Na Folha de São Paulo, de hoje, traz matéria esclarecedora sobre a participação do setor agropecuário na formação do PIB brasileiro. As fontes de dados colhidos são do IBGE, segundo a tradicional mídia brasileira e retrata os números em exatos percentuais, um tanto "escamoteados" pelo atual Governo, por ignorância, birra ou por completa ignorância da equipe econômica.
Os números do IBGE mostram que o setor agropecuário teve crescimento bruto de 15,1% no PIB, considerado apenas o do setor. Porém, o setor agropecuário no conjunto de formação do PIB, teve queda de 2,99%, considerado no mesmo período. A produção foi recorde em 2023, em termo de volume, mas a involução se deveu ao forte queda no preço dos commodities no mercado global.
Assim sendo, os números refletem não apenas os da "porteira para dentro", mas sobretudo aos preços internacionais dos commodities, no mercado global, "fora da porteira". Sobretudo, o Brasil é dependente de exportações para ao mercado comum europeu e em particular para a China, o maior comprador individual.
Os Pesquisadores do Cepea/CNA indicam que, com base nesse desempenho parcial, o PIB do setor pode alcançar R$ 2,62 trilhões em 2023, o que corresponderia a 24,1% do PIB do País. O setor público em três níveis participa com número aproximado de 50% do PIB, por isso, o setor agropecuário é fundamental para o País.
Os números, apenas confirmam, a necessidade, urgente, de uma política econômica, ausente no Governo Lula, para que o Brasil não fique dependente, apenas, de exportações de commodities como já fazia no século passado. Exportamos em toneladas de commodities e importamos em quilos ou gramas de produtos acabados de alta tecnologia. Desta forma, tem razão de países desenvolvidos, do hemisfério norte, considerarem o Brasil, apenas, como seu quintal ou sua edícula.
Brasileiro que sou, que viveu todos os momentos da evolução do País nos diversos setores da economia, fico triste de ver os principais ativos, a natureza exuberante e povo trabalhador, sendo desperdiçados por falta de competência e da ausência de uma política econômica consistente que aproveitem tudo que a natureza nos oferece, pelos sucessivos "salvadores da Pátria".
Saco cheio de ver os desgovernos de plantões! Não devemos hostilizar um dos setores produtivos importantes do País.
Ossami Sakamori
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