sexta-feira, 19 de maio de 2023

Brasil. Onde erramos?

 

 Manter o povo na ignorância é a fórmula encontrada pelos governantes dos países do terceiro mundo como o Brasil.   Não sou eu a afirmar que o País é do terceiro mundo.  Os fatos que ocorrem no Brasil, em termo de Orçamento público é estarrecedor e por si só, atestam que somo um país tal qual.   Refiro-me ao Orçamento do Governo federal, incluindo as despesas com a Previdência Social.  A Câmara dos Deputados votou, ontem, a tramitação do novo "arcabouço fiscal" do Governo Lula, já com emendas dos parlamentares à "política fiscal", que se refere às despesas do Governo federal, para ser votado no plenário da Câmara dos Deputados na próxima semana.   Arcabouço fiscal ou marco fiscal é linguagem de um ministro da Fazenda ignorante ou estelionatário, que se refere à "política fiscal".  E, ponto final. 

      Aprovado na Câmara dos Deputados, o "arcabouço fiscal", que já mudou de nome para "marco fiscal", que é uma denominação que está sendo dado pelo Governo Lula, com se as novas designações à "política fiscal", conhecido no mundo inteiro como "fiscal policy" ou "política fiscal", que estabelece o limite de gastos do governo central, tanto nos Estados Unidos, no Japão ou na Turquia produzisse algum efeito prático.   O problema em si, o da aprovação do Orçamento fiscal, que deveria ser aprovado no exercício anterior, isto é, no ano de 2022, deveria ser uma rotina, mas, está sendo um "cavalo de batalha" entre o Governo Lula e o Congresso Nacional, cuja maioria é da oposição.   O Governo Lula tem minoria no Congresso Nacional, o que dificulta sobremaneira a aprovação de qualquer projeto do Governo federal.  

           O rombo fiscal de 2023, a ser aprovado pelo Congresso Nacional,  depois de muita discussão e conduzido magistralmente pelo relator do novo "marco fiscal", deputado Cláudio Cajado, PP/BA e com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Arthur Lira, PP/AL, com ajuste fiscal de R$ 223 bilhões sobre o Orçamento fiscal de 2023.   O valor não contempla o acréscimo do valor de  R$ 145 bilhões, já aprovado e acrescido no apagar de luzes do Governo Bolsonaro, a pedido do Governo de Transição do Governo Lula ao Orçamento fiscal de 2023.   Portanto, o Orçamento fiscal do Governo Lula, prevê gastos de extraordinários de R$ 268 bilhões em 2023, com relação ao LDO de 2023, aprovado em junho de 2022.

           Grosso modo, o "arcabouço fiscal" ou o "marco fiscal" que significa a mesma coisa que a "política fiscal" vai causar "rombo potencial" ou um "déficit primário" de R$ 223 bilhões, que é o dinheiro que falta para cobrir as despesas do Governo federal.   Para o leigo entender, quando falta dinheiro para pagar as contas, o Governo federal busca este dinheiro no mercado financeiro, emitindo novos títulos da dívida pública, pagando a taxa Selic, hoje, em 13,75% ao ano.   Entende-se como "déficit primário", o "rombo fiscal" do Governo federal, que não inclui o pagamento de juros da dívida pública, muito menos o pagamento do principal da dívida.   Desta forma, a dívida do Governo federal, em valor bruto, cresce exponencialmente, cada vez mais próximo do PIB - Produto Interno Bruto do País, que é toda riqueza produzida no País em um ano.  

       O Governo federal, representado pelo Presidente Lula,  neste momento, comporta-se como que de um país do Oriente Médio, sendo que o Brasil é um país ainda em desenvolvimento, carente de recursos para encontrar patamar de desenvolvimento igual aos dos países do Primeiro Mundo.   Enquanto o País não se conscientizar de que somos ainda um país periférico, orbitando ao redor dos países do G-7, o Brasil andará, sempre, em descompasso com o Primeiro Mundo, beijando os pés desses.  Enquanto isso, o Presidente Lula, foi convidado à reunião apartada do G-7, entre os quais a Índia, Malásia e Singapura.  Digamos que o Brasil, na atual situação, comparece à reunião do G-7 para colher as migalhas que sobram para os países periféricos, como os países do G20.  

       Há mais de meio século, ouço os nossos Presidentes da República dizerem que o Brasil é um País do futuro.  Já completei 50 anos de formado em engenharia pela UFPR e vejo sucessivos Presidentes da República dizerem a mesma ladainha, de que somos o País do futuro...

           É um desperdício ver um país com potencial como o do Brasil, estar passando por situações vexatórias como as nossas!  

           Ossami Sakamori             

2 comentários:

Anônimo disse...

Disse um sábio: mais importante do que onde estamos é entender para onde nos dirigimos. Temos validado as mesmas coisas e esperamos resultados diferentes. Explicando, oligarquias nefastas, dominam o Brasil desde sempre, com apoio e conluio dos poderes constituídos, associados a imprensa e igreja. Quando aparece alguém com coragem e determinação, é expurgado por quem nos explora.

Anônimo disse...

Ótima análise Ossami , e assim vamos indo para o brejo . Não tem jeito somos de terceiro mundo , isto porque não tem o quarto mundo …🤬🤬🤬🤬🤬