Crédito da imagem: Gazeta do Povo
O tão esperado "pacote de incentivo ao crescimento econômico" do governo Temer, anunciado ontem, não passa de um corolário de boas intenções. Objetivamente, nenhuma das medidas anunciadas entra em vigor à partir de hoje. Tudo depende de medias legais cabíveis, que o governo Temer diz pretender implementar nos próximos meses.
As medidas anunciadas, se implementadas, resolvem as inadimplências de alguns dos setores produtivos, de tributos e contribuições junto à Receita Federal. Resolvem, também, a inadimplência das pequenas e médias empresas junto ao BNDES. O governo Temer, pretende arrecadar cerca de R$ 10 bilhões com o programa Refis anunciado. Resta saber que, à essa altura, tem alguma empresa em condições de requerer o enquadramento aos programas anunciados.
O ponto polêmico é liberação da parte do FGTS para pagamento de dívidas vencidas, por parte dos depositantes. Em tese, com o pagamento de dívidas vencidas, cria-se novamente a possibilidade de os atuais inadimplentes entrar no mercado de consumo, criando dívidas novas. A medida depende da edição de Medida Provisória ou através de Projeto de Lei, ambos sujeitos à aprovação pelo Congresso Nacional.
Outra medida que foi alardeado como medida de estímulo à criação de emprego pelo governo Temer, se refere à possibilidade pelas instituições financeiras de emitir títulos próprios para financiar a construção civil. Vamos lembrar que o setor de construção civil está paralisado não pela falta de financiamentos, mas por falta de demanda de imóveis prontos. O setor imobiliário está no chão, por falta de compradores para unidades prontas ou quase prontas, não pela falta de financiamentos.
As medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer e pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles, não são nenhuns gatilhos para o crescimento do País. As medidas não passam de boas intenções do que de estímulo ao crescimento. O governo Temer continua vendendo "ilusões" para a população.
A "ponte" para o futuro do Temer continua sendo a "pinguela" para o pantanal de incerteza.
Ossami Sakamori
5 comentários:
Não temos estrutura de país desenvolvido. Nos falta gente comprometida e espírito de equipe que se preocupe com o bem coletivo (país). Desde sempre, nossa cultura é de levar vantagem em tudo. Não se ensina o respeito pelo próximo e pela sociedade. Os vícios são repassados para as novas gerações. Não acredito em mudança que nos leve a algum lugar. Na minha região há uma legião de jovens indo para o Japão, Estados Unidos, Austrália, Canadá e outros rincões que possam lhes oferecer o que não vêm por aqui ( futuro ). Triste fim de país que não oferece futuro para seus filhos.
Para mim, quase leigo em economia, o que o governo deve fazer é estimular a criação de postos de trabalhos porque com o emprego garantido a população naturalmente vai consumir gerando os impostos que o governo tanto depende. Só estimular o consumo, com milhões de desempregados, não resolverá o problema. Sem perspectiva de crescimento a curto ou médio prazo, o empresário usará os incentivos para saldar dívida e não para irá abrir novas vagas de emprego. Penso que Michel Temer não tem nada para nos apresentar e vai nos enrolar com essas medidas bobas até 2018. O proble ma maior são as reformas e as mudanças na Constituição Federal que ele está promovendo e mudando radicalmente nossas vidas, para pior.
O autor do artigo empresta, com perfeição, um termo de um ex-presidente da república
http://www.valor.com.br/politica/4794061/fhc-compara-governo-temer-%3Fpinguela%3F-e-diz-se-esforcar-em-favor-dele
FHC disse que torce para a pinguela não cair, mas toda vez que ele abre a boca a pinguela balança. Para mim a pinguela do PMDB deve cair junto ao PSDB.
Concordo com a opinião do sr. Daniel Camilo.
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