segunda-feira, 24 de junho de 2024

A reciclagem de resíduos sólidos

 
Crédito da imagem: Folha de São Paulo

Segundo a reportagem publicada na Folha de São Paulo, de hoje, para a qual credito a imagem e o conteúdo deste comentário, a produção global de plástico cresce mais do que outro material, como metal e aumentou 4 veze mais do que nos últimos 30 anos.   Assim sendo, o seu descarte aumentou no mesmo ritmo e bateu 450 milhões de toneladas por ano, pela última estimativa.  

           Dentro dos problemas ambientais, além do desmatamento de florestas e devastação de biomas importantes, o que causa problemas no mundo todo, são os descartes de resíduos que vão parar em lixões e na natureza, contando que, apenas 9% do plástico descartado no planeta é reciclado. Literalmente, podemos dizer que no Brasil não há "reciclagem" de plásticos e de outros resíduos sólidos que são "jogados" ou "descartados" nos lixões ou na natureza. 

            No Brasil, os resíduos sólidos, em sua grande parte vão para os "aterros sanitários" de cada cidade.   Os aterros sanitários, no Brasil, são "soluções" encontrados pelas administrações municipais para "livrarem-se" de um grande problema ambiental, que são  os resíduos plásticos.   No entanto, uma boa parte dos resíduos plásticos do globo "boiam" nos rios e lagos, que afinal desaguam nos mares do mundo, não merecendo atenção dos países do Primeiro mundo, para um dos velhos problemas, que são as poluições dos oceanos com os resíduos plásticos.

          Em função do "despejo" de resíduos plásticos nos oceanos, há no Oceano Pacífico, uma "ilha flutuante" do tamanho da França, onde acumula, 1,8 trilhões de pedaços de plásticos que acabam contaminando milhares de animais marinhos entre a Califórnia e o Havaí.   No Brasil, o descarte de plásticos, uma parte contaminam as baías de principais cidades do País e uma boa parte dele, segue ao Oceano Atlântico, contaminando os peixes marinhos, que a população brasileira "consome" sem aperceber-se das contaminações invisíveis ao olho nu.

             O plástico que provém do petróleo, deverá predominar, enquanto perdurar a produção de petróleo no mundo, responder pela fabricação de diversos produtos, que vão desde as garrafas pets aos diversos produtos e equipamentos domésticos e industriais.  Diante da irreversibilidade do uso de plásticos, pelo menos, nas próximas décadas, haveria que prover a reciclagem dos resíduos sólidos, especialmente, daqueles proveniente de plásticos.   Hoje, isto não ocorre, infelizmente.

           Com o tamanho problema que se avizinha no horizonte próximo, a "reciclagem" dos resíduos sólidos torna-se importante na "pauta ambiental", além da já conhecida "preservação" das florestas e de outros biomas que asseguram o frágil equilíbrio do meio ambiente, sob aspecto de mudanças climáticas.  

           Infelizmente, no Brasil, o Ministério do Meio Ambiente, se preocupa tão somente em desmatamento ou queimadas de biomas, sensíveis à mudança climática do planeta, servindo como instrumento político, sempre se referindo os números atuais aos do Governos anteriores, transformando o tema importante como preservação ambiental em assunto meramente político partidário.    A ministra Marina Silva quer posar de ambientalista nos fóruns globais, mas está longe de ser "ícone" da preservação do meio ambiente global.  

           Preservação do meio ambiente é dever não só dos ambientalistas, mas do conjunto da sociedade que dela se beneficia. 

            Ossami Sakamori

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