quarta-feira, 8 de março de 2017

Temer e Dilma são almas gêmeas!

Crédito da imagem : Estadão

Michel Temer anunciou ontem, o programa de investimento em infraestrutura ao valor previsto de R$ 45 bilhões. A notícia, à primeira vista, alvissareira, como sinal de retomada de investimentos, porém, não passa de mais um "marketing político" para tentar reverter a baixa popularidade do governo.

As obras em licitação, algumas delas, se referem às obras já prontas e em funcionamento, como aeroportos e linhas de transmissão de energia elétrica. Na prática, não haverá investimentos de "porte" nas obras citadas, de imediato. Nestas obras, o grosso do investimento já foram feitas pelas empresas estatais como Infraero e Eletrobras. 

Para que os leigos possam entender, os investimentos em infra-estrutura é feito ao longo de alguns anos, que deverão ser especificados em cada licitação. A criação de novos empregos, na melhor das hipóteses, em decorrência destas licitações, deverá ocorrer somente à partir de 2018. O governo ao anunciar com se fosse resolver, de imediato, o problema do desemprego no País, está levando uma "falsa esperança" ao povo brasileiro. 

O governo Temer tem pressa em colocar em licitação as obras anunciadas. O motivo é outro. O motivo principal é fazer caixa para fechar o Orçamento Fiscal de 2017. Os R$ 45 bilhões citados pelo presidente Temer não é exatamente o valor dos investimentos em infraestrutura. Os R$ 45 bilhões anunciados com "estardalhaço" é previsão de dinheiro que deve entrar no Tesouro, decorrente dos "ágios" de leilões de concessões e ou privatizações. 

No curto prazo, o governo Temer quer resolver o problema do Caixa para tentar fechar o Orçamento Fiscal de 2017, com o "rombo" ou o "déficit primário" dentro da meta. Ainda assim, com os R$ 45 bilhões previstos, o Tesouro deve fechar o Orçamento Fiscal de R$ 135 bilhões previsto no LDO para 2017.

No médio e longo prazo, à partir de 2018, as obras licitadas deverão criar empregos, mas nada que venha mudar substancialmente o atual quadro de desemprego. Há que haver outras medidas na política monetária para que a criação de empregos venha ocorrer, após a mais grave crise econômica do País. Não vamos nos iludir com as medidas anunciadas. 

Governo Temer usa "marketing" para tentar reverter o péssimo grau de aceitação. Temer não é nada diferente da antecessora Dilma. Não é difícil imaginar o motivo que levou o Temer ter aceito participar da chapa Dilma/ Temer nas eleições para o segundo mandato. 

Temer e Dilma são "almas gêmeas".

Ossami Sakamori


6 comentários:

Ivan Figueiredo disse...

Verdade que o Gov. Temer sabe fazer oba oba pra tentar se vender bem... Vdd que os 45 Bi não resolverão os problemas de desemprego e de crescimento; uma coisa é certa, investimentos em infra são muito necessários para alavancar a economia... O problema do governo que aí está é promover achatamento de salários e concentração de renda na mão de poucos; não existe comércio se não há clientes com poder de compra e, se não há consumo, cai a produção da indústria; uma mazela que alimenta a outra e vice-versa; estimular e promover investimentos e o aumento do poder de compra da população seria um ótimo início... Me arrisquei na tópico economia... Bom dia...

Daniel Camilo disse...

Lula e Dilma pagavam caro por marketeiros como o Duda Mendonça. Michel Temer parece ser ele próprio o marketeiro. Não há diferença entre Lula, Dilma e Temer pois usam e abusam do engano à população. Como já vimos esse filme, podemos saber o final que é mais arrocho para o povo. Meirelles já disse que pode vir mais impostos e se a reforma da previdência não for aprovada as ajudas(esmolas), como bolsa família, serão cortadas. Chantagem, mentiras, engano, falta de pudor ou falta de vergonha na cara, mesmo; esses são os últimos governos que tivemos e o que aí está.

joao trindade disse...

No tempo em que pneus usavam câmara de ar, o tempo de vida útil de uma câmara de ar era medido pelo número de remendos...

Eli Reis disse...

Nada muda, mais do mesmo.
Temer, imita Dilma, que era mandada por Lula.

Anônimo disse...

Quando Brasil descobriu o Cabral ele estava com medo do pau brasil lá em Bangu. Foi então que o Rei Arthur convocou os cavaleiros da távola redonda para tentar acalmar o Tião Pé de Mesa mas só apareceu o Juca Bala

Anônimo disse...

O cidadão da foto põe a mão na boca para que?
Evitar que a dentadura caia ou para evitar leitura labial do que confabula ao telefone. Cadê a transparência (e o olhar de preocupação estampado no rosto?).