Não é necessário ser cientista político ou expert em macroeconomia para fazer previsão da economia brasileira para o ano de 2021. As notícias vindo do mundo em relação à pandemia Covid-19, dá ideia de como vai se comportar a economia mundial neste ano. O cenário desenhado é pior do que a crise financeira de 2008, que iniciou com a quebra do Banco Lehman Brothers nos Estados Unidos. A pandemia Covid-19 iniciou na China, mas a maior incidência, hoje, está nos Estados Unidos, com mais de 400 vítimas fatais. Infelizmente, o Brasil ocupa a segunda posição com mais de 200 mil mortes e sem nenhum sinal de melhora no quadro.
Eu tenho prestado atenção na evolução da pandemia nos Estados Unidos e na União Europeia, pois que eles são os maiores parceiros comerciais do Brasil ao lado da China. Na economia global, não tem como um País ser próspero, isolado dos líderes mundiais na economia. Se os líderes mundiais estão doentes, o Brasil estará. Isto é o quadro que se apresenta para economia global em 2021.
Com recrudescimento da pandemia no Brasil neste início do ano, nem é preciso ser expert em macroeconomia para prever que a economia brasileira estará em retração, mais este ano. As vacinas prometidas, não tem volume suficiente para aplicar a maior parte da população brasileira. Segundo cientistas, há necessidade de vacinar cerca de 70% da população, grosso modo, 150 milhões de pessoas, para obter o "efeito rebanho". As indústrias brasileiras, Butantan e Fiocruz, sobretudo, não tem capacidade para produzir quantidade de vacinas necessárias para alcançar o mínimo exigido para que o País volte a uma situação de "quase" normalidade. Segundo a conta do Ministério da Saúde, na melhor das hipóteses, alcançará o "efeito rebanho" somente no mês de setembro. E, ainda, segundo cientistas do mundo todo, a normalidade no mundo global só vai acontecer em 2022.
Enquanto isto, no Brasil, o governo estuda um novo Estado de Emergência para repetir as medidas implementadas em 2020, que injetou mais de R$ 600 bilhões na economia. Explico: O Estado de Emergência permite ao governo gastar além do Orçamento Fiscal de 2021. É uma forma de driblar o teto dos gastos públicos, limitado que está pela Emenda 95.
No ano de 2020, o PIB - Produto Interno Bruto, recuou em cerca de 4,5%, pelos dados preliminares. Diante do quadro exposto, não se concretizará a previsão do ministro da Economia, Paulo Guedes, um crescimento de 3,4%, vertiginoso, num formato em "V". Na minha opinião, se o ano de 2021, terminar com o PIB estável em ralação ao ano de 2020, já será um grande ganho.
Para os pobres mortais como nós, a população, o segredo é "apertar os cintos" e esperar turbulência passar. Fazer de conta que 2021, nem vai existir na vida profissional e comercial na vida de cada um de nós.
Ossami Sakamori
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