasil, considera tão somente a inflação passada e projeção da inflação futura, o balizamento da taxa básica de juros nos Estados Unidos, segue como principal componente a inflação passada, mas, sobretudo o índice de desemprego do país.
Feito as considerações iniciais, o Banco Central deveria ter como horizonte a atual fase do setor industrial e comercial que está levando as grandes corporações entrarem em situação de falta de liquidez, levando muitas destas à situação de insolvência. Vide, situação da Americanas e Itaipava que solicitaram recuperação judicial e as montadoras Toyota e Ford deixarem o País por não encontrarem ambiente de investimentos produtivos.
Na minha opinião, o Banco Central deveria cortar os juros Selic dos atuais 13,75% pelo menos em 1,5% na reunião do COPOM de hoje e durante o ano cortar mais 3%, terminando o ano com 9,25% ao ano, sem causar nenhum transtorno, apesar do Governo Lula, perdulário e gastador. A alta taxa básica de juros é freio para crescimento econômico do País, se calibrado, equivocadamente, como está sendo feito hoje. Gastar o parco dinheiro é segredo de um bom Governo, em qualquer parte do globo.
Ossami Sakamori
3 comentários:
A justificativa para juros reais muito altos é o equivalente risco para financiar nossa divida pública. Adicionalmente somos dados a questionar contratos e compromissos assumidos.
Concordo que selic alta é um freio para o crescimento econômico, mas , sempre estr mas para nos incomodar , com este governo perdulário e destranbelhado , fico em dúvida se não é melhor ir afrouxando a Selic aos poucos,sempre de olho na inflação!!! Isto devido falta de compromisso do atual desgovernado com a situação econômica do País!!! Ao ponto de querer “ emprestar” nossos parcos recursos á Argentina, que não tem “ um gato para puxar pelo rabo “ (é calote na certa ) 🤦♀️🤦♀️🤦♀️
Considerando seus comentários dá para notar que seu pensamento está alinhado com a fala de Lula que culpa o BC pelos problemas do Brasil. É isso mesmo?
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