O mês que antecede a eleição é, tradicionalmente, crucial para a
consolidação de votos. É um período curto dentro do processo eleitoral que,
ainda assim, propiciou movimentos importantes nos últimos pleitos:
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Em 2014,
Aécio Neves conquistou 10 pontos porcentuais (p.p.) junto ao eleitorado neste
período e, ao mesmo tempo, Marina Silva perdeu -12 p.p.
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Já em
2010, os votos em Marina subiram em 6 p.p. no último mês. Em 2006, Geraldo
Alckmin foi o destaque; seus votos elevaram-se em +10 p.p.
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Por fim, a
eleição de Lula em 2002 foi marcada pelo crescimento de +8 p.p. em suas
intenções de voto na reta final da corrida.
Analisando estas ocasiões, a evolução dos votos no último mês parece
guardar alguma relação com o conhecimento (inicial) dos eleitores a respeito de
cada candidato.Isto porque, quanto menos conhecido o candidato, maior é o
espaço para o seu crescimento junto ao eleitorado. A ocupação efetiva deste
espaço, por sua vez, dependerá da estrutura partidária, marketing, orçamento,
etc.
Esta relação aparece no gráfico 1 acima.
Em suma, quanto menos conhecido é o candidato, maior é o seu potencial
de crescimento na reta final das eleições. Se este candidato contar com o apoio
de Lula e alguma organização partidária, então...
No quadro atual (gráfico do topo), com a disputa “embolada” pelo segundo
lugar, tal conjunção de fatores parece favorecer o PT. Isto porque, nas pesquisas
mais recentes (gráfico 3), ainda é grande o porcentual de
eleitores que desconhecem Haddad (35%).Marina, por outro lado, já é figura
familiar ao eleitorado (apenas 9% não a conhecem), seguida por Alckmin (12%),
Bolsonaro (14%) e Ciro (15%).
Daniel Xavier, economista-chefe @DMI_Group
Um comentário:
Faltam 3 semanas, acredito que a decisão do eleitor ocorrerá nos últimos 10 dias...
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