O IBGE anunciou o índice de desemprego no final do mês de março. O número de desempregados, com carteira assinada, passou para 13,1%, correspondente a cerca de 13,7 milhões de trabalhadores. Embora, o número seja menor do que do mesmo mês do ano passado, aumentou em relação ao mês de janeiro pelo fator sazonal. O número caiu como um balde d'água fria no governo Temer que ansiava por número mais otimista. Pelo visto, a ponte da esperança virou mesmo pinguela da esperança.
O número, 13,1% da força do trabalho ou 13,7 milhões de trabalhadores é um tanto assustador levando em consideração que há cerca de 26 milhões de trabalhadores sub-empregados ou em trabalhos informais além de 13 milhões de trabalhadores dependentes do Bolsa Família. Enquanto os trabalhadores com carteira assinada, não passa dos 34 milhões, para uma força de trabalho de 104 milhões de pessoas no País. Os números por si só mostram a fragilidade social.
A espantosa diferença entre o número de trabalhadores com carteira assinada e o número total da força de trabalho salta até aos olhos de qualquer cidadão. Claro, uma boa parte do número é representado pelos micro-empresários informais ou formais. Um outro número preocupante é o número de pessoas inadimplentes no comércio, são mais de 61 milhões. Para uma população de 207 milhões ou 104 milhões de força de trabalho, o número de inadimplentes beira quase a uma irracionalidade. Não é atoa que os juros dos créditos diretos e de cartões de créditos são exorbitantes.
A caótica situação na segurança pública é apenas retrato da grave situação do quadro de desemprego no País. O número de trabalhadores vulneráveis, somando os desempregados, os desalentados, os subempregados e os beneficiários do Bolsa Família chega a 53 milhões ou equivalente a cerca de 50% da força de trabalho. A solução para grave quadro social, certamente, está na criação de novos empregos. Não é pela criação do Ministério de Segurança Pública e ou intervenção em segurança pública nos estados que resolverá o caos social que encontra os grandes centros urbanos.
Os leitores devem estar intrigados o motivo porque apesar do aumento de carteiras assinadas todos os meses do primeiro trimestre deste ano, não está levando a melhora no quadro de desempregados. Pelo contrário, o número de desempregados está aumentando. O fato decorre de que o País precisa criar cerca de 500 mil novos empregos por ano apenas pelo aumento de contingente de pessoas que entram no mercado de trabalho, motivado pela expansão do número de habitantes do País.
Não adianta a grande mídia televisiva tentar mostrar o otimismo através de reportagens que mostram o aumento de consumo da população. É certo que a grande mídia depende das verbas publicitárias que vem das indústrias e comércio, mas nada justifica esconder a realidade da situação econômica do País como todo nos seus noticiários. O governo Temer quer levar as notícias mitigadas para melhorar a sua popularidade. O povo não é otário! O índice de aprovação do governo Temer não passa dos 6% entre bom e ótimo.
No quadro econômico totalmente desequilibrado como demonstrado acima, o segmento que está "rindo atoa" com lucros nunca dantes vistos é o setor financeiro. Nunca na história recente, os bancos ganham tanto dinheiro! O povo otário, no qual me incluo, continua acreditando na grande mídia sobre a propalada recuperação econômica.
Desemprego continua alto!
Desemprego continua alto!
Ossami Sakamori
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4 comentários:
Caríssimo, sempre observei o número de declarações de I R P F, não passa de 30 milhões, então fico com a dúvida; quem realmente sustenta este país?
Seus números demonstram uma realidade escondida pelo governo e pela imprensa(como todos os governos,pois precisam provocar o otimismo) e explorada por candidatos, sendo o melhor cenário para que vendam salvação a custo zero.
O estrago que os desgovernos Lula&Dilma provocaram em nosso Brasil levarão décadas para ser contornado. Esses pulhas incompetentes não aplicaram na infraestrutura, nos portos e na indústria.
Penso que nosso problema de desemprego esteja muito longe de solução, para que o país atraia investidores internos e externos o ambiente político tem que ser saudável. Esta expectativa eleitoral onde não há um candidato capaz de unir o Brasil em uma governabilidade plausível, afasta qualquer investimento futuro...
Fico pensando porque apenas se pensa na fortuna que os bancos ganham as custas de quem trabalha, no absurdo que um Político tira do povo, no tanto de pessoas que entram no Brasil é são sustentadas, nos presos que ganham um absurdo sem trabalhar, no tanto de pessoas inadimplentes.....É uma vergonha querer enganar a gente. Vem aqui e olhem quantas casas a venda é quantas lojas fechadas. O Brasil está falido de tanto pagar imposto é sustentar Ladrão. E vergonhosamente a Mídia continua ganhar seu dinheiro e ajuda com a mentira.
Para voltar a gerar empregos a economia precisa girar
Sem investimentos chance zero.
Os investimentos vêm de grades empresas ou no caso do Brasil das estatais
Com o governo de pires na mão não há investimento
Estamos vendendo ativos para pagar dívidas
As privatizações não saem.
Este governo já criou vários artificias para girar a economia como FGTS ,etc
Não tem muito mais o que fazer.
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