segunda-feira, 15 de maio de 2023

Os combustíveis devem baixar !

 

No mercado internacional, o preço do petróleo, tipo Brent, a mais leve, está sendo contado ao nível entre US$ 70 a US$ 75, mesmo faixa de preço praticada antes da crise financeira devido ao bloqueio da compensação bancária à Rússia, em represália ao conflito com a Ucrânia, acontecido em 26 de fevereiro do ano passado, 2022.   

          Vamos lembrar que o preço do petróleo, na pior fase da crise de energia na União Europeia e Reino Unido, chegou a ser negociado a US$ 130 cada barril do tipo Brent.  O nosso petróleo extraído da bacia do pré-sal, não é o do tipo leve, mas do tipo TWA, o mais pesado, que tem cotação, ligeiramente mais barato do que do tipo Brent.    A Petrobras é obrigado a fazer o "passeio" do petróleo, vendendo o nosso petróleo pesado e importando o petróleo leve dos árabes, porque as nossas refinarias não processam o petróleo pesado.   A Petrobras vende o petróleo do tipo TWA e compra o petróleo do tipo Brent, num verdadeiro passeio de petróleo.

         De toda forma, "noves fora", o preço do petróleo no mercado internacional reflete "negativamente" para a Petrobras, mas reflete "positivamente" na economia como um todo, porque o componente custo de transporte reflete nos produtos que a população consome.   Esperamos que a Petrobras pratiquem o preço de combustíveis, diesel e gasolina, aos níveis praticados no mercado internacional, contribuindo com a queda da inflação.

          Neste momento, a inflação no mundo global está acompanhando a inflação dos Estados Unidos em nível de 5% ao ano e na União Europeia e Reino Unido nos mesmos níveis.   Enquanto isto, no Brasil, a inflação anual, fechado no mês de março registrou 4,65%, ainda superior a meta estabelecido pelo Banco Central em 3%.  Espero que a queda de inflação nos países do primeiro mundo, reflita no mercado doméstico brasileiro.

         Na minha opinião, independente da briga pela imprensa entre o Presidente Lula e o Campos Neto do Banco Central, a taxa Selic, deveria gradualmente, ajustar aos níveis da inflação presente, que se aproxima celeremente da meta de inflação do Banco Central, de 3,25% ao ano.   Como fator contra, há uma incerteza na economia do Brasil devido ao "déficit primário", o dinheiro que falta para pagar as contas do Governo federal, incluído as da Previdência Social, exceto serviços de dívida pública, projetado no "arcabouço fiscal" da dupla Fernando Haddad e Simone Tebet, aos níveis de R$ 300 bilhões, se não contar com os recursos extraordinários das reoneração dos benefícios fiscais concedidos pelos governos anteriores.   Mesmo contando com os recursos extras de cobranças judiciais, o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" previsto no arcabouço fiscal será algo como R$ 150 bilhões para fechar as contas do Governo federal.   Não adianta trocar o nome de política fiscal para arcabouço fiscal, o resultado do "rombo fiscal" é o mesmo!

          Resta saber se a baixa do petróleo no mercado internacional, aos níveis de antes da guerra Ucrânia x Rússia, será praticada pela Petrobras, agora, sob administração do Governo Lula ou vai encontrar um motivo qualquer para não fazê-la. 

          Ossami Sakamori

Um comentário:

Anônimo disse...

Vamos aguardar o que vão fazer !!!!