sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Dólar rompe R$ 6

 

Durante o dia de ontem, acompanhei opinião de renomados consultores econômicos, dirigentes de entidades representativos do setor produtivo, além do mercado financeiro, sobre as medidas de "corte de gastos públicos" do Governo do Presidente Lula, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diante da previsão de mais um "déficit primário" nas contas do Governo Federal, seja qual nome que se queira dar à "política fiscal" ou de "arcabouço fiscal", que, absolutamente, significa a mesma coisa.  

            O Banco Itaú chegou a afirmar que o impacto fiscal seria de R$ 50 bilhões nos exercícios de 2024 e 2025.  Opinião esta compartilhada pelos analistas econômicos.  Resumindo, fez-se "carnaval" em cima de "medidas pífias".  Sabe-se que os "cortes" recaíram, em sua maioria, na área de Previdência Social, sob forte oposição dos setores sindicais, que na essência não resolve o problema do "déficit primário".

        Para agradar os setores dos trabalhadores, foi ratificado a promessa de isenção de Imposto de Renda para faixa de salário de até R$ 5 mil, a ser implementada no próximo exercício, o de 2025.  Foi também, definido que o financiamento dos rombos será feito com a taxação dos "super ricos", sem precisar dizer quem são e muito menos, com que tarifa.

           O resultado do mercado financeiro, ontem, era previsível: "a saída do dólar do País, em direção aos países de origem, Estados Unidos e União Europeia, cravando R$ 5,98 no fechamento.  O movimento de saída da moeda americana deve continuar no dia de hoje, rompendo a barreira de R$6,00.  Não creio, ainda, neste momento, intervenção do Banco Central no mercado de câmbio.

            O Brasil tem Reserva Cambial robusta para evitar uma "crise cambial". Ufa!!!

              Ossami Sakamori

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