quinta-feira, 7 de junho de 2018

Dólar vai buscar R$ 4,16 no médio prazo (2).

Não sei o porque desse pânico no mercado financeiro, por dólar comercial ter fechado hoje no patamar de R$ 3,91. Tudo leva a crer que a minha previsão, baseado em dados da economia mundial, deverá concretizar nos próximos dias. A macroeconomia não é ciência exata, mas obedece a uma certa lógica, que os investidores menos avisados não querem aceitar.  Veja a matéria postada neste blog em 4/5/2018, portanto há pouco mais de um mês.  

Crédito de imagem: Estadão

O dólar alcançou maior patamar desde junho de 2016, alcançando R$ 3,58 no pico do pregão de ontem e que acabou fechando o dia em R$ 3,55.  Esse movimento de alta foi alertado por este blog na matéria Dólar com tendência de alta! no dia 17 de abril.  Espanta-me o fato de operadores do mercado financeiro serem pegos de calças curtas ou de saias curtas com a volatilidade do dólar.  Este blog poderá ser uma boa fonte de informações para embasar os negócios. 

O Federal Reserve, o Banco Central americano, já vinha anunciando o aumento de taxa de juros do título do Tesouro, para conter a alta da inflação. A inflação americana está no nível de 2,5% ao ano e o Federal Reserve não quer perder o controle sobre o valor da moeda, o dólar. O Federal Reserve não só anunciou o aumento da taxa de juros na faixa de 1,50% e 1,75%, com aumento de 0,25% em relação à faixa anterior, mas também que haverá novas altas, ainda neste ano.

O Banco Central do Brasil, comandado pelo ex-diretor do Banco Itaú Ilan Goldfajn, já anunciou que vai fazer intervenções no mercado de câmbio, hoje, emitindo os já conhecidos Swap cambial tradicional. A última intervenção do Banco Central no mercado de câmbio ocorreu no episódio do vazamento da gravação da conversa entre presidente Temer e Joesley Batista do grupo JBS.  Canso de afirmar que não existe "câmbio totalmente flutuante". Está aí a "intervenção" do Banco Central para confirmar a minha afirmação. 

Apesar de uma certa volatilidade do câmbio devido aos fatores do mercado financeiro externo e da conjuntura política instáveis em função das sucessivas denúncias de corrupção do presidente da República Michel Temer, o Banco Central tem não só os instrumentos tradicionais de "intervenções", mas tem em suas mãos uma reserva cambial robusta, de R$ 381,9 bilhões (saldo de 30/04/2018). 

Para quem tem interesse no mercado de câmbio, convém lembrar que o dólar já teve maior cotação, de fechamento, no dia 21 de janeiro de 2016 com cotação de fechamento de R$ 4,16. Creio que no médio prazo, o mercado "vai buscar" a cotação máxima atingida dentro do Plano Real. Não há nenhuma notícia no horizonte de curto prazo que venha contrariar o que estou a afirmar.

Dólar vai buscar R$ 4,16 no médio prazo.

Ossami Sakamori

Um comentário:

Eli Reis disse...

Dolar faz caminho inverso do walking dead Michel Temer.