Há poucos dias, recebi severas críticas sobre as posições que defendo sobre política macroeconômica do ministro da Economia, Paulo Guedes, neste blog. Disse-me o leitor que me falta humildade ao contestar a política econômica do ministro Guedes. Mas, não sou de entregar os pontos com facilidade. Detesto, pessoas e multidões que seguem cegamente uma determinada figura política. Detesto ser "mais um" que segue a "manada" guiado por qualquer figura política, no caso o ministro da Economia do País.
Já iniciamos o terceiro ano da administração do presidente Bolsonaro e não vemos problemas cruciais do Brasil sendo resolvido. O Brasil encontra-se, independente da pandemia Covid-19, no meio da depressão profunda, desde 2015, a maior desde 1929, e não temos, ainda, uma luz no final do túnel. O País está pendente de resolver problemas estruturais que vem impedindo o desenvolvimento, sustentável ao longo do tempo. Vivemos de política econômica "voo de galinha", de curto prazo, para resolver problemas estruturais do País, acumulado há décadas.
É certo que a culpa dos problemas estruturais do País não é de responsabilidade apenas do ministro Paulo Guedes. Mas, também, é certo que foi a promessa do atual ministro de que ele implantaria uma economia liberal ao estilo do professor Milton Friedman da Universidade de Chicago, de fazer do Brasil um país moderno. Isto não está sendo levado a sério. A pandemia Covid-19, não é motivo para a "não implementação" das medidas estruturantes, como reforma tributária e reforma administrativa, prometidas por ele próprio no decorrer da campanha do atual presidente da República. Os setores produtivos acreditaram nas promessas que está longe de ser cumprido. Há um certo desânimo no meio empresarial produtivo. No contraponto, o setor especulativo estão rindo à toa.
No início da segunda metade do mandato do presidente Jair Bolsonaro, após a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados, a reforma tributária deverá entrar em pauta. É uma longa, complexa e penosa discussão. Certamente, o projeto de reforma tributária, deverá estar concluído somente no segundo semestre do ano. Obedecendo o princípio da anualidade, a reforma tributária, se aprovada, deverá entrar em vigor somente em 2022, isto é, no quarto e último ano do mandato do presidente Bolsonaro.
Enquanto isto, a pandemia Covid-19, avança. Com recrudescimento da pandemia, a economia continua em compasso de espera. Muito provável, o quadro mostra isto, que a retomada do crescimento previsto pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, não ocorrerá no formato que ele apregoa, em forma de "V". Pelo quadro que se apresenta, se a economia apresentar crescimento ao invés de retrocesso, já seria um ganho fabuloso, neste ano.
Repito sempre, prudência e caldo de galinha deverão estar presentes nas nossas vidas, sobretudo neste momento histórico, negativo.
Ossami Sakamori
2 comentários:
Concordo plenamente. AÍ está uma realidade que nao se pode furtar.
Impossivel ter realizado qualquer ação na economia, tendo o Maia e Alcolumbre no congresso. Como podem culpar Guedes e Bolsonaro? Porque nunca reclamam destes dois infelizes que não autorizaram nada?
Caramba, o Maia so dificultou tudo.
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