O Presidente Lula foi oficialmente convidado a fazer o Brasil parte do OPEP+, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados. A entidade é composta por 13 países, entre eles a Arábia Saudita, Rússia e Venezuela, como membros permanentes e 10 outros países convidados. O convite ao Brasil foi feito para integrar estes outros 10 países, que não tem nenhum poder de decisão, porém, fica atrelados à decisão dos 13 países detentores das maiores reservas de petróleo do mundo. O Brasil é auto suficiente em produção de petróleo, em volume, porém do tipo TWI, o pesado, onde as refinarias brasileiras não estão preparados para processarem. Assim, continuamos comprando o petróleo dos árabes, o do tipo Brent, do tipo leve e exportamos o nosso petróleo do pré-sal, tipo TWI.
Na prática, a Petrobras é que vai representar o País no "cartel de petróleo", através da subsidiária integral da Petrobras, a nova Petrobras Arábia, para dar maior flexibilidade nas negociações e sobretudo não estar sujeitos aos crivos do Governo federal e dos acionistas minoritários. No passado, as grandes "negociatas" aconteciam, sem o menor constrangimento para o povo brasileiro. Dentre estas negociatas, um grande banqueiro brasileiro foi agraciado com negócio US$ bilionário, cujo pagamento da compra de participações foi feito com os próprios dividendos do novo negócio.
Oficialmente, a Petrobras Arábia vai investir no segmento de "fertilizantes", porém, o objetivo, penso eu, é de fazer "negócios" cruzados entre as companhias de petróleo do Oriente Médio. Estas negociações acontecem no mercado internacional, instantaneamente, deixando os "spreads" robustos para os seus operadores, no caso os da Petrobras Arábia.
Ocupando a tribuna do COP 28, o presidente Emmanuel Macron, anunciou o veto da França no Acordo entre União Europeia e Mercosul, que era esperado, ansiosamente, pelo Presidente Lula, para ser assinado ainda neste ano. Com o anunciado veto da França, o Acordo Mercosul x União Europeia, se depender da Assembleia da União Europeia, na minha opinião, não acontecerá. Na minha opinião, o Brasil pouco ganha ou perde com o referido Acordo.
O objetivo principal da viagem, a COP 28, acabou ficando com a ministra Marina Silva do Meio Ambiente, que era ser o "protagonista" da Conferência, com ideia "maluca" de expandir a meta de preservação do meio ambiente, englobando as florestas do continente africano, como se os países africanos fossem subservientes ao Brasil. Assim, o Presidente Lula continuará sonhando em ser o líder dos países em desenvolvimento.
Ossami Sakamori
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