As últimas notícias sobre economia estampadas nos jornais não são nada animadoras. Refiro-me aos índices de maio, que são os piores dos últimos 20 anos ou pior da série histórica. A consequência é resultado da política econômica equivocada que o governo Dilma vem praticando desde o início do mandato. Era previsível que o resultado desse no que está dando. Nada para mim é estranho o quadro da economia que vivenciamos.
O índice de inflação, mesmo a oficial, medido pelo IBGE aponta encostando no teto da meta, IPCA de 6,4% anualizado em maio. A exigência do mercado pela remuneração dos títulos de dívida do governo em 12% ao ano, aponta que a inflação está próximo deste último número. Isto, sem contar que a inflação do bolso, aquela que o consumidor encontra nos supermercados está algo como 30% anualizado.
O déficit de conta corrente no mês de maio deste ano fechou em US$ 40 bilhões. O déficit de conta corrente, para quem não é do ramo, se refere ao valor de transações do Brasil com o exterior, abrangendo desde pagamento de juros das dívidas externas, fretes, comércio exterior, pagamento de royalties, etc. Não entra nesta conta, o ingresso ou saída de dólar em forma de investimento direto (IED). Até o mês de maio o ingresso do capital estrangeiro direto não cobriu o déficit de conta corrente. A aposta da equipe econômica é que no final do ano, o déficit da conta corrente seja coberto pelo superávit do investimento estrangeiro direto. Se não cobrir, o País deve queimar parte da sua reserva cambial.
A taxa de juros básicos que o Tesouro paga, Selic, terminará o ano no patamar de 11% ao ano que corresponde a 4,5% de juros reais, a maio do planeta. O Brasil não vem conseguindo gerar superávit primário, diferença entre arrecadação do governo federal e gastos do governo, o suficiente para pagamento de juros da dívida líquida estimado em cerca de R$ 2,1 trilhões. Em consequência, o Brasil vem rolando a sua dívida acrescido de juros não pagos, numa ciranda que não termina nunca. Isto virou uma bola de neve!
O mês de maio terminou com o pior índice de criação de empregos formais, a mais baixa dos últimos 22 anos. Segundo IBGE, criou-se no mês, cerca de 50 mil empregos formais. O número é insuficiente para cobrir crescente número de população que entra no mercado de trabalho causado pelo crescente aumento demográfico das últimas décadas. Isto, serviu de sinal de alerta para empresários adiarem os investimentos na produção. Criou-se o círculo vicioso, neste caso. Sem emprego não tem consumo, sem consumo não tem emprego!
A presidente Dilma para alcançar o seu objetivo pessoal de ganhar eleição para o segundo mandato presidencial, não quer tomar medidas de ajuste. Todos ajustes estão sendo "represados" ou postergados, porque seriam medidas impopulares. Uma medida de austeridade à época de eleições seria um tiro no pé. Dilma tem medo de mexer na "sensação de bem estar" e "sensação do poder de compra" da população. Para Dilma, ganhar eleições é seu objetivo e o povo que se f... !
A equipe econômica vem adiando medidas mais urgentes como aumento de combustíveis, por conta da defasagem de preços, agravada com o movimento de insurgentes no Iraque. O preço de petróleo no mercado internacional está em alta, ao contrário do que o mercado esperava antes da instabilidade política no oriente médio. A recente saque de R$ 2 bilhões do caixa da Petrobras e com programação para saque de mais R$ 13 bilhões, por conta da extensão da concessão do campo de pré-sal, agravou ainda mais a situação da Companhia. E de quebra expôs a situação crítica do Tesouro Nacional.
Isto tudo se refere ao mês de maio último. Os índices do mês de junho deverão ser piores do que os do mês de maio, em função do decrescente índice de confiança do consumidor e de empresários na economia do País. O resultado dos índices serão no mínimo, iguais aos do mês de maio. O efeito Copa 2014, ao contrário do que o governo alardeia com sendo positivo em termos de números no crescimento do PIB, na minha conta o efeito é contrário. O resultado do PIB, devido a Copa 2014, será negativo por motivos já apontados em matérias postadas neste blog.
Resumindo, a presidente Dilma é incompetente para levar adiante qualquer projeto de desenvolvimento do País. O País paga hoje e pagará ainda, muito mais, o preço da incompetência e da arrogância da Dilma. O povo vai pagar a conta, ainda este ano, pela "sensação de bem estar" e da "sensação do poder de compra" oferecido pela Dilma. Dizem sempre que o almoço não sai grátis. Sim, o almoço está regado de bom vinho para Dilma. A conta quem paga, como sempre, é a população!
Então, a Dilma não será reeleita, para o bem do povo brasileiro!
Ossami Sakamori
3 comentários:
Estamos num beco sem saída. Se correr o bicho9 pega, se ficar o bicho come. Não há candidatos à altura para tirar o Brasil dessa situação. Não há nenhum candidato que pense realmente em salvar o país, só pensam em enriquecer rapidamente a exemplo de todos os que já passaram pela Presidência e agora de maneira mais discarada possível. Se fazem de oposição um do outro, mas no fundo, são todos amigos, fazem parte do governo do outro e assim vai. Entre Dilma e Aécio, se tiver que decidir, ainda prefiro Dilma, pq Aécio está sendo apoiado por FHC, que presidiu o Brasil privatizando quase tudo e nada fez com esse dinheiro, além de toda a arrecadação dos impostos, nada se viu de concreto e ainda chamava os funcionários públicos de "vagabundos". No seu tempo, não havia essas coligações, tudo foi para o seu partido. Situação que nos deixa frustrados, por nada podermos fazer, apesar de todas as manifestações ocorridas até hoje, tudo em vão.
Que fazer para reverter esta dramática situação? Quem pode fazer se não temos politicos à altura?
Precisamos tirar o PT do poder, antes que seja tarde demais.
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