sexta-feira, 1 de junho de 2018

Quem ganha e quem perde com greve dos caminhoneiros

Crédito de imagem: Estadão

Amanhã completa duas semana desde que começou a greve dos caminhoneiros em todo território nacional. A greve dos caminhoneiros que, aparentemente, terminou hoje, deixou algumas marcas na vida dos brasileiros. Vamos ver, quem ganhou e quem perdeu com o movimento paredista. 

Quem perdeu mais foi o governo Temer que teve que ceder aos caminhoneiros emparedado que foi concedendo aos caminhoneiros e transporte de cargas com redução de R$ 0,46 por litro de óleo diesel na bomba, em relação ao preço praticado no dia 19 de maio último.

Quem perdeu mais foram os contribuintes que de alguma forma vai pagar o "rombo fiscal" decorrente do "subsídio" que será concedido pelo Tesouro Nacional à Petrobras para manter preço de diesel tabelado por 60 dias, prorrogáveis a cada 30 dias, consecutivamente. O rombo potencial para o ano de 2018, será de R$ 13,5 bilhões, que será pago em forma de reoneração da folha de pagamento dos setores que estavam com os benefícios que cessariam em 2022. 

Quem perdeu foi a Petrobras que teve que ceder à mudança de politica de preços em "paridade" com o preço internacional do petróleo. Quem perdeu também foi o presidente da Diretoria Executiva Pedro Parente que saiu chamuscado do episódio. Pedro Parente que já estava ocupando o posto de membro do Conselho de Administração da empresa BRF do setor de carnes deve assumir a função de presidente da Diretoria Executiva. Se confirmado a condução do Pedro Parente à presidente da Diretoria da BRF, na somatória das perdas e ganhos, Pedro Parente deve sair ganhando.

Saíram vitoriosos os grandes empresários do setor de cargas que tem contratos de longo prazo, que certamente, não sofrerão redução nos preços. Os grandes empresários do setor de cargas praticaram o "locaute" e ganharam praticamente sozinhos. Eles estão rindo atoa com a redução do preço de diesel.

Saíram perdendo os caminhoneiros autônomos, exatamente os que iniciaram a greve e permaneceram irredutíveis na luta pela redução do preço do diesel. Explico. Os caminhoneiros autônomos, à partir de segunda feira, terão que enfrentar os "leilões" de fretes que ocorrem nas portas das fábricas e nos "centrais de fretes" espalhados pelo Brasil a fora. 

A corda sempre arrebenta do lado dos mais fracos!

Ossami Sakamori

Um comentário:

Fuzinelli disse...

Coitado dos caminhoneiros autônomos, voltaram para casa e sentiram no bolso quando foram ao supermercado comprar a carne,o leite, as frutas, ao abastecer o carro da da família. Maldito R$: 0,46.