sábado, 29 de junho de 2024

O dólar US$ pode buscar R$ 6 até o final do ano

 

A moeda americana, o dólar americano, US$, fechou no último dia útil do mês de junho ou final do primeiro semestre, em R$ 5,59, maior valor desde 10 de janeiro de 2022, quando fechou em R$ 5,67.  O fato concreto é que, toda vez que a moeda americana sofre valorização no País, significa que a moeda brasileira, o "real", está perdendo o poder de compra.   

           Segundo informações do mercado financeiro, em apenas 4 meses, a saída do capital estrangeiro da Bolsa brasileira, neste ano, 2024, já supera os R$ 32 bilhões, contrastando com o ingresso líquido do ano passado, que foi de R$ 45 bilhões, o que levou o índice da Bolsa, o Ibovespa, no final do ano passado, 2023, aos 134.000 pontos.

           Por mais que façamos esforço para justificar a saída do dólar americano, o principal fator é a "atropelada" política fiscal do Governo Lula e a "desastrada" confrontação do Presidente da República em relação à política monetária do Banco Central do Brasil, mais do que quaisquer outros fatores econômicos, como a falta de uma política econômica que mostre aos investidores institucionais e especulativos, a fazerem os seus investimentos no País.  

           O cenário externo, não há nenhuma mudança significativa no horizonte próximo.  O FED dos Estados Unidos mantém a taxa de juros ente 5% a 5,25%, em moeda local, não mostrando sinais de mudança na economia americana "aquecida", com o índice de desemprego nos patamares, os mais baixo dos últimos 10 anos.   Segundo, analistas do mercado financeiro, está previsto um pequeno corte de juros dos títulos americanos, ao redor de 0,5% anda no final deste ano.   

            O que, realmente, está acontecendo no Brasil é a previsão da meta da política fiscal para 2024, de um novo déficit primário em contraste com a promessa de equilíbrio fiscal, resultado de sucessivos aumentos de despesas e sem nenhum corte de gastos públicos.   Pelo contrário, o Presidente Lula, vem impondo à equipe econômica, os novos gastos públicos, aproveitando-se da pior desastre ecológica dos últimos 80 anos, no Rio Grande do Sul.   

       Com a estabilidade da economia americana, nos níveis atuais e taxa de juros variando de 5% a 5,25% para os títulos do Tesouro, o dinheiro dos investidores especulativos estão deixando o Brasil e "retornando" aos países economicamente estáveis e seguras do que a economia instável como a do Brasil, que está dependente das noites "mal dormidas" do Presidente Lula.  

          Enquanto isto, o dólar americano está revoando aos países de origem, tendo que os brasileiros terem de pagar mais reais, R$, para cada dólar americano, US$.   O movimento da revoada dos dólares às suas origens, não deve terminar tão cedo, na minha avaliação, podendo a cotação bater nos R$ 6 para cada US$ 1, até o final deste ano.  

            Ossami Sakamori

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