sábado, 9 de outubro de 2021

28 milhões de brasileiros vivem abaixo da linha da pobreza

 

Segundo último levantamento da FGV Social, cerca de 28 milhões de pessoas, dentre 213 milhões da população brasileira, vivem abaixo da linha da pobreza no Brasil.  Este número em 2019, antes da pandemia Covid-19, eram pouco mais de 23 milhões de pessoas.  São considerados "pobres", as pessoas que vivem com uma renda mensal "per capita", segundo critério do Banco Mundial, inferior a US$ 5,50 por dia ou equivalente a R$ 30,00 e são considerados pobres com renda inferior a US$ 1,90 por dia ou equivalente a cerca de $300,00 por mês como população de "extrema pobreza".  

           Segundo Banco Mundial, embora tenha havido avanços econômicos ao redor do mundo, indicam que cerca de 3,4 bilhões de pessoas vivem numa situação de extrema pobreza e que lutam para satisfazer as necessidades básicas de sobrevivência.  Para quem não tem familiaridade com o assunto, Banco Mundial é uma agência de fomento das Nações Unidas que tem como objetivo combater a miséria no planeta, ajudando os países para alcançar o desenvolvimento econômico e social.  O Brasil, com certa soberba, não tem aproveitado os recursos disponíveis do Banco de fomento para combater a pobreza extrema.

          Por outro lado, como bom exemplo, há mais de 30 anos, a ONG Ação da Cidadania com núcleo de voluntários em todo o País, vem promovendo a campanha "Brasil sem fome", com apoio da sociedade civil e do setor privado para levar alimentos aos mais atingidos pela crise econômica.  Até o momento, segundo a entidade, a iniciativa ajudou mais de 48 mil pessoas.  Iniciativa como esta e tantas outras "midiáticas", tentam suprir a falta de ação efetiva dos governos em 3 níveis do poder.  Uma dessas tentativas é o "Auxílio Emergencial", que atende cerca de 68 milhões de pessoas ou a "Bolsa Família" que deverá atender, à partir de 2022, cerca de 30 milhões de chefes de família, com recursos que vão de R$ 300,00 a R$ 600,00.  

           Diversos programas de "Auxílio Emergencial" a "Bolsa Família", não vincula a formação dos assistidos para o mercado de trabalho, o que é um grave defeito dos programas.  A máxima: "Dar vara de pescar ao invés de dar o peixe", não vem sendo praticado pelos governos com matizes ideológicos diversos.   Manter contingente de pessoas com extrema pobreza sob seu domínio, parece interessar aos "políticos de plantões", que vão do governo federal aos governos estaduais e municipais.   Interessa a estes políticos, manter o seu "curral eleitoral" da pobreza absoluta.  

            Assim, o País continua com os 28 milhões de pessoas em extrema pobreza, enquanto o País produz, cerca de 250 milhões de toneladas de alimentos, equivalente a 1,2 toneladas "per capita"  de grãos por ano, para saciar parte da fome do mundo.  É uma vergonha para o Brasil, produtor de 1/5 de alimentos do mundo, não ter uma política econômica que contemple à população marginalizada, ao menos um prato de comida decente, a cada dia, para toda população.   

         Que os postulantes à presidência da República, de direita à esquerda, passando pelo centro, coloquem na sua política econômica, um projeto de desenvolvimento econômico que contemple oportunidades para os menos assistidos, para o Brasil fazer parte do bloco de países desenvolvidos, até porque o País tem todas condições para fazer parte dele. 

                Ossami Sakamori