O meu prognóstico sobre política econômica feito há mais de 2 anos estava correto. Eu disse que havia "erro sistêmico" na política econômica (sic) que o governo Dilma vinha executando desde a sua posse em 1º de janeiro de 2011. Fico pasmo que após 2 anos, o ministro da Fazenda, o presidente do Banco Central, banqueiros, empresários, analistas de mercado, só tenha apercebido agora.
Estão em debate nas principais redes de televisão, nas redes sociais e sobretudo pelas equipes dos candidatos à presidência, os equívocos da "nova matriz econômica", se referindo à política econômica (sic) da Dilma. Já era previsível que as equipes econômicas dos candidatos de oposição fossem tecer críticas à "nova matriz econômica". Mas, a mim, me parece estranho que até Henrique Meirelles, presidente do Banco Central do governo Lula, saísse do "armário" e entrasse no "coro" de críticas.
Depois de crescimento do PIB do primeiro trimestre deste ano em 0,2% e sinais evidentes da desaceleração da economia, fica muito fácil apontar os "erros sistêmicos" da "nova matriz econômica". Se esses senhores, que hoje se apresentam como os "experts" em economia, tivessem feito críticas contundentes como venho fazendo desde 2012, talvez não tivesse chegado no nível de deterioração que se encontra o quadro econômico do País.
Chamei atenção do real valorizado ou dólar desvalorizado. Repeti inúmeras vezes de que a taxa básica de juros Selic não era instrumento adequado para segurar a inflação, mas sim, de que Selic era o termômetro da credibilidade da gestão do governo federal. Contra todos, critiquei a aventura da Dilma com a política de crédito fácil e crédito barato. Critiquei até de forma violenta o sucateamento das empresas como Petrobras e Eletrobras. Chamei atenção sobre a inapropriada política econômica baseada em engessamento dos preços administrados. Além de críticas aos inúmeros problemas setoriais do governo Dilma.
O resultado não poderia ser outra. O País experimenta a volta da inflação com o baixo crescimento. Um quadro que daria o nome de estagflação. No ano de eleição presidencial, a Dilma que concorre à reeleição, não vai mudar justamente agora a "nova matriz econômica". Essa "nova matriz econômica" vem mantendo a popularidade da Dilma nos níveis que permite ganhar eleições no segundo turno com margem grande.
Enquanto aguardamos a realização e o término da Copa 2014 e o término do segundo turno das eleições, o País vai viver momentos difíceis no campo econômico. A equipe econômica da Dilma faz de tudo para manter a "deterioração" da economia nos níveis atuais, que daria garantia da reeleição.
Como já venho acompanhando as falas da equipe econômica, mais do que da própria Dilma, nestes últimos 3 anos e 5 meses, consigo entender exatamente onde ela quer chegar. Não se espera deste governo a mudança na "nova matriz econômica", até porque o efeito de medidas na área econômica, via de regra demora em média 6 meses para fazer efeito. Não dá tempo para tomar medidas que dê efeito até eleições de outubro.
O fato concreto é que o tempo de "sensação de bem estar" e "sensação de poder de compra" já estão com prazo marcado para terminar, independente de quem ganhe as próximas eleições. Não há milagres. Não há fórmula mágica para tirar o País da situação de inflação alta e crescimento baixo. Já vi blog cantando o título de "arrocho Aécio" ou de "arrocho Dudu". Não tem outra saída. Se se a atual presidente for reeleita, será conhecida também como "arrocho Dilma". Não vem que não tem!
Infelizmente, o País vive situação de crise econômica, muito mais do que crise política. A questão não se resume em nomes, mas sim em "nova matriz econômica". A mudança que o povo quer, demonstrado pelos 70% da população, não se refere propriamente aos partidos ou aos nomes, mas sim à política econômica e social que leve ao crescimento sustentável.
A população deseja um governo probo e competente, só isso. A população não quer mais ouvir falar de roubalheira nos governos, sobretudo no governo federal. A população não está interessado em nome e nem em figura política do futuro presidente. A população quer no poder equipe competente que leve o País ao crescimento sustentável. Nada de "salvadores da pátria"!
Babacas desses políticos, incluindo a presidente Dilma, querer fazer comparação de competência entre os governos de partido A ou partido B. A população quer ver o seu dinheiro bem aplicado. A população quer ver o Brasil com crescimento sustentável, sem inflação. Muito simples. Não é preciso diagnóstico de cientista político nem tão puco de sociólogo. Está na cara!
Chega de assistirem esses babacas, políticos ou analistas, discutindo em cima do leite derramado. Chega, também, apenas no ano de eleições, os candidatos fazerem periplos para ouvir as principais lideranças. Por que não fizeram isto no período que estão na militância política? Só agora, por que? Por que?
Crédito da foto: PDT Angra
Estou é com saco cheio de ouvir estes babacas tentando achar a saída para a crise, somente no ano de eleições! Chega! Vamos discutir à sério, vamos? Sem holofotes para venderem imagens.
Chega de políticos babacas!
Ossami Sakamori
3 comentários:
Pelo contrário:é a hora e vez dos POLITICOS BABACAS (ou será que os babacas somos nós,habitantes felizes da Banânia?).O Fim do CIRCO BRASIL vi neste final de semana,quando do Ministro-Chefe do Supremo Tribunal Federal,teve a coragem e a decência de se auto-demitir de seu cargo e dizer a comandanta-chefa dessa republica falida que não estaria aqui na epoca das eleições (isso é que é coragem).Não adianta falar ou critiar,pois quem pode fazer alguma coisa,nada faz (por que a OAB fala ou faz contra as URNAS ELETRONICAS,maquinetas garantidoras da bandidagem que nunca vai sair de onde está?cadê os politicos ditos sérios,do que duvido,pois só querem o poder?...).Quem puder ir embora daqui,enquanto não vira Angola,Cuba,Venezuela e o diabo que o parta,faz melhor do que morrer de sede neste oceano de fecaloma...
Recebi um comentário que deverá ser divulgado no blog do Giulio Sanmartini, no qual os analistas estão surpresos com desinteresse de uma grande parcela da população, com o resultado da copa do mundo, mostrando assim uma indignação do povo que está cansado de tanta irresponsabilidade e incompetência desse governo. Esse fato é muito importante e tudo indica que influirá consideravelmente nas próximas eleições, pois como menciona o sr. Sakamori, o povo está irritado com essa inflação e vai exigir mudanças nos rumos da economia, que está a deriva.Um alto funcionario do governo teve o desplante de dizer que o povo está consumindo menos, não por causa da inflação, mas porque está poupando mais. O governo perdeu o senso do ridículo e continua mentindo descaradamente, como se o povo todo, fosse formado de débeis mentais.
A Globo insiste em mostrar ruas enfeitadas para dizer que o povo esta animado;MENTIRA!!!!!
O povo não quer saber de copa com o pais a deriva, pelo menos a maioria,
pois sempre tem uns BABACAS que gostam de ser enganados.
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