Somos asnos. Simpáticos, mas burros!
O Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda preocupa os investidores externos, diz o tradicional jornal Estadão, na edição "on line" de hoje. Diz, também, que a preocupação dos investidores institucionais internacionais são com a inflação, as contas externas e as contas fiscais do País.
Dito desta forma, as razões da desconfiança dos investidores estrangeiros se perdem no conteúdo. Sobre as três causas apontadas pelo FMI, os nossos eméritos economistas, entre eles o ex-presidente Henrique Meirelles passou a denunciar, após 3 anos e 4 meses de silêncio absoluto sobre o tema. Para quem não se lembra ele foi presidente do Banco Central do governo Lula, por 8 anos.
São poucos os analistas econômicos que detalham sobre a profundidade e gravidade do atual quadro da economia brasileira. Muito engraçado, para mim, que venho afirmando ao longo destes 2 anos e 4 meses, no meu blog, que soa uníssono. De repente, as minhas críticas ganharam adesão de economistas e analistas eméritos. Parece petulante dizer que as minhas idéias que são originais, mas a realidade é pura e cristalina.
Os releases de jornais estrangeiros como Finantial Times ou The Economist tem sido fontes importantes para os eméritos economistas e analistas do mercado. Os nossos eméritos, salvo alguns nomes como Mansueto Almeida, IPEA, vem, apenas, endossando a opinião desses jornais.
Vou tentar aprofundar um pouco mais a discussão sobre o quadro da economia brasileira do que simplesmente apontar as causas/consequências da política econômica (sic) do governo Dilma, em específico. Se vocês preferirem chamar isto de "nova matriz econômica" para ficar "chic" poderão fazê-lo.
A inflação apontada como uma das causas da política econômica pelo FMI é apenas o efeito do equívoco da política econômica do governo Dilma. Se a inflação é efeito, então, o que seria a causa da inflação? Nos sucessivos governos, sobretudo do governo petista, tem dado como prioridade o estímulo ao crédito, quer seja via crédito barato e fácil através de bancos oficiais ou via financiamentos imobiliários. Então, a inflação não é causa da deterioração do quadro econômico, mas sim, a expansão da "base monetária".
As contas externas são as preocupações dos nossos eméritos economistas e analistas e também do FMI. Aqui, há mais um equívoco. As contas externas são efeitos não as causas do problema econômico no Brasil. A deterioração das contas externas, provém de "real valorizado" ou seja "dólar desvalorizado". Os eméritos economistas dizem "real apreciado" ou "dólar depreciado", o que vem a dizer a mesmíssima coisa. Questão apenas de semântica. Não vem que não tem! Vou continuar a explicação.
O governo faz de tudo para manter "real valorizado". Faz do "real valorizado" com dogma da política econômica (sic) petista. Para não ter que gastar a reserva cambial tão comemorado pelo governo petista, hoje em torno de US$ 378 bilhões em 11/6/2014, desde agosto de 2013, vem-se utilizando de títulos do Banco Central denominado de "swap cambial tradicional". Em tese, o governo emitiu títulos atrelados à variação cambial no montante de US$ 100 bilhões, só para não gastar os dólares da reserva cambial. Se o Banco Central convertesse esses títulos cambiais em dólares à vista, a reserva cambial brasileira cairia para US$ 278 bilhões. Isto no meu entender é "controle cambial informal" para manter "real valorizado".
Quanto às contas fiscais deterioradas, os analistas eméritos não levam em conta os "gastos virtuais" do governo federal para manter os programas de financiamentos aos "empresários bolsistas" e "consumidores bolsistas". No total são R$ 200 bilhões do dinheiro do Tesouro, surrupiado pela Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, para programas "bolsas consumidores". Somado ao programa PIS - Programa de Investimentos Sustentáveis, são mais R$ 450 bilhões, via BNDES para financiar os "bolsas empresários", o montante chega aos raios de R$ 650 bilhões. Uai, isto na prática deveria ser lançado como gastos públicos, porque não há previsão de retorno destes investimentos aos cofres do governo federal. Mas não são feitos. Ficam perdidos nas maquiagens contábeis do governo Dilma.
O Tesouro Nacional deveria pagar pela dívida interna bruta, cerca de R$ 300 bilhões. O governo promete "superávit primário" de R$ 44 bilhões, para pagar parte dos juros da dívida interna. Significa que o governo da União, gasta mais do que arrecada. Os juros que não são pagas, são rolados junto com o capital, à custo médio de Selic. Em tese, não adianta o governo prometer "superávit primário" ligeiramente maior. Nominalmente, a dívida interna, vai aumentando assustadoramente. A dívida interna brasileira é de cerca de 55% do PIB, hoje. É confortável, ainda é. Na prática, o que importa não é bem o tamanho da dívida interna, mas os juros que são pagos para mantê-la. O Brasil paga maior juros reais do planeta, entre membros do OCDE.
Por estas e outras razões é que o risco Brasil continua alto, segundo organismos internacionais e jornais estrangeiros.
Ossami Sakamori
3 comentários:
Coincidencia ou não,a foto publicada acima é exatamente igual aquela que está na minha cédula de identidade...
Amigo Saka
Hoje estava notando aqui nos USA no supermercado(Whole Foods) q eh um dos melhores em qualidade, muitos produtos sao americanos , mas muitos sao importados , se ve produtos de toda parte , cafeh da africa ,chocolate da africa chocolate/queijos/vilhos da europa , peixe do chile /peru dai resolvemos procurar algo brasileiro , nao achamos absolutamente nada , tinha um suco de acai a empresa era americana
ou seja , um bom exemplo de q o brasil soh esta fazendo parte da globalizacao como comprador , esta conta nao bate…. e vai ser bem feio a coisa quando nao der mais pro “des”governo brasileiro esconder a realidade
abracos
""real valorizado" ou seja "dólar desvalorizado". Os eméritos economistas dizem "real apreciado" ou "dólar depreciado", o que vem a dizer a mesmíssima coisa."
Considero um verdadeiro absurdo isso estar a acontecer no Brazil.Só um doente mental ou uma bulgara mentalmente desiquilibrada pode manter por tanto tempo o dólar desvalorizado!
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