domingo, 9 de dezembro de 2018

Não basta ser apenas contra os governos do PT.



Hoje, vamos inverter a abordagem sobre o desemprego no País.  Já estamos cansado de saber que o número de desempregado está em 12,7% ou aproximadamente 13 milhões de trabalhadores formais.  Incluído os desalentados e sub-empregados, o número avança para próximo de 40 milhões de trabalhadores.  O certo é que o número de trabalhadores em "situação crítica" contrasta com o número de trabalhadores com "carteira assinada", que anda ao redor de 33 milhões ou cerca de 32% da força de trabalho do País. Mesmo com o governo Bolsonaro, é altamente improvável que o número de empregados formais cresça como deveria ser. Certamente, o Brasil está longe de alcançar o estágio de desenvolvimento dos países do primeiro mundo.  

Enquanto o agronegócio representou cerca de 4,5% do PIB em 2017, o setor industrial encolheu nos últimos 20 anos, passando de 27,5% do PIB em 1994 para menos de 18,5% do PIB em 2017, enquanto o setor de serviços representou cerca de 63% do PIB em 2017.  O que chama a atenção na evolução dos números dos últimos 33 anos, dentro do Plano Real, é a queda de participação do setor industrial na formação do PIB do Brasil.  Vamos lembrar que o setor industrial é que mantém os empregos com carteira assinada com média de salários acima dos demais trabalhadores.  

Não adianta chorar "as pitangas" em cima de fatos concretos mostrados pela desgraça do número de desempregados, desalentados e sub-empregados.  O governo e a grande imprensa, dá destaque apenas ao número de desempregados que representa cerca de 13 milhões, mas o não divulga que cerca de 40 milhões de trabalhadores estão em situação de nenhuma renda ou apenas com a renda de trabalhos informais ou "biscates". 

Em contraste, o Brasil, um país emergente em crise, se porta como um país em desenvolvimento, na hora de gastar.  Os sucessivos governos, trabalham com o dólar baixo ou o real valorizado, proporcionando a "sensação de bem estar" e "sensação de poder de compra" para a população.  E Paulo Guedes vem com a história de "Banco Central independente" como se a independência do Banco Central fosse "a solução" para todos os problemas do País. Não, não é!  Nem tão pouco, o "câmbio flutuante" é a  solução para o desenvolvimento sustentável do País.  

Enquanto o Brasil se portar (gastar) como país desenvolvido, com inúmeros problemas estruturais e continua a seguir as dogmas ditadas pelos organismos internacionais como FMI, OCDE e Banco Mundial, nunca alcançaremos o estágio de desenvolvimento dos países do primeiro mundo.  O Brasil quer seguir a estrutura da política econômica e monetária praticada por Estados Unidos, Japão e Alemanha, sem ter condições estruturais de acompanhá-los.  

Para alcançar o estágio de desenvolvimento dos demais países emergentes, o Brasil deveria seguir o exemplo dos mesmos.  Os países como China, Índia e países do sudeste asiáticos, ousam fugir dos ditames dos organismos de fomento internacional, colocando em primeiro plano política econômica que assegure o crescimento acelerado.  Enquanto os muitos países emergentes crescem acima de 6% ao ano, o Brasil insiste em comportar-se como um país desenvolvido.  E, assim, na "soberba", vamos distanciando cada vez mais do estágio de desenvolvimento do primeiro mundo.  

Com Paulo Guedes e seus "old boys" (velhos garotos), com deliberado anúncio da "teoria liberal" capenga, que em primeiro plano, atende aos interesses dos "agiotas nacionais e internacionais", vai tentar colocar o Brasil no rumo do desenvolvimento sustentável.  

Por enquanto, vejo que o governo Bolsonaro está apenas com as boas intenções. Vamos torcer que o presidente da República não deixe o destino do País, tudo na mão dos seus ministros da área econômica.  Não basta ser apenas contra os governos do PT.  

Ossami Sakamori
   

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