domingo, 3 de novembro de 2024

Somos todos palhaços !

 

Ao longo dos anos, tenho feito comentários sobre a "macroeconomia", que baliza a política econômica de cada país, seja ele do ocidente ou do oriente.   O dinheiro não tem  cor e nem ideologia.   Ele, o dinheiro, se movimenta livremente, da mesma forma na "macroeconomia" como na "microeconomia".  Para melhor entendimento, vou tentar explicar os termos usados pelo atual ministro de Planejamento e pelo ministro da Fazenda.  Os termos que os empresários da "Faria Lima" usam são os mesmos que o Governo usa e é entendido pelo mercado financeiro global.  

          Na macroeconomia, globalmente, utiliza-se os mesmos termos para melhor compreensão entre os que tem interesse em analisar a situação de cada país.   Os países como a Rússia ou a China, não apresentam claramente as suas políticas econômicas e nem tampouco as suas políticas monetárias.   O Brasil do Presidente Lula optou em apresentar as suas políticas econômicas e fiscais com nomenclatura diferente dos demais países, além de apresentar os números "fora do padrões" aceitos globalmente, para tentar "enganar" a população e o mercado financeiro.  

           Diferente do padrão normal da macroeconomia, aceito pelo mercado financeiro internacional, o Governo Lula apresenta:  "arcabouço fiscal", como um conjunto de medidas que representa nada mais que uma "política fiscal" e a "política econômica", inexiste no atual Governo.    A "política fiscal" deveria tratar das contas do Governo federal, que engloba, além das despesas do Governo, as transferências constitucionais para entes federados e para os Fundos constitucionais.   A falta de clareza na "política fiscal" travestido de "arcabouço fiscal", deixa a "interpretação" do termo ao sabor de quem está a analisar as contas do Governo federal, conforme as suas próprias conveniências.   Enganar a população e ao próprio Presidente da República é a especialidade da equipe econômica.

           O Banco Central do Brasil, como em qualquer parte do mundo, é uma entidade à parte e ser independente do Poder Executivo, assim como acontecem nos Estados Unidos, União Europeia e Japão, onde cada Banco Central tem seu próprios parâmetros para decidir sobre a taxa de juros das dívidas do Governo federal.   O Banco Central, em tese, pratica a "política monetária", para garantir o "poder de compra" da moeda ou em outras palavras, tenta controlar a inflação com "aperto monetário" ou "afrouxamento monetário", conforme o resultado da "inflação", grande parte devido aos gastos públicos ou a "política fiscal" frouxa do Governo federal.    A alta taxa Selic é apenas reflexo da política fiscal equivocada.

             Nas contas públicas do Governo Lula, de 2023, apresentou "déficit primário", o dinheiro que falta para pagar as contas, após a arrecadação do Tesouro Nacional.  Pelo andar das contas deste ano, prevê-se um novo "déficit primário" em 2024, motivo pelo qual os investidores estrangeiros diretos ou especulativos estão retirando os "dólares" investidos no País.   Num país onde não há "política econômica" que dê segurança econômica, financeira e jurídica aos investimentos, eles, os investidores estrangeiros estão retirando os "dólares" para os países de origem ou para os países que deem segurança jurídica e monetária.   

          Para melhor entender, o "déficit primário" não engloba o pagamento de juros da dívida do Tesouro Nacional.  O ideal é que o País, produzisse o "superávit primário" para modernização do parque industrial brasileiro.   Pessoas capacitadas para modernização do parque industrial, o País tem de sobra.  Além de que o Brasil, infelizmente, é "exportador" de mão de obra qualificada, de nível superior.  

            O Brasil, infelizmente, é um elo perdido no espaço e no tempo, por falta de visão dos políticos de plantões, de esquerda à direita.  Os governantes de plantões veem o povo como um verdadeiro "palhaço" para satisfazer os seus egos pessoais. 

           Ossami Sakamori  

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