Segundo o Ministério da Economia, divulgado hoje, 28 de janeiro, o governo federal teve um déficit primário ou o "rombo fiscal" de R$ 743 bilhões no ano passado, resultado da diferença entre o que a União arrecadou em impostos e outras fontes de receitas e o total gasto, incluindo as despesas extras para combater os efeitos da Covid-19 na saúde e na economia. Para se ter ideia do tamanho do rombo, o valor equivale a cerca de 10% de tudo que o País produz, o PIB - Produto Interno Bruto.
O resultado "não inclui" os valores referente ao pagamento dos juros da dívida da União, por isso é chamado oficialmente de resultado primário. Foi o sétimo ano consecutivo em que as contas públicas do país fecharam no vermelho. O resultado de 2020 foi o pior de toda a séria histórica, iniciada em 1991. Uma boa parte, pouco mais de R$ 600 bilhões se refere às despesas ligados ao Orçamento de Guerra, apartado do Orçamento Fiscal ordinário, LDO, aprovado pelo Congresso Nacional em 2019.
Segundo o Tesouro Nacional, em relação ao ano anterior, 2019, a queda da receita foi de 13,5% e as despesas avançaram em 31,1%, devido a pandemia Covid-19. A LDO de 2020 previa um déficit primário ou o "rombo fiscal" de R$ 124 bilhões, sem saber da pandemia que viria. O País está apresentando "rombo fiscal" todos os anos, desde governo Dilma Rousseff. O ministro da Economia Paulo Guedes tenta encontrar a saída para a maior depressão desde 1929.
Paulo Guedes entrou no governo junto com o presidente Jair Bolsonaro prometendo reformas estruturantes na economia, mas não foi possível realizá-la. Única reforma aprovada foi a da Previdência, que já estava pronta para ser votado, quando assumiu. Com a continuidade da pandemia neste ano, 2021, há tendência de que o "rombo fiscal" continue próximo dos níveis de 2020, se não houver "mão pesada" na política econômica.
Ossami Sakamori
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