Na matéria anterior, o colaborador deste blog Daniel Xavier apresentou o IPCA de julho, como sendo confortável. Vocês devem estar imaginando que o índice de inflação está sendo manipulado pelo governo. Dou razão aos leitores porque a inflação do "bolso", aquela que você sente no bolso quando vai às compras, sobretudo nos supermercados, é bem diferente daquele anunciado pelo governo como sendo resultado de uma política econômica acertada.
Vamos à tarefa difícil, mas não impossível, de explicar a diferença entre a inflação oficial "IPCA" e a inflação do "bolso". Vamos lá. Atualmente, a população-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, medidas nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Campo Grande e Goiânia.
Para sistematizar a medição da inflação, o IPCA, o IBGE elegeu o índice geral nos itens: Alimentação e bebidas; Habitação; Artigos de residências; Vestuário; Transportes; Saúde e cuidados pessoais; Despesas pessoais; Educação e Comunicação. A medicação da inflação do Brasil segue os padrões adotados pelos organismos de fomente internacional como FMI. Portanto, podemos dizer que não há manipulação, pelo menos nos últimos 10 anos, pelos governos e pelo IBGE.
A inflação do "bolso" é mais alto porque não levamos em conta os itens que ficam "congelados" por algum período como transportes (passagens de transporte coletivo) ou outros itens que nos últimos 4 anos tem puxado o índice para baixo como despesas em Habitação. O que sempre causa impacto na inflação do "bolso" são os itens que compõe a alimentação, bebidas e artigos de residências, maioria que faz parte do carrinho dos supermercados. Grosso modo, os itens referidos, tem impactado mais do que demais itens que compõe o IPCA.
A inflação do "bolso" é sentida sobretudo na classe de trabalhadores brasileiros, também, por sua "renda real" diminuir em função do decrescente oferta de empregos em decorrência do elevado número de desempregados, desalentados e sub-empregados. O número deste contingente de pessoas ultrapassam, hoje, a mais de 40 milhões de trabalhadores ou equivalente a cerca de 40% da força de trabalho.
Resumindo, a inflação do "bolso" é somatória da alta dos itens de consumo diário da população e também pela perda de renda real da maioria da população. O IPCA medido pelo IBGE seguem padrão internacional, portanto a inflação oficial está correta também, do ponto de vista técnico. No entanto, a triste constatação, também, é que a inflação está sendo domada por via de profunda recessão ou estagnação da economia. Não temos muito a comemorar com o atual comportamento da inflação, conseguido às custas do sacrifício da população.
A inflação do "bolso" é maior do que a inflação "oficial".
Ossami Sakamori
@SakaSakamori
Vamos à tarefa difícil, mas não impossível, de explicar a diferença entre a inflação oficial "IPCA" e a inflação do "bolso". Vamos lá. Atualmente, a população-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, medidas nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Campo Grande e Goiânia.
Para sistematizar a medição da inflação, o IPCA, o IBGE elegeu o índice geral nos itens: Alimentação e bebidas; Habitação; Artigos de residências; Vestuário; Transportes; Saúde e cuidados pessoais; Despesas pessoais; Educação e Comunicação. A medicação da inflação do Brasil segue os padrões adotados pelos organismos de fomente internacional como FMI. Portanto, podemos dizer que não há manipulação, pelo menos nos últimos 10 anos, pelos governos e pelo IBGE.
A inflação do "bolso" é mais alto porque não levamos em conta os itens que ficam "congelados" por algum período como transportes (passagens de transporte coletivo) ou outros itens que nos últimos 4 anos tem puxado o índice para baixo como despesas em Habitação. O que sempre causa impacto na inflação do "bolso" são os itens que compõe a alimentação, bebidas e artigos de residências, maioria que faz parte do carrinho dos supermercados. Grosso modo, os itens referidos, tem impactado mais do que demais itens que compõe o IPCA.
A inflação do "bolso" é sentida sobretudo na classe de trabalhadores brasileiros, também, por sua "renda real" diminuir em função do decrescente oferta de empregos em decorrência do elevado número de desempregados, desalentados e sub-empregados. O número deste contingente de pessoas ultrapassam, hoje, a mais de 40 milhões de trabalhadores ou equivalente a cerca de 40% da força de trabalho.
Resumindo, a inflação do "bolso" é somatória da alta dos itens de consumo diário da população e também pela perda de renda real da maioria da população. O IPCA medido pelo IBGE seguem padrão internacional, portanto a inflação oficial está correta também, do ponto de vista técnico. No entanto, a triste constatação, também, é que a inflação está sendo domada por via de profunda recessão ou estagnação da economia. Não temos muito a comemorar com o atual comportamento da inflação, conseguido às custas do sacrifício da população.
A inflação do "bolso" é maior do que a inflação "oficial".
Ossami Sakamori
@SakaSakamori
4 comentários:
Correto,isso é o que acontece.
Mede-se por índices mundiais e sente-se pelos nacionais. Triste, mas verdadeiro.
Quem rouba bilhões não vai manipular os índices?Tenha dó!Gasolina subiu 30% esse ano, luz 25%, alimentos um horror!O governo está fazendo de tudo para achatar aposentadorias, pensõs e salários dos servidores da ativa para reduzir o déficit e também para pagamento da dívida!
nao vai comentar nada do atentado ao Bolsonaro? sou sua seguidora..
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