A moeda é um patrimônio mais importante na economia de qualquer país do mundo. Vamos analisar o dólar (US$) para os americanos ou o Euro $ para os membros da Comunidade Econômica Europeia. Sobretudo o dólar americano (US$) que é usado como moeda padrão nas nas liquidações de transações comerciais e de serviços, através do mecanismo do Swift, a cotação do dólar americano no mercado financeiro indica a "estabilidade" ou "fragilidade" da política fiscal de cada governo.
A moeda brasileira, em vigor, o Real ou R$, foi criado em 1994, no governo Itamar Franco, para sair do "cipoal" de inflação que o País se encontrava, nos anos precedentes. A troca de moeda era constante, de Cruzeiro a Cruzeiro Novo, até então. No período mais recente, no Governo do Presidente Bolsonaro, na fase pior da crise econômica devido a pandemia da Covid-19, houve o pico de desvalorização da moeda Real ao nível de R$5,94 para cada US$ 1.
Na prática, a valorização ou a desvalorização da nossa moeda, o real (R$), quando há mais "saída" de capital estrangeiro do que a "entrada". Isto acontece, quando o mercado financeiro global percebe uma situação "anômala" no mercado doméstico, o nosso, como medidas "impensadas" na política fiscal do Governo federal, já que não há política econômica que sirva de balizamento ou orientação para investimentos produtivos no Brasil.
O mercado financeiro internacional, percebeu que o Governo Lula está sem rumo, sobretudo na execução do seu Orçamento Fiscal do ano em curso e dos anos que estão por vir, 2025 e 2026. Já em 2023, o Governo Lula produziu um déficit primário gigantesco, o dinheiro que faltou para pagar as suas contas do Orçamento fiscal de 2023.
Na altura de terminar o primeiro semestre de 2024, a política fiscal da dupla Simone Tebet e Fernando Haddad, que eles insistem em chamar de arcabouço fiscal, inexistente no dicionário da macroeconomia, continua indefinido. E, para piorar, o Presidente Lula anda prometendo obras e transferência para estados e municípios com vistas às eleições municipais deste ano, sem nenhum critério. O mercado financeiro não está alheio às falas desastradas sobre a política fiscal do Governo e deu início a "retirada" de investimentos estrangeiros no País, seja "especulativo" ou "produtivo".
Para completar a cena "tragicómica" da situação da nossa moeda, o Real, nessa segunda-feira, dia 17, passou a ser a "pior" moeda entre os países emergentes em 2024, o dólar (US$) usado com parâmetro, acumulava uma valorização de 10,54% enquanto o Peso argentino acumulava uma valorização, no mesmo período, de 10,48%. Significa que o real teve desempenho pior que o peso argentino. Lembrando que o atual governo argentino se enquadra como economia liberal, da Universidade de Chicago.
Para quem acompanha a política fiscal ou ausência dela, no Governo Lula, a menor desvalorização do Peso argentino em relação ao dólar do que a desvalorização do Real brasileiro, não deixa de ser um "sinal de alerta" sobre o desacerto da política fiscal do atual Governo e ausência completa de uma política econômica. Na economia, ninguém faz milagres.
Ossami Sakamori
Um comentário:
Ao que parece, o casal de ministros Tebet/Haddad, fazia suas previsões com base no "cara ou coroa", mas, dá para se notar, Lula roubou-lhes a moeda.
Postar um comentário